Decisões centralizadas de Salgado provocam desconforto em parte de base aliada
Postura do presidente Jorge Salgado na condução do futebol do Vasco da Gama vem sendo criticada até por membros da base aliada.
Jorge Salgado chamou para si a responsabilidade por reformular o departamento de futebol, após a pior campanha da história do Vasco — o time terminou a Série B em décimo lugar. E com isso desagrada parte de sua base aliada, que gostaria que as principais decisões do clube passassem por um colegiado antes de serem tomadas.
Na campanha para a presidência, Salgado prometeu que decisões estratégicas seriam tomadas após debate entre o dirigente, o vice-presidente de futebol, o vice de finanças e o CEO de futebol.
O dirigente apostou em Alexandre Pássaro em 2020 para tocar o setor e, depois de demiti-lo, sofre para encontrar um substituto. Dezenove dias se passaram e o nome com que esteve mais perto de fechar foi Ricardo Gomes, para o cargo de coordenador.
As partes conversaram uma vez. Houve reação negativa por parte de alguns aliados. Por isso, o nome foi deixado em compasso de espera. Na ausência de outras opções, Salgado voltou a tratar com o ex-técnico vascaíno.
Inicialmente, a ideia do clube era contratar um novo diretor, que tomaria a frente no processo de contratação do novo treinador. Entretanto, o Vasco também avançou pouco neste sentido. Salgado chegou a abrir conversas com Anderson Barros, na esperança de que ele não tivesse o contrato renovado com o Palmeiras. Leila Pereira, presidente eleita do alviverde, já sinalizou que tentará manter ao máximo a estrutura do departamento de futebol atual, o que inviabiliza uma saída de Anderson Barros.
Mesmo sem o novo executivo, Jorge Salgado iniciou sondagens por um treinador. O nome que está na pauta atualmente é o de Zé Ricardo, técnico do Vasco entre 2017 e 2018. O treinador está no Qatar resolvendo pendências burocráticas relativas ao time que comandou este ano, o Qatar SC.
Fonte: Extra