Futevôlei: Pedrinho provoca ex-lateral Gabriel antes do desafio de lendas
O ex-jogador do Vasco da Gama, Pedrinho, provocou ex-lateral Gabriel antes do desafio de lendas no Mundial de Futevôlei.
A praia de Icaraí, em Niterói, vai ganhar um atrativo a mais neste final de semana. O local recebe a última etapa do World Footvolley, circuito mundial da categoria, criado em 2019.
Além dos torneios para homens e mulheres, com campeões já definidos, uma partida de exibição vai reunir dois grandes jogadores dos campos: de um lado, Pedrinho, ídolo do Vasco e, atualmente, comentarista do SporTV. Do outro, Gabriel, lateral-direito com passagens por clubes como Fluminense, Grêmio, Internacional e São Paulo e até uma convocação para a Seleção, em 2005.
O torneio terá transmissão do SporTV neste domingo, a partir das 11h da manhã (horário de Brasília).
É uma partida simples: cada um terá um jogador profissional do torneio masculino como dupla (os escolhidos ainda não foram definidos) e um encara o outro. Antes, outros nomes como Elano, Djalminha e Aldair já participaram. Mas apesar de ser só um jogo festivo, a vontade de ganhar é grande. E a provocação também:
– Já tô provocando ele, quero ver qual é o cavalinho que vão me dar e o cavalinho que vão dar para ele. (…) O Gabriel é “rato”, tá jogando em Miami. Mas não é (favorito), se eu falar que ele leva vantagem vai parecer que é desculpa. Pode falar pra ele que eu vou atropelar (risos) – disse Pedrinho.
Grande entusiasta da modalidade, Pedrinho, que já jogou torneios nacionais (inclusive ao lado de Felipe, amigo e companheiro de equipe no Vasco), afirmou que não pratica há três meses, por causa da rotina na televisão.
Por outro lado, Gabriel esteve presente na última etapa do circuito, realizada em novembro na cidade de Eliat, em Israel e afirmou que tem jogado toda semana, mas deixou a responsabilidade para o oponente do fim de semana e disse que o tempo sem jogar é “migué”, respondendo a provocação:
– Isso é migué, vantagem nada. Tá escondendo o jogo. Ele teria obrigação de ganhar porque mora na praia e gosta mais que eu. Depois a gente vai fazer um desafio de futmesa e eu vou amassar ele. Já veio com negócio de três meses sem jogar – retrucou.
Para os profissionais, vale muito
As competições já tem vencedores definidos. No feminino, Natália Guitler ganhou todas as três etapas anteriores, mas encara a competição nas duplas com Bianca Hiemer, enfrentando Josy Souza e Lana Miranda. No masculino, Vinicius/Paraná também conquistaram todas até agora, mas enfrentarão forte concorrência em Niterói.
As duplas estrangeiras prometem vir fortes: as princpais delas são a dos paraguaios Esteban e Chorei e a dos israelenses Ron e Maor. Além deles, os brasileiros Renan/Felipe também prometem fazer jogo duro. É o que espera Paraná:
– Com certeza (vai ser a mais difícil). Nessa última etapa vai ter a dupla Felipe/Renan representando o Brasil, com certeza a gente vai se encontrar, só passa um brasileiro. Acho que eles foram um pouco melhores que nós no ano, tiveram um aproveitamento melhor – avaliou.
Para Vinicius, eleito o melhor jogador da competição na etapa em Israel, a disputa em Niterói vale para coroar um ano expressivo: foram 42 torneios da dupla, com 21 vitórias em 26 finais.
– Esse é o nosso último torneio do ano, o ano que é bom fica melhor ainda quando termina com chave de ouro. Curtir as férias e olhar para trás e dizer “o ano foi incrível”. O objetivo principal é o título, mas fechar com chave de ouro é o principal.
No fim, melhor para o futevôlei
Jogando profissionalmente ou por diversão, a relação dos atletas com o futevôlei é a mesma: o carinho por uma modalidade que nasceu nas praias e acabou ganhando corpo. E a relação entre os jogadores da praia e os de campo que se aventuram em novos terrenos é um fator que, de acordo com Paraná, influencia no crescimento do esporte:
– Eles são muito amigos nossos, o Gabriel esteve em Israel com a gente, um cara sensacional. O pessoal do futebol foi muito importante para a divulgação e crescimento do esporte. O futevôlei era visto como um esporte praiano, praticado nas férias dos jogadores. Hoje em dia, mudou bastante. A audiência tem sido maior com nossos profissionais. Sem dúvida que o jogador de futebol traz uma multidão para o nosso esporte. Vai ver que tá o Pedrinho lá, vai parar para ver, chama o amigo.
Do outro lado, a recíproca é verdadeira. Pedrinho declarou ser um grande admirador da dupla campeã do World Footvolley em 2019, e disse que os jogadores de futebol são um importante “veículo de transmisão” para o esporte praticado nas areias:
Particularmente, a admiração que eles têm por nós, eu tenho muito por eles. Todo mundo acha que quem jogou futebol vai jogar futevôlei no mesmo nível. As cosias não são assim. Se você praticar, você tem habilidade, mas a mecânica é diferente. O Vinicinho, o Paraná, eu tenho uma admiração enorme por eles – afirmou.
Globo Esporte