Diniz analisa vitória do Vasco contra o CSA; veja a entrevista coletiva

O técnico Fernando Diniz afirmou que o primeiro tempo do Vasco foi fantástico, mas o segundo tempo da equipe foi abaixo.

Diniz em Vasco x CSA em São Januário
Diniz em Vasco x CSA em São Januário (Foto: André Durão/ge)

O Vasco está classificado para as quartas de final da Copa do Brasil. Depois de um empate sem gols no jogo de ida, em Maceió, a equipe despachou o CSA com vitória por 3 a 1 nesta quinta-feira, em São Januário, e garantiu sua vaga na próxima fase da competição. Após a partida, o técnico Fernando Diniz ponderou o primeiro tempo fantástico e o segundo tempo abaixo da equipe. Além de, mais uma vez, elogiar Rayan.

— Sobre Rayan, hoje aconteceu de novo. O primeiro tempo dele foi bem melhor que o segundo. Em Mirassol, não, mas hoje aconteceu de novo. Quando ele vai pro lado de lá, tem que se virar sem ninguém orientando. Sobre o jogo, fizemos um primeiro tempo brilhante e no segundo caímos mais de produção do que devia.

Ainda analisando a partida, Diniz aproveitou para falar da produção ofensiva do Vasco na partida contra o CSA e também defendeu a atuação de Vegetti, que mais uma vez fez uma partida apagada.

— Hoje tivemos mais volume ofensivo em relação ao que vínhamos tendo. Tivemos 28 finalizações, fizemos três (gols). A gente tinha que ter feito mais. Foi um volume para fazer mais gols. Temos que aproveitar mais o volume que criamos.

— (Sobre Vegetti) Não atrapalha, ele ajuda o time. Não é só força ofensiva, ele é um grande artilheiro. Hoje ele não fez gol, mas marcou contra o Mirassol. Não sei quantos gols ele marcou comigo, mas um time que cria muito precisa de um grande artilheiro para finalizar as jogadas. Hoje ele não conseguiu finalizar as jogadas mas é um grande jogador para o time.

“Essa questão do controle de carga eu tenho um pensamento mais de sentir do que medir. Se fosse pegar tradicionalmente, o Vegetti teria saído de muitos jogos, mas ele não tem queda de rendimento no final das partidas. Contra o Mirassol, ele foi o jogador que mais correu. Ele tem idade, mas não tem pouca qualidade física. Não tem queixa de lesão. Hoje, a gente sabia que a maior arma do CSA era bola aérea e nosso jogador mais alto era ele. Ele não tem decréscimo físico, tem muita saúde. Vegetti não tem decréscimos em níveis de corrida, sprint, coisas que as fisiologias consegue medir” — Fernando Diniz, técnico do Vasco.

O Vasco se garante nas quartas de final da Copa do Brasil pelo segundo ano consecutivo, algo que não acontecia desde 2011. Agora tem a meta de sair da zona de rebaixamento do Brasileirão. Para isso, encara o Atlético-MG no domingo (10), às 16h, em São Januário.

Confira outras respostas de Fernando Diniz

Contato com os gandulas

— Foi um gesto espontâneo de confraternizar com eles o momento antes de começar o jogo. Gosto desse tipo de gente. Gosto de fazer que todos se sintam importante”

O Puma como ponta é uma possibilidade?

— O Puma é uma possibilidade, já jogou assim. No fundo eu procuro colocar em campo os melhores jogadores. No Fluminense já cheguei a jogar com dois pontos, um na lateral e outro na ponta. Hoje aconteceu um pouco o contrário, foram dois laterais. Acho que o Puma é um jogador com muita qualidade, tem força física, é jogador de seleção. Fez uma partida muito boa contra o Mirassol. E o Paulo Henrique está muito bem. Hoje foi questão de colocar aqueles caras que eu acho que estão produzindo mais. E quando der para encaixar, como foi hoje, eu faço. Acho importante colocar aquilo que a gente tem de melhor em campo

Hugo Moura na zaga

— Ele é um jogador que pode jogar de zagueiro comigo, ele já jogou de zagueiro no Flamengo e tem características que o qualificam para jogar de zagueiro. Tem um passe muito bom, com a linha alta ele tem boa velocidade, força física e uma construção facilitada. Como volante, ele já tem um bom passe. Então a gente tem um ganho em relação a isso

