Escolha por Nilton Santos pode fortalecer relação entre Vasco e Botafogo

Motivo de polêmica nos bastidores do Campeonato Carioca para a primeira partida da semifinal contra o Flamengo, a escolha do Vasco de mandar o jogo de ida no Nilton Santos representa a continuidade de uma relação com o Botafogo que pode render bons frutos para ambos os lados. Nos últimos meses, as diretorias se aproximaram e tem tido conversas sobre o uso dos respectivos estádios, mas principalmente o do alvinegro, por conta da eminente obra para reforma de São Januário.

Até o momento, porém, não há nenhum acordo fechado para um futuro próximo. O que há de mais concreto é que o Botafogo tem adotado a postura de facilitar ao Vasco a utilização do Nilton Santos, como fez para este sábado. Em contrapartida, a direção alvinegra espera que exista uma via de mão dupla na parceria.

Assim, nos próximos meses, o Botafogo espera que, caso não tenha o Nilton Santos disponível por eventual show ou outro evento que impossibilite a utilização do estádio, a diretoria do Vasco facilite que o alvinegro jogue em São Januário — isto é, claro, se a reforma ainda não tiver começado.

Além disso, a diretoria do Botafogo entende que não faz sentido o Vasco se colocar contra o gramado sintético nas discussões de bastidores. Para a diretoria do clube carioca, o posicionamento de Philippe Coutinho ou de outros atletas é algo que não representa o cruz-maltino enquanto instituição. O que importaria, nesse caso, seria o posicionamento do presidente Pedrinho ou de outro dirigente do topo do organograma vascaíno.

Por parte do Vasco, tudo isso está alinhado, com exceção da questão do sintético. Uma fonte da diretoria cruz-maltina afirmou ao GLOBO que o clube ainda não definiu sua posição no assunto enquanto instituição. Assim, o Vasco não se coloca nem contra e nem a favor do “tapetinho”. Apesar dos jogadores terem se posicionado contra tanto externamente quanto internamente — a partida deste sábado, porém, foi uma exceção onde a maior parte dos atletas entendeu que seria a melhor alternativa —, a direção vascaína ainda não definiu qual será o posicionamento na questão.

Fonte: O Globo