Dedé fala sobre idolatria e futebol europeu

Veja entrevista do zagueiro Dedé que fala sobre diversos assuntos, dentre eles transferência para o futebol europeu.

Seu nome é um dos mais gritados pela torcida vascaína, que até o apelidou de mito. Destaque do time desde o ano passado, quando foi eleito um dos melhores de sua posição no Brasileirão, Dedé, porém, ainda não se considera um ídolo. Quer títulos antes e seguir no Vasco por mais algum tempo. Mas idolatria foi apenas um dos assuntos abordados com o zagueiro, que visitou a redação do LANCE! na manhã de segunda- feira.

Feliz com sua boa fase no clube, após um início com atuações estabanadas na Colina, o Bebezão, como é carinhosamente chamado por seus companheiros de clube e até por pessoas próximas, ainda falou sobre a expectativa por uma chance na Seleção Brasileira e possível transferência para o futebol europeu.

Dennis Nery: Você já se considera um ídolo do Vasco?

Não. Acho que falta muito futebol para eu ser considerado um ídolo para o torcedor.

DN: Mas pelo que já fez pelo Vasco, acha que merece esse carinho todo dos torcedores?

Eu acho que sim. Por tudo que eu passei no ano retrasado até o ano passado… As oportunidades que eu tive, tudo foi merecido. Mas acho que ainda falta muito para fazer. A torcida quer o título e eu também quero muito isso. Acho que só serei idolatrado mesmo se conquistar títulos.

DN: E o Vasco está bem na Copa do Brasil. Seria um título importante para entrar nesta galeria dos ídolos?

Cada jogador se cobra isso. Todos querem conquistar um título. Há muito tempo que o clube não consegue isso. O Vasco nunca conquistou a Copa do Brasil. Se formos campeões, aí sim poderemos ser ídolos. Teremos uma foto de campeão e teremos conquistado o primeiro título do clube neste campeonato. Tanto que não ficamos abatidos com a perda do Carioca porque ainda temos a possibilidade de vencer a Copa do Brasil. Só depende do elenco.

Rodrigo Ciantar: Até o início do ano passado você não vinha bem e teve proposta da Coreia do Sul. Foi por medo de sair do Brasil como um jogador desconhecido?

Isso foi um ponto que coloquei na minha cabeça. Falei que não ia sair do Vasco por baixo. Além disso, se eu fosse (para a Coreia), tentaria fazer minha vida lá, mas, se não desse certo, poderia terminar minha carreira ali, podendo só voltar mais velho, para jogar em um clube menor.

RC: Mas, hoje em dia, quando se fala em você sair do Brasil, é para grandes clubes da Europa. Como está sua cabeça quanto a isso?

QNo dia que bater o martelo para alguma possível transferência, vou pensar nisso. Agora, não posso pensar porque pode me prejudicar ou nem acontecer. Minha prioridade é o Vasco. Claro que tenho vontade de jogar em um time grande da Itália ou da Espanha.

Renato Chianello: Você ficou no Vasco para ter mais chances de ser convocado para a Seleção?

QIsso ajuda muito, mas antes eu não pensava em Seleção. Acho que a visibilidade, principalmente no Brasil, seria maior. Consequentemente, teria mais chance de ir para a Seleção.

RCH: Mas sua chance está cada vez mais próxima de aparecer. Você está preparado?

Se eu continuar com essa sequência boa, pode pintar uma oportunidade. É um sonho, estou preparado e acho que é o momento para eu estar lá. Acho que tenho condições de ser convocado e ser chamado mais vezes. Assim, teria chance de me adaptar.

RC: O Brasil está passando por uma renovação de zagueiros. Qual jogador você vê como um grande concorrente na Seleção?

Os que são convocados, estão representando bem o Brasil. O David Luiz chegou bem e é um excelente zagueiro. O Lúcio é um grande líder. O Alex, do Chelsea (ING), é outro grande zagueiro. Mas eu me espelho mesmo é no Thiago Silva. Para mim, ele é o melhor zagueiro do mundo.

RC: O técnico Ricardo Gomes chegou a dizer que você tem potencial para ser melhor do que ele foi como zagueiro…

Para o Ricardo Gomes me dar um elogio como este, pô… Já foi um dos melhores zagueiros do mundo. O nosso sistema defensivo teve dificuldade no início do ano e ele ajudou muito.

DN: Os torcedores vascaínos o apelidaram de Mito. O que você pensa sobre isso?

(risos) Isso é legal, mas mitos são Roberto Dinamite, Juninho – que está voltando –, Felipe… Fico feliz pelo que a torcida fala. Acho que são brincadeiras sadias. Mas mito são as pessoas que estão nas fotos estampadas dos títulos.

DN: Na coletiva de sábado, Rômulo revelou que os jogadores do Vasco chamam você de Bebezão. De onde veio isso?

É que sou muito brincalhão e me chamam disso. Estou sempre brincando, daí falam que sou um bebê gigante (risos). Em campo, precisa impor respeito. Se ficar brincando com o atacante lá atrás, ele vai deitar e rolar em cima de mim (risos). Em campo, sou totalmente diferente.

DN: Você prefere qual apelido: Mito ou Bebezão?

Prefiro Dedé mesmo (risos).

RC: E como foi marcar o Ronaldinho Gaúcho na decisão da Taça Rio? Você foi muito bem

Sempre vi esses caras atropelando os zagueiros, por isso sempre tive vontade de jogar. Ainda bem que consegui pará-lo e é um momento que vai ficar marcado. Já tenho até foto minha marcando ele. Foi um dia inesquecível

DN: Agora, no videogame, você já deve ter jogado com o boneco do Ronaldinho. Você espera um dia jogar com o seu boneco?

Eu já fiz isso. Eu estava no banco, mas me escalei (risos). No jogo, eu era fraquinho, mas estava bom demais para mim. Ninguém jogava comigo, só eu.

Fonte: lancenet

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