Conheça a vascaína Dijoráh Moraes, que enfrentou 18 cânceres

A vascaína Dijoráh Moraes descobriu o primeiro tumor aos 48 anos e já superou 18 cânceres ao longo de quase 20 anos.

Dijoráh Moraes em São Januário
Dijoráh Moraes em São Januário (Foto: Bruna Teixeira/Vasco)

O mês de Outubro é marcado por uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero. A campanha do Outubro Rosa é válida para população, pois é através do conhecimento que se obtém mais chances de ter sucesso. A melhor forma de entender o que significa a doença, a importância de defender essa causa e como agir com as pessoas que lutam pela vida diariamente é ouvir quem tem muito o que falar.

É o caso da ilustre vascaína Dijoráh Moraes. A torcedora superou 18 cânceres ao longo de quase duas décadas. Quem tem a honra de conhecer a história dessa guerreira começa olhar a vida de outra forma. Dijoráh compartilhou o momento da descoberta do primeiro câncer com todos os vascaínos:

– Eu não acreditei que tinha câncer, pois eu sempre fiz os meus exames e nunca tive problema. Na hora eu imaginei que o exame não era meu. Em seguida, pensei em morrer durante os dez primeiros minutos. Depois eu aceitei a situação, decidi tratar a minha doença, porque eu amo viver. Graças a Deus eu tive o apoio do meu marido que me ajudou a passar por todas as batalhas. Ele me abraçou, me deu colo e em nenhum segundo ele disse que eu iria morrer. O meu parceiro André sempre falou que nós estávamos juntos e que iríamos vencer as batalhas da vida, inclusive os cânceres.

Como toda pessoa que precisa superar o câncer, Dijoráh passou por altos e baixos. As crises dos pacientes oncológicos são normais perto de uma doença que assusta a maior parte da população. A vascaína relatou como foi o momento mais complicado da doença:

– O meu dia mais difícil foi quando eu descobri que o tratamento não era eterno. Todo dia eu teria que matar um câncer lutando contra o tempo. Dizem que é matar um leão por dia, mas eu mato 10 cânceres diariamente. Ao todo eu tive 18 cânceres. Depois dos órgãos moles, foi para a tireoide, ossos etc. Eu pensei que os cânceres dos tecidos moles tinham acabado, mas Deus me deu mais um presente que eu com certeza vou exterminar. Falo isso porque descobri o primeiro câncer com 48 anos. O médico disse que seis meses era o tempo suficiente para ver se eu iria resistir. Hoje eu tenho 64 anos e continuo derrotando o câncer e a perspectiva de vida que me deram.

Após derrotar vários cânceres, Dijoráh decidiu compartilhar com outras pessoas a fórmula para ter tanta força e sair vitoriosa. Ela falou que além de seguir as recomendações médicas sempre olhou para os problemas com um olhar positivo. A torcedora do Vasco conta como transformou a situação:

– Conheço muitas pessoas que passam pelo mesmo e eu dou conselhos para ajudá-las. Meu item 1 é não se entregar, acreditar na cura e se amar. O item 2 é estar sempre para cima e ter pessoas que nos amam por perto, nos jogando para cima. Uma pessoa com câncer nunca pode pensar em acordar achando que está com um grau a mais. Tem que sempre acreditar que está acordando com um grau a menos. Quem tem câncer não pode pensar que amanhã vai cair o cabelo.Tem que acreditar que amanhã estará mais perto do cabelo começar a nascer novamente. Quem enfrenta essa doença não deve passar o dia de camisola. Eu sempre falo para levantar, tomar banho, se arruma, se maquiar e colocar um salto mesmo que seja para andar dentro de casa.

Outubro Rosa:

As pessoas que enfrentam doenças não estão sozinhas e é extremamente importante compartilhar todas experiências. Através da união os indivíduos podem trocar informações, se sentir acolhidos e adquirir mais força de vontade para vencer o câncer. O desconhecido muitas vezes assusta, então dividir ideias para superar as dificuldades e compartilhar soluções deixam todos mais leves. Foi assim que Dijoráh literalmente vestiu a camisa do Outubro Rosa e ajudou outras pessoas. A vascaína contou como foi o processo:

– O Outubro Rosa na minha vida fez uma enorme diferença. Conheci uma Senhora na academia chamada Maria Piedade e ela apresentou um câncer. A Maria nunca teve nada. Eu sai em busca do que era o Outubro Rosa. Foi quando eu aprendi que o índice de câncer de mama escolheu esse mês. Fui aos supermercados, pedi patrocínios, fiz umas camisas, fiz o retrato e comecei a distribuir durante uma programação em uma pequena caminhada. Naquele momento eu consegui apresentar a minha história para o mundo e conheci outras pessoas que estavam em estado quase terminal, mas graças a Deus não foram. Eu tive o dom de descobrir a tempo que a força da vida, o seu amor próprio e com a sua força interior você consegue exterminar o câncer. Por isso, acredito que o outubro Rosa deveria ser mais divulgado em todos os canais de televisão, jornais, comercias, nos outdoors etc. Acho que é pouco divulgado. Quero destacar que a importância da campanha é enfatizar que precisamos nos cuidar, porque no início tem jeito. No final que é triste.

Fonte: Site Oficial do Vasco

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