Elivélton quer punição ao Gustavo

O arrependimento do goleiro Gustavo não foi suficiente para comover o meio-campo do Vasco Elivélton.

O arrependimento do goleiro Gustavo não foi suficiente para comover o meio-campo do Vasco Elivélton. Agredido com uma voadora na nuca pelo jogador do Sport Recife, durante partida da Taça BH de juniores, segunda-feira, o vascaíno julgou como ‘merecido’ que Gustavo responda por tentativa de homicídio, conforme a Polícia Civil de Barão de Cocais, a 150 km de Belo Horizonte, está tratando o caso.

“É merecido. Nunca vi isso no futebol. Foi uma covardia e eu acho justo”, afirmou Elivélton, de 19 anos. “Se ele quiser vir falar comigo, sem problema. Mas, sinceramente, eu nem me lembro do rosto dele durante o jogo. Quando vi o vídeo, eu fiquei chocado, mas agora está tudo bem. Só está bem dolorido”, completou.

Na terça-feira, o garoto realizou exames complementares que não apontaram qualquer lesão mais grave, recebeu alta hospitalar e voltou para a pousada onde a delegação do Vasco está concentrada para a disputa da competição. Por enquanto, o jogador está em recuperação e não tem data prevista para retornar aos treinos.

Bastante perturbado com o seu próprio ato, o goleiro Gustavo — que foi demitido pela diretoria do Sport — se diz completamente arrependido e envergonhado. “Não sei dizer porque tomei essa atitude impensada. Todo ser-humano tem um momento de bobeira na vida e, eu, em meio minuto fiz aquela besteira”, lamentou o jogador, que não foi aliviado pelo pai. “Ele disse que não foi essa a educação que me deu. Quero pedir desculpas não só à minha família e a do Elivélton, como também para todo o Brasil. Estou envergonhado”, afirmou Gustavo, que ainda vai conversar com o clube sobre a demissão.

Desde as primeiras categorias de base, o Sport oferece ajuda psicológica para seus atletas, mas, tido como um menino tranquilo, Gustavo conta que não teve auxílio por nunca ter precisado. Desta vez, a diretoria do clube já afirmou que o goleiro receberá ajuda médica.

Psicóloga do elenco profissional do Vasco, Maria Helena, afirma que o principal trabalho realizado desde cedo é a formação de caráter social dos garotos. “Não conheço o perfil deste atleta e seria até antiético falar. O importante é que o Sport tenha assistência psicológica”, disse.

No caso de Elivélton, Maria Helena conta que o Vasco, por meio da psicóloga dos juniores, Andréia Cunha, fará um atendimento específico ao meia. “Primeiro vamos ouvir o que ele tem a dizer para decidir como vamos trabalhar”, adianta.

Gustavo depõe nesta quarta-feira

O goleiro Gustavo prestou depoimento nesta quarta, na delegacia de Barão de Cocais. De acordo com o delegado que cuida do caso, Paulo Tavares Neto, o atleta será indiciado por tentativa de homicídio doloso, cuja pena varia de 12 a 30 anos, com redução de um ou dois terços por se tratar de uma ‘tentativa’.

Em seguida, a Polícia Civil vai encaminhar o caso ao Ministério Público que decidirá como vai tratar a questão: lesão corporal de natureza grave ou mesmo tentativa de homicídio. “Ele vai se defender, dizendo que não tinha a intenção, mas, no caso do doloso, existe o direto (aquele que quer provocar o resultado) e o eventual (não quer, mas assume o risco). A mesma coisa ocorre no caso de embriaguez. O sujeito está bêbado, atropela e mata alguém. Ele assume o risco por ter consumido a bebida”, explica o delegado. Na terça, Elivélton esteve na DP e narrou os fatos ao delegado, dizendo que não estava na confusão, e, sem motivo algum, o goleiro do Sport o atacou por trás.

O meio-campo do Vasco espera que Gustavo tenha aprendido a lição: “Agora a cag… está feita e não tem como voltar atrás. Mas que ele não faça isso novamente”.

Fonte: o dia

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