Fuzarca questiona associação pela demora do balanço e critica SAF por prejuízo

O grupo Fuzarca questionou a gestão Pedrinho estar surpresa com a situação do Vasco da Gama, citando uma proximidade com a passada.

Pedrinho e envolvidos na constituição e venda da SAF
Pedrinho e envolvidos na constituição e venda da SAF (Foto: Matheus Lima/Vasco)

O grupo Fuzarca emitiu uma nota oficial sobre os últimos episódios do Vasco da Gama nos bastidores. De um lado está o balanço da SAF, que apontou um prejuízo de R$ 123 milhões, enquanto de outro está a associação, que ainda não publicou.

Quanto ao último, por lei, deveria ter sido divulgado até o final de abril, o que deixa a diretoria suscetível a punição. A justificativa da gestão de Pedrinho é ter encontrado o Gigante numa situação delicada em vários pontos, o que foi rebatido pelo ex-presidente Jorge Salgado.

Sobre isso, o Fuzarca questionou a demora para publicação, citando que se passaram mais de cinco meses, se considerar o período de transição, que a nova administração assumiu. Além disso, o grupo questionou a surpresa com a situação do Cruzmaltino, apontando que integrantes da gestão atual eram da antiga. Quanto à SAF, o prejuízo e falta de perspectiva foram criticados.

Nota na íntegra

Nota do Fuzarca – Contas 2023

O dia 30 de abril de 2024 revelou aos vascaínos duas faces de um estágio institucional extremamente preocupante.

Por um lado, a SAF Vasco, criada sob a promessa de solucionar os problemas financeiros do futebol cedido pelo clube, apresentou resultados pífios em mais um exercício financeiro. Prejuízo de 123 milhões, péssima aplicação de recursos, abatimento modesto de dívidas, empréstimos vultosos e operações com recebíveis definitivamente não integravam o roteiro que se anunciou com pompa e circunstância em 2022 pelos gestores de então e os ancilares de ocasião. O balanço patrimonial publicado revela que, tal como ocorre sob o aspecto desportivo, a SAF não está cumprindo o suposto papel financeiro de sua constituição.

Por outro lado, os gestores atuais do clube associativo simplesmente se abstiveram de publicar os resultados do que restou da Instituição no prazo legal, desprezando não apenas o ordenamento jurídico, como igualmente desrespeitando os seus torcedores e o seu quadro social.

Para justificar a falha, alegam que a administração anterior deixou o clube em estado de calamidade, desorganizado, abandonado. Defendem que, diante da ausência de informações, terceirização das atividades financeiras e contábeis, dentre outros sinais de desleixo, foi inviável apresentar contas no prazo previsto em lei.

Entende-se que todas estas questões, que reforçam a obscuridade e a nebulosidade com a qual a operação de “venda” foi tratada, assim como a necessidade de adoção de providências cabíveis, em especial quanto as “dívidas ocultadas” do negócio capazes de custar a isolvência do CRVG, não deveriam ser surpresa, na medida em que qualquer vascaíno conhece hoje o fracasso que representou a administração dos senhores Jorge Salgado, Carlos Roberto Osório e Roberto Duque Estrada.

Ocorre que, para além dos citados personagens, muitos daqueles que hoje se alinham ao grupo de situação responsável pela gestão atual do clube, não apenas sustentaram, como colaboraram para a gestão anterior. Portanto, não é factível a versão de que foram surpreendidos.

Além do mais, a gestão corrente está formalmente há mais de 3 meses à frente da administração. Se considerarmos que ela iniciou o processo de transição em 13.11.2023, lá se vão mais de 5 (cinco) meses nos quais deveriam ter se debruçado sobre a situação financeira do CRVG. Isso para não falar do fato de que os atuais Presidente do Conselho Fiscal e Vice-Presidente de Finanças terem integrado, no mandato passado, o Conselho Fiscal da instituição e, portanto, presumivelmente, conhecerem do assunto. Estranha-se, assim, que somente nas últimas horas do último dia de prazo para a publicação de suas contas tenham informado sobre os problemas que
garantem ter encontrado, o que denota inércia e omissão quanto as
providências cabíveis para sanar o problema.

Além do mais, não é novidade que os senhores Jorge Salgado, Carlos
Roberto Osório e Roberto Duque Estrada façam – como fizeram – de tudo para escamotear as informações necessárias. E, talvez, também não o sejam a inércia e omissão de agora.

A impressão que fica para o torcedor, para o quadro social, para o mercado e para os adversários é que o Vasco é um clube sem comando e sem rumo. Basta pensar que passados mais de 100 dias da nova administração há um total de zero proposta de gestão. Nada foi anunciado ou apresentado ao vascaíno. Embora seja evidente o diagnóstico de ruína da associação, nenhum prognóstico, tampouco planejamento estratégico e ações adotadas voltadas à solução ou mitigação do cenário. Nada além de postagens enigmáticas e uma coletiva constrangedora, o que desnuda o que exatamente se tem até aqui: silêncio, omissão e inércia.

A impressão que fica para o torcedor, para o quadro social, para o mercado e para os adversários é que a SAF do Vasco foi tão somente um subterfúgio para a incompetência generalizada que paira sobre São Januário.

Fato é, e imagina-se que este é o sentimento de todos, que o atual estado de coisas não pode permanecer como está. Não há mais tempo ou espaço para conversas vazias e atitudes enviesadas. Ou se providencia soluções já, ou o futuro institucional está sob iminente risco. Foi para isso que se colocaram à disposição e se elegeram, ou não? Então mãos à obra, porque o Vasco não é colônia de férias, muito menos banco universitário e cabide de empregos.

Caso as providências sejam sérias, contem com o movimento de oposição para auxílios necessários. Caso apareçam com mais do mesmo, aceitem a nossa vigilância e firme reação. Não pretendemos permitir que o desmonte a olhos vistos se concretize sem que lutemos para evitá-lo.

Grupo Fuzarca!

Relação conturbada

Em meio a isso, a relação entre SAF e associação não está nada agradável, o que tem sido uma tônica desde que Pedrinho assumiu a presidência. Chegou ao ponto de a gestão ter feito reclamação pública citando pontos do balanço do futebol, como um cenário ‘caótico’ e que estão ‘enxugando gelo’.

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1 comentário
  • Responder

    Quem é essa Confraria, por acaso esses Bostas se acham mais Vascaínos, a 777 está uma porcaria, aí devemos ficar calados…e pressão total, não tem mais amor, agora vai ser dor, vamos distribuir o que os verdadeiros Vascaínos estamos sentindo.
    Proponho um Boicote total a 777e todos os patrocinadores…SEM TRÉGUAS!!!

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