Fundo interessado na SAF do Vasco acumula inexperiência e crises de gestão

O grupo americano 777 Partners, que manifestou interesse na SAF do Vasco da Gama, soma falta de experiência e confusões no currículo.

Estádio de São Januário, casa do Vasco da Gama
Estádio de São Januário, casa do Vasco da Gama

Desde que o interesse do fundo norte americano 777 Partners em investir numa eventual SAF do Vasco veio à tona, os torcedores ficaram curiosos e ansiosos. Não só querem saber mais sobre o potencial parceiro como de que forma ele poderia atuar no clube. Contudo, há mais interrogações do que respostas. Isso porque a atuação do possível investidor no futebol ainda é pequena e seu histórico não é dos mais animadores.

Natural que o processo do Botafogo, por estar em andamento e se tratar de um clube conterrâneo, seja a principal referência para os vascaínos. Ou até mesmo a compra do Cruzeiro por Ronaldo. Mas a atuação do 777 Partners é diferente destes dois casos. O fundo de investimentos não tem experiência no futebol.

Criado em 2015 e com sede em Miami, ele aplica seu dinheiro em diversos seguimentos: empresas de seguros, de financiamento, de aviação, de mídia e de entretenimento. É neste último que entra a área esportiva.

O 777 Partners possui propriedade no London Lions, equipe de basquete inglesa, na própria Liga Britânica de Basquete e nos clubes de futebol Sevilla e Genoa. Além disso, possui empresas de gestão de carreiras de atletas, de marketing esportivo e de transmissão de campeonatos, sendo uma delas, inclusive, voltada para o futebol feminino. Uma destas empresas (1190 Sports) é a detentora dos direitos internacionais do Campeonato Brasileiro.

Nos dois clubes de futebol a experiência até aqui não tem sido das melhores. No Sevilla, a propriedade é indireta e minoritária. Através da sociedade Sevillistas Unidos 2020, o 777 Partners possui pouco mais de 7% das ações. Sem poder decisório, o que mais conseguiu até agora foi criar uma desavença entre os acionários quando o grupo que representa os investidores norte-americanos tentou destituir o conselho.

No Genoa, onde o 777 Partners possui 99,9% das ações, a gestão até aqui tem sido um desastre. É verdade que o fundo adquiriu o clube há pouco tempo (em setembro, por 150 milhões de euros), mas a situação piorou desde então. O clube italiano é o penúltimo colocado na Série A, com apenas uma vitória.

Fonte: O Globo

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8 comentários
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    Esse negócio de Fundo, SAF, é tudo uma treta. O Vasco é dos Vascaínos!

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    Resumo: esse fundo não vai mudar nada. Nem o termo:FUNDO!!!
    Onde o Vasco chegou!!!???

  • Responder

    Uma diretoria ilegítima, que não tem musculatura moral, estatutária, legal, organizacional e gestacional, só vai atrair esse tipo de investidores, que tem a mesma essência dos grupos que sequestraram o CRVG, dando um golpe eleitoral, com ajuda externa.

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    O Vasco não tá a venda!
    Se não tem capacidade de assumir um cargo de presidente então entrega o cargo.
    Simples assim.

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    O Brant tem os árabes né … e até ele msm faria um trabalho melhor

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    OLHA AÍ SALGADOS E BRANTS…… ISSO É O QUE ESTÃO PRETENDENDO PARA O VASCO???? DEIXEM DE PENSAR SÓ EM SEUS BOLSOS…….FDPTS.

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    Eu ainda acho tudo isso uma roubada que foge a nossa realidade e cultura. Os clubes estão vendendo a alma em troco de migalhas. A repercussão destas manobras está por vir, e não acredito que será positiva.

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    Salgadão só está de olho na gorda comissão que vai receber com a venda. O que vai acontecer com o clube depois ele está cagando!!!!
    Vai para Miami!!! E de vez em quando vai assistir um jogo na TV do seu time de coração – Fluminense!

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