Comentaristas opinam sobre novo esquema tático do Vasco; maioria se mostra a favor
Formação tática 3-3-3-1 foi implementada contra o São Paulo e agradou a maior parte da torcida do Vasco da Gama e os comentaristas da Globo.
O inovador esquema tático implementado pelo técnico Lisca na derrota do Vasco da Gama por 2×1 para o São Paulo na última quarta-feira (04), em São Januário, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, segue dando o que falar.
Entre os torcedores, é praticamente uníssona a opinião de que o 3-3-3-1 utilizado contra o Tricolor paulista deve ser mantido para o duelo deste sábado (07), contra o Vitória, pela 16ª rodada da Série B do Brasileirão. Já na visão de alguns comentaristas do Grupo Globo, embora não haja nenhuma crítica ao esquema, pelo contrário, há controvérsias.
Para Lédio Carmona, o Gigante da Colina fez, enquanto esteve em igualdade numérica com o SP (Léo Jabá foi expulso aos 33 minutos do primeiro tempo), sua melhor partida nos últimos dois meses.
– Até o Jabá ser expulso, o Vasco fazia seu melhor jogo em pelo menos dois meses. Jogava bem, equilibrava o jogo e foi melhor do que o São Paulo em alguns momentos. Marcava em cima, os atacantes trocavam de posição, o Marquinhos Gabriel estava mais ligado, o Zeca trabalhava como ala fazendo uma boa partida, o Juninho provavelmente fazia seu melhor jogo como profissional. Estava acontecendo. O time realmente fazia uma boa partida – disse.
Ele complementa opinando que Lisca deveria manter a formação para o jogo deste sábado, apenas com a entrada de Andrey, Matías Galarza ou Romulo no lugar de Bruno Gomes, que, lesionado, não deve ter condições físicas de atuar.
– Eu não mexeria. Manteria exatamente o mesmo time. Como o Bruno Gomes provavelmente não poderá jogar, eu pensaria no Andrey, no Galarza ou no próprio Romulo, que não entrou mal. O Lisca tem opções – concluiu.
Já o também comentarista Roger Flores tem um ponto de vista diferente de Lédio. Para ele, o referido esquema tático foi usado de maneira circunstancial por Lisca (e isso foi até admitido pelo próprio treinador), devido à formação do São Paulo.
O ex-jogador complementa dizendo que, para o Vasco atuar dessa maneira, deveria ter um time capaz de enfrentar qualquer adversário de igual para igual, mas não é essa a realidade.
– O Vasco não tem um time pronto e capaz de enfrentar qualquer adversário. Jogou com três zagueiros para tentar se adaptar ao estilo de jogo do São Paulo, e acabou encaixando a marcação atrás. Mas é uma coisa que demanda mais treino, entrosamento, e, para mim, foi circunstancial – afirmou.
Numa espécie de meio-termo em relação às duas opiniões anteriores, Paulo Vinícius Coelho, o PVC, diz que o Vasco pode manter o esquema, mas, para isso, deverá criar situações de superioridade numérica em cada setor do campo.
– Quando tem a bola, para atacar, é um 3-3-4. Quando perde, você volta e faz até linha de cinco. Pode ser criativo. A questão é você ter superioridade numérica em um setor. Então, quando tem quatro no ataque, você pode deixar defensores no mano a mano. E isso te ajuda a construir situações de gol – explicou.
Por fim, o especialista tático Leonardo Miranda, do portal Globo Esporte, mais propenso à opinião de Lédio Carmona, é a favor da manutenção do esquema, apenas mexendo em algumas peças.
Para ele, o fato do Vasco ter conseguido jogar melhor do que o São Paulo, que é, na teoria, uma equipe mais qualificada, é algo bastante positivo e tem que ser levado em consideração.
– Acredito que o 3-3-3-1 deve ser mantido, sim, com algumas alterações, como a entrada do Léo Matos como zagueiro e o MT no lugar do Léo Jabá ou do Morato. O aumento de rendimento do time contra uma equipe muito superior como o São Paulo foi muito animador. O Vasco criou muitas jogadas e neutralizou os dois atacantes do rival – disse.
Vitória x Vasco
Se Lisca manterá ou não o mesmo esquema tático e os mesmos jogadores que iniciaram a partida contra o São Paulo, só saberemos neste sábado, quando o Cruzmaltino encara o Vitória, às 19h30min, no Barradão, em Salvador.
Dane-se o esquema!
Precisamos de jogadores, novas peças pontuais e que queiram jogar com raça.