Diego Souza destaca espírito vencedor do Vasco

Distante, Diego Souza sentiu na pele como os seus companheiros sofreram com provocações e piadinhas em crise do Vasco.

Quem olha o Vasco hoje na liderança do Campeonato Brasileiro, confirmada após o empate com o Atlético-GO nessa quinta-feira, mal pode imaginar que há alguns meses, no início da temporada, o time foi motivo de chacota. As derrotas nos quatro primeiros jogos do ano configuraram o pior início de Campeonato Carioca de sua história, sendo eliminado de maneira precoce da Taça Guanabara. A chegada de Ricardo Gomes para substituir Paulo César Gusmão foi determinante para uma mudança de mentalidade e de postura. O resultado disso foi um gosto pela vitória que fez com que o time não colocasse o pé no freio após a conquista da Copa do Brasil.

Diego Souza não estava no Vasco no começo do ano. Chegou no decorrer da temporada e acompanhou justamente o momento de transição. Apesar de não ter vivido os dias de grande crise, o camisa 10 sentiu na pele como os seus companheiros sofreram com provocações e piadinhas. Depois de sentir como é bom estar no topo, ninguém mais quer sofrer novamente.

– A explicação pela boa fase é simples. Ninguém aqui quer reviver aquelas derrotas do início da temporada. O Vasco foi motivo de chacota para muita gente. Por isso seguimos com toda a nossa pegada. Valorizamos cada vitória, cada passo conquistado. E ao mesmo tempo sentimos muito cada derrota. O Vasco ganhou o espírito de vencedor – explicou o camisa 10.

Diego Souza destaca que Ricardo Gomes foi peça fundamental na ressurreição vascaína. O AVC (acidente vascular cerebral) sofrido pelo comandante no dia 28 de agosto, durante o clássico contra o Flamengo, causou seu afastamento do cargo para que pudesse se recuperar, mas serviu como um combustível a mais para o restante do Brasileiro. O camisa 10 revelou um pacto feito pelo grupo para dedicar o título ao treinador.

– Vamos em busca de mais uma conquista, porque se estamos aqui hoje é por causa dele. Antes mesmo do ocorrido, o Ricardo nunca deixou a gente relaxar. Não tem por que fazermos isso agora – explicou.

Cristóvão Borges tem pensamento parecido com o de Diego. Mas ele ainda foi além. Segundo o treinador, o espírito de superação começou no ano passado, quando o Vasco voltou à Primeira Divisão após o título da Série B de 2009.

– Esta fase é parecida com a que o Vasco viveu quando caiu para a Segunda Divisão. A experiência do retorno é muito marcante, e o clube e seus jogadores passam a valorizar muito as conquistas. Tudo que se consegue de positivo tem valor muito grande. Ninguém quer perder e voltar para a fase ruim. Tendo isso como referência, a concentração passa a ser maior – afirmou.

A virada vascaína

O início de 2011 para o Vasco foi mais do que conturbado. Das quatro derrotas no estadual, três foram para clubes pequenos e em jogos nos quais o time não mostrava qualquer poder de reação. A última delas, a derrota por 3 a 1 para o Boavista, deflagrou uma crise interna de relacionamento que piorou a situação. Carlos Alberto discutiu com o presidente Roberto Dinamite e foi afastado do elenco. Felipe passou a treinar separadamente sob a alegação de que estava fora de forma.

Foi neste cenário combalido que Ricardo Gomes assumiu o clube. Como não houve problema extracampo, Felipe foi reintegrado e passou a comandar o time. Junto com ele chegaram reforços importantes como Diego Souza, Bernardo, Alecsandro e, mais para frente, Juninho Pernambucano. A mudança foi praticamente instantânea. Se nos quatro primeiros jogos do ano o time marcou apenas quatro gols, nos quatro seguintes foram 18.

Na Taça Rio, a postura foi outra. O time chegou à final e perdeu nos pênaltis para o Flamengo, mas manteve o ânimo. A pegada continuou forte na Copa do Brasil e, depois de um jejum de quase oito anos sem conquistas na elite, um título inédito coroou a ressurreição. A única derrota na competição veio justamente no segundo jogo da final contra o Coritiba, mas nos critérios de desempate o time sagrou-se campeão. A boa fase agora segue com a liderança do Brasileiro.

Fonte: globo esporte

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