Jair e Thiago Mendes

— O Jair está muito bem já faz um tempo. Quando tem jogo com mais posse, o jogo fica muito facilitado com a entrada dele, porque ele dá fluência ao jogo. E o Thiago Mendes ficou duas temporadas e meia no Catar, que é um futebol muito mais moroso que o daqui. Somado a isso, ele teve uma lesão importante um pouco antes de vir para cá e ele já estava há um tempo sem jogar. Estamos procurando alimentá-lo de bons treinamentos para ele ganhar ritmo aos poucos e chegar a sua melhor condição. Mas é um jogador que tem muita qualidade e pode ajudar muito o Vasco

Por que o CSA conseguiu criar chances mesmo com o maior volume do Vasco?

— Não acho que o CSA criou mais chances aqui (São Januário) do que lá (Maceió). Lá eles tiveram algumas chances importantes, mas foi mais do que aqui. CSA hoje deu um chute perigoso para gol e acabou. Hoje sofremos muito mais pelas falhas de marcação dos homens da frente do que pelos homens de trás. A gente se propõe a marcar alto, então se marcamos mal na frente o sistema fica ruim. A queda de rendimento no segundo tempo muito provavelmente aconteceu porque 3 a 0 houve um relaxamento que não deve acontecer. Não pode acontecer relaxamento natural. Se aquela bola da falta entra, como que ficaríamos? Tem que manter o padrão. Em relação à bola parada, foi uma desatenção, acho que está acontecendo em vários times. O time tem muito volume ofensivo e a defesa fica fria.

Pode efetivar o Hugo na zaga e o Jair no meio?

— Isso pode acontecer, é uma possibilidade entre outras tantas que a gente tem. Mas é uma possibilidade, não podemos descartar.

Importância da vitória no momento ruim

— A vitória é muito importante. É um campeonato em que estamos entre os oito classificados, que o Vasco não vence desde 2011, já faz 14 anos desde a última conquista. Nós temos nosso quinhão de chance, temos 1/8 de chances de ser campeões neste momento. Mas agora temos que pensar no Atlético Mineiro. E, obviamente, você imagina se a gente não passa hoje. Ia ficar um clima totalmente negativo e pessimista, a torcida ia sair do estádio ferida. Acho que a torcida sai do estádio hoje contente pela classificação. Se pudesse separar o primeiro do segundo tempo, ia sair muito contente com o que a gente fez no primeiro tempo. E a torcida deu um show também, a torcida ainda foi melhor do que o time. A festa foi brilhante desde o começo, a torcida do Vasco é muito diferente, ela incentiva muito. É muito presente. A gente tem que se acostumar a jogar no mesmo ritmo da torcida, que é uma torcida apaixonada e muito presente. Que o time consiga fazer dois tempos como fez o primeiro, porque é isso que a torcida merece.

O que pegar de exemplo da atuação de hoje para levar de exemplo pro Brasileirão

— O primeiro tempo como um todo. Mas não só esse jogo. De maneira geral, fizemos bons jogos contra Mirassol e Internacional no primeiro tempo. São campeonatos diferentes. Precisamos pontuar rápido. A equipe tem produzido para ganhar jogos. Eu espero que a gente consiga fazer uma grande partida e dar esse presente para a torcida no domingo.

“Se o Vasco tomasse o segundo gol…”: tem algum problema psicológico para resolver?

— Não, é claro que não tem a ver com psicológico nesse sentido. Acho que emocionalmente o time se mostra cada vez mais forte até. Pela sequência de resultados que a gente mereceu vencer e não venceu, e no jogo seguinte mostrou competência, jogar cada vez melhor, marcar bem… Isso mostra muita evolução para mim na parte psicológico. Acho que todo mundo concorda aqui que o jogo do Inter poderia ter vencido, o do Grêmio poderia ter vencido, do Del Valle poderia ter vencido. E o Mirassol também, fomos muito mais dominantes. Então psicologicamente a equipe se mostra cada vez mais forte. Hoje o que aconteceu tem a ver com lado psicológico, mas não por essas razões que estavam atribuindo ao Vasco há algum tempo atrás. Teve um relaxamento que não deve. Eles tiveram poucas chances. O CSA é um time que tem qualidade também. Se não tivesse qualidade, não estaria aqui. Eles não tiveram o Grêmio sem mérito, muito pelo contrário. Se a gente joga com o mesmo ímpeto e mesma concentração, provavelmente eles não teriam a chance que tiveram e a gente não teria sofrido o gol. Isso é um aspecto psicológico do jogo, totalmente. E não teve nada a ver com cansaço. A gente terminou o primeiro tempo em cima, todo mundo correndo muito, fizemos o terceiro gol. Quando voltamos para o segundo tempo, voltamos numa rotação mais baixa. Se a gente estivesse cansado ou os 15 minutos finais fossem ruins… E nem foi isso que aconteceu. Nos 15 minutos finais, não fomos tão contundentes, mas fomos muito mais equilibrados. Tivemos chances de fazer o quarto e quinto gols e não oferecemos chances de gol para a equipe do CSA.

