As emoções da despedida de Edmundo
São Januário viveu uma noite de muita emoção e saudosismo na partida de despedida de Edmundo.
São Januário viveu uma noite de muita emoção e saudosismo nesta quarta-feira (28), na partida de despedida de um dos maiores jogadores da História do Club de Regatas Vasco da Gama. Edmundo recebeu o carinho de mais de 21 mil pessoas em sua última atuação com a Cruz de Malta, que tanto defendeu e demonstrou sua paixão. O adversário escolhido pelo ídolo foi o Barcelona (EQU) por ser o embate em que ele mais quis participar na carreira, pois foi em cima dos equatorianos que o Vascão se sagrou campeão da Libertadores de 1998.
O Gigante da Colina venceu por 9 a 1 com direito a dois gols do Animal. O resultado, segundo o próprio Edmundo, não era tão relevante. O mais importante era o carinho e a emoção do último encontro, dentro do gramado, entre o ídolo e seus eternos seguidores. Para estes, o importante era poder retribuir toda a alegria que o craque proporcionou. Uma noite épica em um caldeirão cheio de emoções para uma justa homenagem para aquele que conquistou os torcedores pela sua garra dentro de campo, pelos muitos gols marcados sobre o rival Flamengo e, principalmente, por fazer questão de transparecer, mesmo quando estava em outros clubes, o seu amor incondicional à Cruz de Malta.
Muito obrigado, Edmundo.
O jogo
Edmundo desequilibra para o Vascão
O telão de São Januário mostrava as principais cenas do eterno ídolo com o manto cruz-maltino, como o golaço contra o Flamengo em 1997. Edmundo, no túnel, muito emocionado, preparava-se para entrar pela última vez no gramado de sua casa. Quando o Trem Bala abriu, houve uma grande queima de fogos para recepcionar o eterno ídolo, que chorava e corria pelo gramado escutando das arquibancadas o seu grito: “Ah, é Edmundo”.
Após a execução do hino do Vasco, em que todos os presentes cantaram com bastante emoção, o presidente Roberto Dinamite fez um belo discurso e deu uma placa para o homenageado da noite. O goleiro Fernando Praas atuou com a camisa com o número 200 em alusão à quantidade de jogos pelo Vascão.
Quando a bola começou a rolar, o amistoso ganhou ares de partida oficial. Logo em sua primeira participação, Edmundo foi derrubado por trás pelo marcador. Na primeira descida vascaína, Juninho tabelou com Edmundo e chutou, a bola bateu na zaga e sobrou para Thiago Feltri, que cruzou para Alecsandro, mas o jogador se atrapalhou na hora do domínio.
Aos 11 minutos, Thiago Feltri fez boa jogada e sofreu pênalti. Edmundo foi para a cobrança e com muita categoria fez o seu 136º gol pelo seu time de coração, fazendo o caldeirão ferver de emoção e saudosismo pelo ídolo, que comemorava e agradecia a torcida dizendo “obrigado” e apontando e se curvando para as arquibancadas.
O Vascão seguia pressionando o Barcelona (EQU) com passes envolventes no meio de campo. Alecsandro fez um lindo lançamento para Edmundo na área. O Animal dominou, limpou o marcador e rolou para Fagner. O lateral deu um belo giro e tocou para o camisa 9 colocar no canto esquerdo do goleiro Morales. Alecsandro, em um belo gesto, homenageou Edmundo imitando sua comemoração no título da Taça Rio sobre o Flamengo.
Edmundo quase fez o seu segundo gol após Felipe tocar para Thiago Feltri na esquerda e o lateral cruzar rasteiro para o ídolo chutar, mas Morales faz grande defesa. Aos 34 minutos, contudo, Edmundo mostrou por que Animal é uma espécie em extinção.
O craque deu um lançamento espetacular, preciso, para Fagner pela direita. O lateral cruzou de trivela para o próprio camisa 10 finalizar de primeira. Um golaço com a marca de Edmundo, que na celebração teve a sua chuteira lustrada por Alecsandro para depois ir em direção aos torcedores fazendo a sua comemoração mais marcante na carreira; a do golaço de 1997 sobre o Flamengo.
Enquanto as arquibancadas cantavam “o Animal voltou”, o Barcelona (EQU) diminuiu o placar. Porém, no lance seguinte, Fagner tabelou com Eder Luis pela direita e rolou para Juninho na área. O meia dominou e bateu colocado, no canto ângulo de Morales.
Edmundo se despede nos braços da torcida
Para a segunda etapa, Cristóvão Borges fez quatro alterações para poupa o elenco devido à maratona de jogos do Vascão na temporada. Diego Souza, atual camisa 10, entrou com o número 72 em alusão ao ano de nascimento de Edmundo. No primeiro lance, Felipe colocou a bola entre as pernas do marcador e lançou para Thiago Feltri cruzar para Éder Luis marcar o quinto gol aos 55 segundos.
A partida ficou paralisadas devido a queda de energia dos refletores. Quando ela retornou a normalidade, Edmundo continuou seu show. O Animal driblou quatro marcadores, fazendo mais uma de suas típicas filas, e chutou sobre o adversário.
O time diminuiu o ímpeto ofensivo até Cristóvão Borges fazer mais quatro substituições para dar mais gás. E foi o que ocorreu. Aos 21 minutos, Fellipe Bastos fez um golaço de falta, em uma cobrança forte e com bastante efeito. E mais uma vez os jogadores fizeram uma das comemorações históricas de Edmundo.
Quatro minutos depois, Fellipe Bastos e Allan fizeram uma tabelinha sensacional para este ampliar o placar. Aos 30 minutos, Felipe abriu a jogada com Fellipe Bastos na área, que cruzou para Diego Souza. O meia dominou no peito, brigou com o zagueiro e chutou forte no canto para ampliar.
Aos 40 minutos, Edmundo deu seus últimos passos pelo Vasco no gramado de São Januário. Ao fundo era executado o hino vascaíno e a torcida ovacionava o ídolo, cantando, com muita força, “Ah, é Edmundo”. Coube ao jovem Willian Barbio ter a honra de substituir o Animal, que, já fora de campo, carregava a bola do jogo enrolado na bandeira do Vascão e chorava acenando para os torcedores. Um momento de bastante emoção, como foi o sentimento por toda a noite, na Colina Sagrada. Allan ainda fez o nono gol do Cruz-Maltino.
site oficial do vasco
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