Formato de votação e possível suspensão de Mussa prometem agitar a eleição do Vasco
Formato da votação e possível suspensão de Mussa prometem agitar os bastidores de São Januário até às vésperas da eleição.
Os já movimentados bastidores do Vasco por conta da eleição presidencial ganharam temas que prometem agitar ainda mais os corredores de São Januário até às vésperas do pleito: o formato da votação e a possível suspensão de Faués Cherene Jassus, o Mussa, presidente da Assembleia Geral e responsável pelo andamento do processo eleitoral.
Mussa divulgou, ontem (23), nota em que aponta que a escolha do novo presidente cruz-maltino se dará pela internet. No documento, o dirigente salienta o aumento da média móvel de casos de Covid-19, além de anexar fotos da última eleição, indicando a aglomeração realizada no ginásio e nos arredores de São Januário.
A nota traz ainda um comunicado da assessoria jurídica do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro) em que a realização da votação presencial não é indicada. Ao mesmo tempo, quatro departamentos da Vigilância Sanitária estiveram em São Januário na última quinta-feira e aprovaram as instalações para a eleição.
Segundo o UOL Esporte apurou, as chapas inscritas no pleito vascaíno receberam a manifestação de Mussa e, até a noite, ainda não haviam aberto debate.
Além da questão de saúde, um ponto indicado é que a Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que votou a diretas, foi on-line e o saldo foi positivo. Assim, tal movimentação é tida como exemplo de uma forma de realizar a eleição sem que os sócios precisem ir à Colina.
Abertamente, as chapas “No Rumo Certo”, do presidente Alexandre Campello, “Mais Vasco”, de Jorge Salgado, e “Sempre Vasco”, de Julio Brant, se mostram favoráveis ao pleito on-line, enquanto a “Somamos”, encabeçada por Leven Siano, e “Aqui é Vasco”, de Sergio Frias, são contrárias.
Reunião na terça-feira
Vale ressaltar que, em meio a tudo isso, Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo, convocou para próxima terça-feira (27) uma reunião para “o fim de apurar os fatos objeto da convocação da referida sessão do dia 25/08/2020, decidindo se aplica ou não a sanção de suspensão recomendada em face do sr. Presidente da Assembleia Geral”.
No dia 8 deste mês, a Comissão de Inquérito decidiu, por 8 votos a 2, recomendar a suspensão do presidente da Assembleia Geral por 90 dias.
Caso os conselheiros acatem a recomendação, quem comandará a eleição em 7 de novembro será o vice-presidente de Mussa, Alcides Martins, que é ligado ao grupo “Avante Gigante”, do ex-candidato Fred Lopes — este retirou a candidatura para apoiar Alexandre Campello.
Se, por ventura, Martins renunciar ao cargo, a missão de conduzir o pleito ficará a cargo de Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo.
Fonte: Globo Esporte