Nuno Moreira

— A saída dele tem um pouco a ver com controle de carga. Ele vem jogando com constância, o Nuno acho que vem jogando muito e ele não está habituado a esse tipo de calendário, viagens… Eu já tirei o Nuno pensando no jogo do Atlético.

Flamengo, Palmeiras e São Paulo fora da Copa do Brasil. Isso nivela o futebol brasileiro?

— O futebol aqui é nivelado mesmo. Em jogos de mata-mata fica mais nivelado ainda. Tudo pode acontecer em dois jogos. O time que está em primeiro pode perder para o último, não é raro aqui.

O Coutinho pode evoluir ainda mais o seu futebol?

— O futebol dele não depende dos futuros contratados. A tendência do Philippe é evoluir. Quando ele teve a lesão na panturrilha, ele estava num momento excelente. Nas semanas que a gente teve de preparação, ele estava se destacando muito nos treinamentos. Acho que a evolução dele vai se dar com os jogos e treinamentos, então a tendência é de que ele jogue cada vez melhor.

Recado para convocar a torcida para domingo

— De fato, peço encarecidamente que compareçam e no incentivem. Eu tenho falado constantemente com os jogadores que temos que fazer o máximo que puder para trazer alegria para a torcida para o Vasco, porque é muito sofrimento ao longo desses anos.

Você não vê o Rayan jogando de centroavante?

O Rayan pode jogar de 9, ele jogou assim na base. Nesse momento temos o Vegetti e o GB. Nada impede que eu use o Rayan de centroavante. Até o próprio Deivid pode jogar de centroavante também.

Atuação do Garré

O Garré entrou bem hoje. É um jogador que tem se dedicado. Quando eu cheguei aqui, ele estava sendo utilizado mais como ponta. Embora comigo ele possa jogar como ponta, como o Nuno, com liberdade de flutuação, eu acho que a capacidade mais forte dele é o jogo de associação. Hoje ele entrou muito bem no jogo mesmo. Ele vinha treinando bem, merecia entrar, entrou bem e fiquei contente com a atuação do Garré. E é um jogador que eu estou conhecendo agora, não conhecia nada do histórico do Garré. Tem muito jogador aqui no Vasco dos quais eu não sabia praticamente nada.

O Vasco busca muitos cruzamentos por causa do Vegetti? Como fazer com que ele contribua no jogo pelo chão?

Acho que a gente cruza um pouco mais por causa do Vegetti. Em todo time que eu trabalhei, quando o adversário marca em linha baixa, não tem muito por onde entrar. O jogo vai terminar em cruzamento. No Fluminense a gente cruzava muito também quando o adversário marcava em linha baixa, muito! Hoje, embora a gente tenha cruzado muita bola, fizemos três gols sem ser de cruzamento. Mas tivemos chances de cabeça, com Rayan e com Vegetti, de alguns cruzamentos saíram escanteios e rebotes. Quando um time desce muito a linha, isso é para todo mundo, ou o jogo vai terminar em cruzamento ou em chute de fora da área. Quase sempre. Porque eles praticamente marcaram com uma linha de seis, com sete jogadores ao redor da área. Então fica difícil de criar. Nesse sentido, o que fizemos no primeiro tempo hoje é digno de nota. É muito difícil de criar o volume de jogo que a gente criou contra um time que não abriu mão de se defender em bloco mais baixo durante toda a partida.

Assista à entrevista

Entrevista coletiva de Fernando Diniz (Fonte: Vasco TV)

Fonte: Globo Esporte

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