Derrota do Vasco para a Portuguesa-RJ teve pontos positivos
Zé Ricardo decidiu usar uma equipe alternativa como teste para a temporada, não conseguiu a vitória, mas teve pontos positivos.
Zé Ricardo acertou a permanência no Vasco de manhã e perdeu o segundo jogo seguido de tarde. Mesmo assim, apesar de deixar o clube em má situação no Carioca, não se pode jogar a partida no lixo. A derrota para a Portuguesa-RJ, por incrível que pareça, teve pontos positivos. E o LANCE! analisa cada detalhe.
– A equipe titular vinha jogando desde o início e tentamos dar um ritmo aos que não estavam jogando. A base da Libertadores estava muito desgastada física e mentalmente. Isso estava no planejamento – disse Zé Ricardo, explicando os motivos para ter entrado com reservas em campo.
– Preciso entender meu elenco e o que podemos render, para entender quem será fundamental na Copa Libertadores.
O time alternativo, portanto, era um teste para o restante da temporada. E o professor certamente reprovaria alguns se fosse possível – ou pelo menos deixaria de recuperação. Casos de Bruno Paulista e Rafael Galhardo, substituídos precocemente e com poucas chances de serem aproveitados na Libertadores. Além deles, o goleiro Gabriel Félix vacilou no gol sofrido, que decretou a derrota vascaína, ao sair atrasado debaixo das traves.
– Erramos na bola parada, mesmo treinando muito em São Januário. Isso facilitou o trabalho da Portuguesa – disse Zé.
De início, Zé Ricardo escalou a equipe na mesma formação que vinha usando com os titulares. Uma espécie de 4-2-3-1, também usado nos tempos de Flamengo. Riascos na frente e três meias atrás, com dois volantes defensivos.
Coletivamente, a atuação no primeiro tempo foi fraca. O único destaque foi o estreante Giovanni Augusto, que disse em sua chegada preferir jogar centralizado, distribuindo o jogo. No entanto, Zé já estuda utilizá-lo entre os titulares e o escalou pela direita, onde Wagner costuma jogar. Um indício de que a disputa pelo setor será acirrada nos próximos dias.
Em pouco menos de 90 minutos, antes de sentir dores, Giovanni Augusto mostrou suas características de visão de jogo e passe longo. Foram sete assistências para finalização – nenhuma resultou em gol. Além disso, três desarmes, o melhor da equipe no quesito. Mais 51 passes certos, cinco errados e duas boas viradas de jogo. Com certeza, o principal destaque em Mesquita.
– Giovanni fez uma partida boa. Sentiu a falta de entrosamento, mas tem muita qualidade. A sequência de jogos será importante para ele. Queria observá-lo no jogo e sabia que ia ser difícil aguentar os 90 minutos em alto ritmo.
No segundo tempo, Zé Ricardo testou variações táticas, como havia treinado durante a última semana. Ele tirou Bruno Paulista, que já havia recebido cartão amarelo, e deu chance ao garoto Caio Monteiro. O esquema tático mudou:
A proposta mudou, mas não surtiu efeito. O gramado ruim, o time desentrosado e o adversário fechado dificultaram. Rafael Galhardo saiu cansado para entrada de Luiz Gustavo e Paulo Vitor no lugar de Thiago Galhardo não conseguiu mudar a partida. Sem problemas, era apenas um teste. Porém, Zé Ricardo sabe que precisava reforçar o elenco para ter mais opções de confiança na fase de grupos da Libertadores.
COMO O TIME COMEÇOU:
O time não funcionou como esperado e saiu perdendo no intervalo. Giovanni Augusto, pela direita, deu sinais de que pode brigar com Wagner na posição.
SEGUNDO TEMPO:
Com mais peças ofensivas, o time pressionou mas quase não incomodou o goleiro adversário. Uma variação testada por Zé, assim como já tentou no Flamengo – sem sucesso. A segunda derrota seguida não abala o treinador.
Lancenet