Estádio do São Cristóvão faz parte da história do Vasco e quase foi a leilão

O Estádio do São Cristóvão, onde o Vasco enfrentará o Volta Redonda em jogo-treino, quase foi a leilão no início de maio.

O Vasco enfrenta hoje (1º) o Volta Redonda em jogo-treino na sede do São Cristóvão. “Casa” da equipe do técnico Ramon Menezes até o próximo dia 7, o local tem lugar reservado na história do Cruz-Maltino e quase foi a leilão no começo de maio, mas a movimentação não foi à frente. Agora, o clube que revelou Ronaldo Fenômeno busca continuar o plano de revitalização e acredita que a parceria temporária possa render bons frutos.

A cúpula do Vasco decidiu não utilizar São Januário nesta reta final de preparação para o Campeonato Brasileiro por conta do grande desgaste apresentado pelo gramado. Desta forma, firmou vínculo e pagou uma quantia ao São Cri Cri, que fica no mesmo bairro, para realizar os treinamentos.

Mas a relação do clube da Colina com o hoje chamado Estádio Ronaldo Nazário é bem mais antiga. Foi ali que o Vasco levantou seu primeiro título profissional do futebol, quando os Camisas Negras conquistaram o Campeonato Carioca de 1934 por antecipação, ao empatarem em 1 a 1 com os donos da casa. Vale lembrar que a adoção do profissionalismo no futebol do Rio de Janeiro passou a ser debatida no final de 1932.

O feito, inclusive, foi lembrado por Henrique Hubner, historiador e ex-diretor do Centro de Memória do Vasco.

Atualmente, a sede do São Cristóvão, na rua Figueira de Melo, não pode ser palco de partidas oficiais por conta de questões estruturais, mas vem recebendo melhorias e houve mudança, inclusive, no gramado, o que chamou a atenção da diretoria do Cruz-Maltino.

Além disso, a equipe do São Cristóvão ficou sem calendário para a temporada 2020 com o cancelamento da Série C do Campeonato Carioca.

“Estamos fazendo essa revitalização desde 2018 e buscamos alguns parceiros, dentre eles, a empresa que também trabalha o gramado do Maracanã. A gente vem melhorando o campo desde então. De qualquer forma, o campo não está tendo uma utilização. Desta forma, estamos buscando tentar levantar alguma verba de aluguel em ações que não prejudiquem o São Cristóvão”, disse Thiago Benito, gerente de marketing do clube.

Por conta de uma dívida de natureza trabalhista, cuja ação foi ajuizada em 1996, o São Cristóvão viu a sede ir a leilão, que aconteceria em 5 de maio. O evento, porém, acabou cancelado dias antes da data prevista. A mudança aconteceu pouco depois de a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro derrubar o veto do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) à proposta de tombamento do local, que fica no bairro que dá nome ao clube. O projeto é de autoria do vereador Carlos Caiado (Democratas).

“Tínhamos bastante confiança de que essa situação [leilão] seria revertida. Não chegou a existir um medo quanto a isso, não”, disse Thiago Benito, que completou:

“Sabemos que muita coisa pode vir de bom a partir disso [tombamento]. Temos como objetivo, não agora por conta da pandemia, de melhorar a sala de troféus e que o São Cristóvão faça parte de um roteiro turístico para quem tenha um interesse mais profundo na cultura do esporte no Rio de Janeiro. Já recebemos muita gente de fora simplesmente pelo fato de o Ronaldo ter começado aqui. Esperamos explorar isso um pouco mais”.

Campo do São Cristóvão

Logística

Um dos motivos pela escolha do Vasco é o fato de a sede do São Cristóvão ser vizinha a São Januário, o que facilita o planejamento do elenco e comissão técnica para os treinamentos.

Parceiros

Esta não é a primeira que Vasco e São Cristóvão estiveram envolvidos em uma parceria. Em 2016, ano que o estádio Ronaldo Nazário completou 100 anos, o Cruz-Maltino investiu cerca de R$ 120 mil e pequenas reformas foram realizadas no local.

Uol

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