Europa, São Paulo e mais: veja a carreira de Maicon e o que esperar no Vasco

O zagueiro Maicon chega ao Vasco sob desconfiança da torcida, mas tem carreira sólida jogando no Brasil, Europa e Oriente Médio.

Maicon, novo reforço do Vasco
Maicon, novo reforço do Vasco (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

Experiência e currículo não faltam para Maicon, novo reforço do Vasco. O zagueiro de 34 anos estava no Santos, onde não vinha tendo sequência, mas o seu melhor momento no futebol brasileiro foi no São Paulo, em 2016 e 2017. Antes disso, na Europa, foi ídolo e capitão no Porto, onde colecionou títulos e jogou ao lado de craques badalados e técnicos renomados.

Por isso, o ge separou um perfil de Maicon, para o torcedor do Vasco conhecer mais o novo reforço da equipe, que chega sem custos ao clube, com um contrato até o fim do ano, e possibilidade de renovação por mais um ano em caso de metas batidas.

Maicon começou a carreira na base do Cruzeiro, mas logo aos 19 anos foi emprestado ao futebol português, para o Nacional. Na temporada 2008/2009, a primeira na Europa, o zagueiro se destacou e chamou a atenção do gigante Porto, que o contratou junto à equipe mineira por 2,2 milhões de euros.

No Porto, conquistou o tricampeonato português em 2010/11, 2011/12 e 2012/13, o bicampeonato da Taça de Portugal e a Liga Europa de 2010/11. Ao todo, foram nove títulos pelo clube, onde chegou a ser capitão, além de ter sido eleito o melhor jogador da equipe em 2012.

Lá, foi treinado por técnicos badalados no futebol mundial, como André Villas-Boas e Julen Lopetegui, e outros conhecidos do futebol brasileiro, como Vítor Pereira, Luís Castro e Jesualdo Ferreira.

Maicon se tornou ídolo no Porto e jogou ao lado de uma legião de brasileiros no futebol português, como Casemiro, Hulk, Danilo, Alex Sandro e Fernando. Também atuou ao lado de estrelas, como Casillas, João Moutinho, James Rodríguez e Falcão Garcia, que chegou a comentar a foto da apresentação de Maicon no Vasco.

Falcão García comenta anúncio de Maicon no Vasco

“God of Zaga”

Depois de sete temporadas no futebol português, o zagueiro foi contratado pelo São Paulo, onde ganhou notoriedade no futebol brasileiro. Em 2016, Maicon fez parte do elenco que chegou às semifinais da Libertadores pelo Tricolor paulista, onde recebeu o apelido de “God of Zaga”, em referência à semelhança com o personagem Kratos, do jogo “God of War”.

– O São Paulo me abriu leque de opções no Brasil. Foi um dos momentos mais legais da minha carreira, quando eles me apelidaram, porque você vê o carinho deles, não só comigo, como com a minha família. No começo foi muito bom, muito benéfico, mas depois começou a me atrapalhar. “God of Zaga” é “Deus da Zaga”. As pessoas achavam que eu estava em um nível muito superior, que não poderia ter falhas. Me levou a uma responsabilidade muito maior que eu poderia carregar. Posso levar a minha responsabilidade, que eu carrego, não além do que consigo – disse Maicon, em entrevista ao UOL, no ano passado, que completou:

– Me chamar de “Deus” no apelido, no carinho, tudo bem, mas me comparar a um deus é difícil. Pode chamar? Eu gosto, mas procuro evitar porque nem todos têm essa percepção. Em muitas ocasiões, o meu companheiro de defesa falhava e quem levava a culpa era o “God of Zaga”.

Na primeira temporada, Maicon caiu nas graças da torcida do São Paulo e virou capitão da equipe. Inicialmente emprestado, o zagueiro foi comprado por 6 milhões de euros, na época R$ 22 milhões. No ano seguinte, o zagueiro caiu de rendimento, como boa parte do time, e foi negociado com o Galatasaray por 7 milhões de euros (cerca de R$ 25,7 milhões).

– O início de Maicon no São Paulo foi bom a ponto de “obrigar” o clube a contratá-lo definitivamente. Com liderança e boa técnica, preencheu uma lacuna necessária. O problema é que a partir do vínculo mais longo, seu desempenho foi caindo – afirma Alexandre Lozetti, comentarista do Grupo Globo.

No Galatasaray, Maicon conquistou duas vezes o Campeonato Turco e a Taça da Turquia. Dois anos depois, foi emprestado ao Al Nassr, onde foi campeão da Liga Saudita e da Supertaça da Arábia Saudita. Após três temporadas no futebol árabe, o zagueiro retornou ao Brasileirão – primeiro para o Cruzeiro, onde teve problemas contratuais, e rescindiu com o clube para assinar com o Santos.

Na primeira temporada pelo Santos, em 2022, foi titular em 28 jogos, atuando em 23 dos 38 jogos do Brasileirão, sendo dupla de Eduardo Bauermann. Nesta temporada, perdeu espaço e foi titular em apenas 10 jogos no ano, nove no Paulistão e um apenas no Campeonato Brasileiro, principalmente após a chegada de Joaquim.

– Decisões erradas no campo se tornaram mais frequentes, e o zagueiro visto no retorno ao futebol brasileiro, com a camisa do Santos, apresentou muitas oscilações. Ora com imposição física, sobretudo no jogo aéreo, ora com lentidão e incapacidade de construção, fatores totalmente distantes do estilo de jogo que o Vasco tentou adotar em 2023. O elenco vai ganhar experiência, mas pode acabar se desviando do caminho de um jogo mais moderno para ter seu reforço em campo – analisou Lozetti.

Maicon chega ao Vasco, acima de tudo, para dar experiência ao elenco. Com 34 anos, ele hoje é o jogador mais velho do elenco, o segundo mais jovem da Série A, com média de 24 anos.

Posto, no entanto, que ele perderá em breve com a chegada de Gary Medel. O chileno de 35 anos tem acordo com o Vasco e é aguardado no Rio de Janeiro para realizar exames médicos.

Fonte: Globo Esporte

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