Formato de votação e possível suspensão de Mussa prometem agitar a eleição do Vasco

Formato da votação e possível suspensão de Mussa prometem agitar os bastidores de São Januário até às vésperas da eleição.

Faués Cherene Jassus, o Mussa
Faués Cherene Jassus, o Mussa (Foto: Paulo Fernandes/Vasco)

Os já movimentados bastidores do Vasco por conta da eleição presidencial ganharam temas que prometem agitar ainda mais os corredores de São Januário até às vésperas do pleito: o formato da votação e a possível suspensão de Faués Cherene Jassus, o Mussa, presidente da Assembleia Geral e responsável pelo andamento do processo eleitoral.

Mussa divulgou, ontem (23), nota em que aponta que a escolha do novo presidente cruz-maltino se dará pela internet. No documento, o dirigente salienta o aumento da média móvel de casos de Covid-19, além de anexar fotos da última eleição, indicando a aglomeração realizada no ginásio e nos arredores de São Januário.

A nota traz ainda um comunicado da assessoria jurídica do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro) em que a realização da votação presencial não é indicada. Ao mesmo tempo, quatro departamentos da Vigilância Sanitária estiveram em São Januário na última quinta-feira e aprovaram as instalações para a eleição.

Segundo o UOL Esporte apurou, as chapas inscritas no pleito vascaíno receberam a manifestação de Mussa e, até a noite, ainda não haviam aberto debate.

Além da questão de saúde, um ponto indicado é que a Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que votou a diretas, foi on-line e o saldo foi positivo. Assim, tal movimentação é tida como exemplo de uma forma de realizar a eleição sem que os sócios precisem ir à Colina.

Abertamente, as chapas “No Rumo Certo”, do presidente Alexandre Campello, “Mais Vasco”, de Jorge Salgado, e “Sempre Vasco”, de Julio Brant, se mostram favoráveis ao pleito on-line, enquanto a “Somamos”, encabeçada por Leven Siano, e “Aqui é Vasco”, de Sergio Frias, são contrárias.

Reunião na terça-feira

Vale ressaltar que, em meio a tudo isso, Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo, convocou para próxima terça-feira (27) uma reunião para “o fim de apurar os fatos objeto da convocação da referida sessão do dia 25/08/2020, decidindo se aplica ou não a sanção de suspensão recomendada em face do sr. Presidente da Assembleia Geral”.

No dia 8 deste mês, a Comissão de Inquérito decidiu, por 8 votos a 2, recomendar a suspensão do presidente da Assembleia Geral por 90 dias.

Caso os conselheiros acatem a recomendação, quem comandará a eleição em 7 de novembro será o vice-presidente de Mussa, Alcides Martins, que é ligado ao grupo “Avante Gigante”, do ex-candidato Fred Lopes — este retirou a candidatura para apoiar Alexandre Campello.

Se, por ventura, Martins renunciar ao cargo, a missão de conduzir o pleito ficará a cargo de Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo.

Fonte: Globo Esporte

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