Doriva busca consolidação da carreira no Vasco
Neste domingo, contra a Cabofriense, Doriva inicia a trajetória que pode ser divisor de águas na carreira de um ano no Vasco.
O certificado de qualidade de um treinador, invariavelmente, passa por um trabalho marcante em um grande clube, submetido a pressões, cobranças e (pseudo) medalhões no elenco. Novo na função, Doriva busca essa chancela no Vasco, repetindo o trampolim de outros técnicos. Neste domingo, às 17h, contra a Cabofriense, inicia a trajetória que pode ser divisor de águas na carreira de um ano.
– Estou muito feliz por estar no Vasco, com muita vontade de consolidar meu trabalho. É uma grande chance para mim – destacou.
Na verdade, os interesses de clube e treinador convergiram. O Cruz-maltino gosta de apostar em nomes pouco badalados. É assim desde sempre. Às vezes dá certo, outras vezes, não.
Antônio Lopes e Joel Santana, por exemplo, tiveram a primeira chance em um clube grande no Vasco. Lopes, em 1981, deu um tempo no trabalho como delegado de polícia para assumir a equipe. Foi campeão carioca em cima do Flamengo campeão do mundo e nunca mais voltou a trabalhar armado.
Já o Natalino, em 1986, recebeu a primeira chance em um clube grande do Brasil, após passar cinco anos à frente do Al Wasl, dos Emirados Árabes. Depois, voltou para o Oriente Médio, mas quando retornou de vez, já tinha o status de Papai Joel.
– Escolhi o Vasco por estar voltando à Série A, por ter trocado de direção, por estar se reestruturando. É a chance para se implantar uma filosofia de trabalho própria – ressaltou Doriva.
Porém, nem sempre as apostas vascaínas vingaram. Nos anos 2000, como agora, o clube sofria com a falta de dinheiro. A solução encontrada por Eurico Miranda em duas situações foi trazer treinadores sem passagens anteriores por clubes grandes. Não funcionou.
Dário Lourenço, por exemplo, foi contratado em 2005 depois de bom trabalho pelo Volta Redonda. Em São Januário, durou pouco tempo, fritado pelo astro do time, Romário. Depois, não passou por outro grande na carreira.
Situação parecida, viveu Alfredo Sampaio. Em 2008, assumiu o Vasco. Os atritos com Edmundo fizeram com que o sonho do clube grande não durasse muito tempo. Hoje, é técnico do adversário na partida em Macaé.
– Estou confiante no trabalho, no que estamos fazendo – bancou Doriva.
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