Confira a análise da atuação do Vasco contra o Cruzeiro

O Vasco da Gama conseguiu fazer um bom 1º tempo, no 2º mostrou os erros de sempre, mas conseguiu vencer o Cruzeiro.

O que o psicológico não faz no futebol. Contra um Cruzeiro pressionadíssimo e com toneladas nas pernas de cada jogador, o Vasco era o oposto: praticamente de férias, sem maiores preocupações e saboreando uma nova lua de mel com a torcida.

Mais do que a tática, o que explica muito a vitória sobre o Cruzeiro é justamente o mental: livre, leve e solto, o Vasco garantiu os três pontos que o livraram de vez do rebaixamento – o grande objetivo no Brasileirão – e o colocaram muito perto da classificação para a Sul-Americana.

Esta foi a diferença cruz-maltina, porque, taticamente, o que se viu foi um resumo do Vasco de Vanderlei Luxemburgo no Brasileirão: uma equipe que se potencializa quando enfrenta um adversário que necessita atacar e, consequentemente, abre espaços. Mas também um time que tem dificuldade para segurar uma vantagem e se permite ser pressionado.

O Vasco do primeiro tempo foi o dos pontos positivos. A atuação, provavelmente, foi uma das melhores do time no Brasileiro. Marcação encaixada e aproveitamento sem piedade dos hectares concedidos pela defesa cruzeirense. Num contragolpe, Andrey achou Guarín, e o colombiano abriu o placar com uma de suas especialidades: o chute de fora da área.

E abro um parênteses para estes dois jogadores. Um Vasco mais forte em 2020 passa muito por eles. Andrey teve um ano ruim e foi pouquíssimo aproveitado, mas tem futebol suficiente para assumir um papel mais preponderante no elenco. E Guarín é superior tecnicamente a boa parte dos jogadores do futebol brasileiro.

A segunda etapa mostrou os vícios do Vasco. Desesperado, o Cruzeiro aumentou a pressão. O time de Luxemburgo perdeu a organização para explorar isso. Com exceção de algumas escapadas de Marrony e Rossi – cada vez mais entrosados no ataque -, o time ameaçou pouco. E viu o time mineiro desperdiçar boas chances criadas muito mais pela insistência do que pela qualidade.

No fim das contas, o que valeu foi a constatação de uma aliança forte entre torcida e jogadores. A grande associação em massa dos vascaínos criou um novo ambiente em São Januário, de maior cumplicidade. Os atletas entenderam isso – basta ver no vídeo abaixo Ricardo e Rossi comemorando o gol de Guarín. Nesta aproximação reside a esperança do Vasco para um 2020 melhor. E mais leve.


Globo Esporte

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