Desempenho de Éder Luís ao lado de Willian Barbio é satisfatório

Éder Luís sobe de produção jogando ao lado de Willian Barbio, e Cristóvão ganha uma nova opção tática.

Em 2011, as arrancadas de Éder Luís pela direita eram uma das mais armas mais perigosas do Vasco. Mas uma fratura no pé esquerdo, no fim de novembro, acabou retardando o início de temporada do camisa 7. O clássico contra o Botafogo foi apenas seu segundo jogo em 2012 e, mesmo sentido a falta de ritmo e ainda buscando a melhor forma física, Eder Luis deu mostras de que pode voltar a ser peça importante no ataque vascaíno. E, apesar da derrota por 3 a 1, o técnico Cristóvão Borges viu no segundo tempo que ganhou uma nova opção tática.

Durante o período em que esteve fora, quem fez a função de ser a válvula de escape do time foi William Barbio. No último sábado, Eder chegou a dizer que Barbio estava mais em condições de ser titular do que ele próprio. No entanto, na etapa final, Cristóvão colocou os dois juntos em campo: um pela esquerda, o outro pela direita, e Diego Souza centralizado. Desta maneira, o Vasco ganhou velocidade e Eder, que não apareceu tanto no primeiro tempo, subiu de produção.

O esquema agradou e muito ao técnico Cristóvão Borges. Ele disse que já tinha esta ideia formulada na cabeça e contava apenas com a plena recuperação de Eder para colocá-la em prática.

– É uma boa opção. Em muitas das vezes encontramos equipes fechadas e esta é uma forma de termos opções pelos lados com muita velocidade. Com certeza vou utilizar em alguns momentos da temporada – afirmou.

Tentativas pela direita, mas posicionado pelo centro

O ritmo de jogo ainda está visivelmente em falta. Mas logo no início da partida, Eder Luis deu mostras de que é considerado até pelos próprios companheiros uma peça importante no Vasco. Assim que a bola rolou ele foi acionado e arriscou até passes de calcanhar, antes de sofrer sua primeira falta na partida. E o começo foi justamente pela direita, buscando tabelar com Fagner e repetir o sucesso que a dupla teve em 2011, quando era responsável pelas principais jogadas de ataque do time.

– Éder Luís foi a referência de velocidade do Vasco em 2011 e pode voltar a ser no seu retorno. Em qualquer esquema tático. Pela direita, faz a dupla forte com Fágner. Se preferir o lado esquerdo, pode tornar o time menos “capenga” e melhorar o setor. O time cruzmaltino só não pode é abrir mão de sua rapidez e eficiência nas incursões em diagonal – observou André Rocha, do blog Olho Tático, do GLOBOESPORTE.COM..

No entanto, antes mesmo da parada técnica, Eder inverteu seu posicionamento com Diego Souza. O camisa 10, escalado como referência no ataque, passou a jogar pela direita enquanto o camisa 7 buscava se entrosar com Dieyson. Mas foi em uma jogada individual que saiu sua primeira investida ofensiva. Como um autêntico jogador de meio-campo, deu passe em profundidade para Allan. Mas, na sequência, o apoiador errou o cruzamento que buscava Diego na área.

Após a parada, Eder voltou mais centralizado. Mas a todo instante tentava cair pela direita. E foi no setor onde se sente mais confortável que ele conseguiu sua primeira finalização na partida. A tabela não foi com Fagner e sim com o próprio Diego Souza. O atacante invadiu a área e chutou com perigo, assustando ao goleiro Jefferson.  Após os dois gols do Botafogo, uma nova tabela com Diego, desta vez pelo meio, rendeu a segunda finalização. Mas o chute saiu prensado e sem perigo.

Barbio pela esquerda deixa Eder bem confortável

Na etapa final, Cristóvão Borges lançou William Barbio no lugar de Allan. E um dos mais beneficiados com a mudança foi justamente Eder Luis. Barbio ficou aberto pela esquerda deixando Diego Souza centralizado, e Eder Luis finalmente livre e aberto pela direita, onde estava querendo jogar desde o início. Logo nos primeiros minutos veio o primeiro fruto. Foi o camisa 7 quem sofreu a falta cobrada com perfeição por Fellipe Bastos para diminuir o placar no Engenhão.

O gol empolgou tanto o Vasco como o próprio atacante. Logo em seguida Eder quase empatou a partida em uma jogada que os torcedores vascaínos viram muito na última temporada: arracanda e chute cruzado que obrigou Jefferson a fazer grande defesa. No lance seguinte, mais uma tabela entre ele e Fagner com direito a passe perfeito de calcanhar.

Passada a explosão inicial, o Vasco teve uma queda geral de rendimento que ficou ainda mais clara após o terceiro gol de Fellype Gabriel e o pênalti perdido por Juninho Pernambucano. Mas, ainda assim, Eder conseguiu mais uma finalização e ainda deu um cruzamento perfeito para Diego Souza finalizar de bicicleta.

Se ainda não foi o Eder de 2011, o jogador, que conseguiu suportar pela primeira vez no ano os 90 minutos, deu mostras de que pode voltar a ajudar muito o Vasco na sequência da temporada.

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