Emílio Faro analisa derrota do Vasco para o Bahia; veja a entrevista coletiva

O Vasco acumulou sua quinta derrota consecutiva fora de casa ao perder para o Bahia por 2 a 1, neste domingo, na Arena Fonte Nova. Após a partida, o técnico Emílio Faro avaliou o desempenho do time, que só finalizou duas vezes contra 16 do adversário. O interino disse que a estratégia em Salvador era atrair o Bahia e explorar os contra-ataques.

– Não há estratégia de “não finalizar”. A gente não conseguiu fazer transição. A gente teve muita oportunidade de transitar e ser mais letal à defesa do Bahia. A partir do momento que a gente abriu o placar, cada vez eles iam se lançar mais e a gente conseguiria situação de contra-ataque. A gente pega finalização de uma maneira que a gente traz a estatística para uma coisa que não é – considerou Emílio Faro, que completou:

– Muitas vezes você pega uma bola e chuta de maneira despretensiosa. E quando você olha a estatística, tem um chute. Tem chute da intermediária, tem outro chute. Ou seja, a gente teve transições, a gente teve situação de atacar adversário. Mas a gente não conseguiu atingir a meta. Por isso a gente não fez placar melhor para gerar confronto nos dois gols que tomamos.

– Não abala em nada nossa classificação as cinco derrotas seguidas fora. Vai valer para a frente. A gente vai ter o acesso para a Série A.

O Vasco se mantém na quarta colocação, mas agora está a quatro pontos do quinto colocado Londrina, que venceu na rodada. Na próxima quarta-feira, o time enfrentará o Guarani, às 19h, em São Januário. A torcida esgotou todos os ingressos para a partida.

– A gente vai agora para nossos domínios, onde a gente tem mostrado soberania. Onde temos mostrado imposição e vamos levar isso para o jogo contra o Guarani, na quarta-feira. Na realidade, o que temos mostrado até agora. Ou seja, de jogo impositivo, pressão na saída de bola. Vamos fazer o que temos feito durante a competição toda. Fazer de São Januário nosso caldeirão – disse Faro.

Outras declarações de Emílio Faro

Análise do jogo

– A intenção era atrair o Bahia. A gente consegue no início o gol, e a intenção era, através da torcida deles, nessa situação de não conseguir o resultado logo de início, ir desequilibrando o Bahia. Automaticamente, essa situação de isolamento, um jogador com a qualidade do Alex, tinha e tem toda condição de criar uma situação contundente contra o time deles. Eles abaixaram os dois jogadores de lado para alçar bola na área a partir dos 35 minutos e começaram ter efetividade. Conseguiram o primeiro gol numa situação infeliz da gente, viraram, aí mudou a perspectiva do segundo tempo.

– Buscando uma realidade de manter a estratégia através do ímpeto deles de continuar vindo pra cima, mas a gente não estava mais com condição pra desempenhar essa realidade de jogo. Foi aí que trouxemos os dois jogadores que estão com os comportamentos mais acostumados, que é o Pec e o Figueiredo, e a gente voltou a equilibrar.

Alerta?

– Existe uma situação, estou no Vasco desempenhando um papel. Com meu tempo de futebol, com tempo que vivo essa situação da criação do processo de trás para frente do que foi o jogo, eu posso afirmar: não quero ter razão, quero ser feliz. Nada do que aconteceu para trás vai interferir para frente. A gente pode criar cenário caótico, de fim de mundo, de gênesis, do que quiser, só que o Vasco vai classificar dentro desses 12 jogos que temos. Nada diz que a gente jogando fora hoje com o Bahia, tendo resultado negativo, o elenco que é um elenco totalmente focado no trabalho, totalmente focado no acesso do Vasco, com próximos jogos fora a gente vai buscar vitória. Nada diz que com a derrota de hoje a gente não vai conseguir vencer na próxima. O que garante? O futebol é muito cíclico da Série B. A gente ganhou do Tombense, que perdeu para o Sport, que perdeu para o CSA e que ganhou da gente. Isso é Série B. Se a gente quiser montar situação caótica, tem vários caminhos, para a gente percorrer. Mas não é esse que a gente vai percorrer. O jogo de hoje acabou e a gente já começou a se preparar para o jogo contra o Guarani.

Prejuízo de gastroenterite no grupo

– Depois de uma derrota qualquer coisa que eu fale pode soar como desculpa. Mas tivemos baixa realmente, tivemos semana desequilibrada por esse ponto. Tivemos suporte da base do Vasco com jogadores completando treino, jogadores que não entraram na partida hoje, jogadores que entraram hoje. E a gente valorizou nessa semana os jogadores que nós tínhamos.

Posicionamento do Paulo Victor

– Ele veio com duas funções. Veio fazendo a quinta linha como ala e quando a gente tinha a bola, além de usar a qualidade técnica que ele tem, é um jogador extremamente veloz. E nessa velocidade dele era a situação da transição para encontrá-lo e a gente conseguir situações mais favoráveis de ataque. Ele me mostrou a velocidade, a transição, o atrair e depois ele fazer as infiltrações. Isso que ele me mostrou, por isso ele entrou ali jogando.

Linha de cinco

– A linha de cinco era formada pelo Matheus Ribeiro, Quintero, Conceição, sendo o homem centralizado, Edimar no lado esquerdo e PV. E uma linha de três, que tínhamos dois jogadores que protegem mais, que são Yuri, Andrey e Tubarão, fazendo a transição do lado direito. Essa era a intenção. O Matheus Bahia, segundo nossas informações de estudo, era um jogador que atacava muito e a gente teria aquele espaço ali. Além dele proteger, ele utilizaria aquele espaço.

Pontuação

– A nossa intenção era hoje fazer jogo mais estratégico, de utilizar as situações vulneráveis do Bahia para sair com resultado positivo. A gente vai jogar agora em casa, a gente vai buscar nossa vitória e a classificação virá. Existe amanhã depois de hoje. O que está para trás é um retrovisor quebrado. Repetindo minha última coletiva, a gente não vai classificar nos últimos três jogos. A gente vai classificar nos próximos 12 jogos.

Fonte: Globo Esporte