Começar do zero faz Vasco perder tempo na luta pelo retorno à Série A

Mais uma vez o Vasco da Gama terá que começar a construir tijolinho por tijolinho da sua trajetória nesta Série B. A chegada de Fernando Diniz ao comando da equipe pode dar aquele ânimo natural que todo time apresenta com a chegada de um novo líder, mas a questão é: o problema do Vasco é mesmo treinador?

Durante muito tempo se falou que o elenco vascaíno era o mais qualificado da Série B, um dos mais caros, entre outros “mimos” que, dentro de campo, não se justificavam. Com Marcelo Cabo, que iniciou a temporada no comando técnico, o Gigante teve sua “melhor fase”, ou menos pior. Mesmo oscilando, conseguia beliscar algumas importantes vitórias que o deixavam próximo ao pelotão de frente.

Mas não parecia suficiente o bastante para o Vasco, e de fato não era, Cabo foi demitido e veio Lisca. Aí as coisas desandaram de vez. O começo foi animador, goleada sobre o Guarani e atuações dignas diante do São Paulo, mesmo com a eliminação na Copa do Brasil, mas o trabalho não evoluiu e, hoje, o Gigante da Colina amarga míseros 4% de chances de acesso, precisando de uma arrancada espetacular para retornar ao seu lugar de direito na elite do futebol brasileiro.

A diretoria faz “cara de paisagem” e parece não compreender como o time chegou a esta situação. As trocas de comando, no entanto, mostram como a cúpula vascaína está perdida, chegando a parte final da temporada apostando em um treinador que tem como escopo de trabalho o passe e a saída de bola. Características incompatíveis com o atual elenco Cruzmaltino.

Isso sem contar o pouco tempo de preparação e a necessidade de resultados, ou seja, uma receita quase pronta para o insucesso, que o desespero dos cartolas e a falta de um projeto sólido para o Vasco fizeram com que o Clube chegasse até aqui nessas circunstâncias. Acharam que a pesada camisa do Time da Cruz de Malta, que entorta varal, fosse jogar sozinha, não aconteceu, e agora? Faltam 15 rodadas e o Almirante depende de um milagre.