Código de Ética do Vasco prevê punição por circulação de ‘fake news’
Ainda precisando passar no Conselho Deliberativo, o Código de Ética do Vasco da Gama tem gerado controvérsias na política vascaína.
Nesta quarta-feira (13), o grande benemérito João Carlos Nóbrega publicou alguns trechos da proposta de Código de Ética do Vasco da Gama, formulado pela gestão atual e que ainda precisa passar no Conselho Deliberativo.
Mais precisamente, são trechos que interessam diretamente aos torcedores que falam sobre o Gigante na internet. Em destaque, o Cruzmaltino incluiu medidas para evitar a circulação de notícias falsas, as famosas ‘fake news’, sobre o Clube.
No documento mostra que, dependendo da gravidade e o impacto da conduta, o torcedor poderá ser notificado extrajudicialmente e ser restrito, temporário ou definitivo, da aquisição de título associativo, podendo também não ter acesso às sedes do Gigante.
O indivíduo pode também ser alvo de ações civis e criminais cabíveis. Não poderá “atuar, de qualquer forma, em prejuízo dos interesses do CRVG, inclusive fazendo uso de informações privilegiadas, obtidas no âmbito interno em benefício próprio, de parentes, amigos, colaboradores e etc”.
O torcedor não poderá também falar em nome do Gigante sem a autorização do órgão competente e “disseminar notícias falsas do CRVG”. Para monitorar isso, o Clube pretende criar um Comitê de Ética e Conduta, um órgão independente e autônomo.
A função será de monitorar, acompanhar, ajustar práticas, sanar dúvidas e receber sugestões e informações sobre descumprimentos. Qualquer pessoa terá acesso ao comitê e poderá, anonimamente, denunciar condutas contrárias às normas, garantido assim a não retaliação.
Espera-se que, muito em breve, mais informações sobre o Código de Ética sejam divulgadas, com o texto completo. O assunto tem repercutido na política vascaína, com a reprovação de algumas correntes de oposição, vendo a medida como uma tentativa de ‘censura’.