CBF solicita informações ao Vasco no caso Marrony; Carlos Leão comenta

A CBF está apurando uma 'transação obscura' envolvendo o atacante Marrony e solicitou algumas informação do Vasco da Gama.

Marrony
Marrony (Foto: Bruno Cantini / Agência Galo)

Veio à tona durante a negociação entre Vasco da Gama e Atlético-MG para transferência do atacante Marrony, ainda em junho deste ano, uma situação no mínimo estranha envolvendo os direitos econômicos do garoto.

O Vasco tinha posse de 70% dos direitos econômicos de Marrony, enquanto os outros 30% eram do Volta Redonda, onde ele jogada antes de pintar na Colina. O problema é que se descobriu que, em 2018, o Voltaço havia vendido 10% de sua parte para um empresário do ramo imobiliário pelo valor de R$ 200 mil.

O empresário tem relação com a Pantera Sport, que trabalha no ramo de gerenciamento de carreira de jogadores. Só que se trata de uma modalidade proibida desde 2015, sendo que consta no artigo 18 do Regulamento sobre Status e Transferências de Jogadores (RSTP), que os direitos econômicos dos atletas devem estar em posse apenas de clubes, e não de empresários ou empresas de fora.

Segundo informação do site UOL Esporte, a CBF coletou novas informação com o Volta Redonda sobre os 10% dos direitos econômicos de Marrony, e pediu algumas informações ao Gigante. A entidade vai entregar o caso à Câmara Nacional de Resoluções de Disputas (CNRD), que é reponsável por resolver questões como essa, avaliando possíveis punições aos clubes.

A CBF agora está esperando a resposta do Vasco para avançar no caso. Para saber sobre a posição do Gigante, o canal Vascaíno do Cerrado, no Youtube, entrou em contato com o vice-presidente de finanças, Carlos Leão, que explicou como foi feita a divisão entre os direitos econômicos do garoto.

– Essa reportagem está correta. O Vasco vendeu 80% do Marrony por R$ 20 milhões, sendo que desses 80%, o Vasco tinha 70%. Então o Vasco ficou com 70% dos 80%, ou seja, os 70% dos R$ 20 milhões, e o Volta Redonda com os outros 30% dos 80%, ou seja, 30% dos R$ 20 milhões. Então sobraram com Vasco e Volta Redonda 20%, com o Vasco mantendo o percentual de 70% desses 20%, e o Volta Redonda mantendo 30% desses 20%. No final das contas, o Vasco tem hoje 14% de uma venda futura do Marrony, e o Volta Redonda 6%.

O caso pode gerar complicações para o Volta Redonda, que está disputando a Série C do Campeonato Brasileiro. Ao que se sabe inicialmente, o Gigante não tem nenhuma relação direta com o caso investigado pela CBF, sendo que foi o Voltaço que realizou a venda dos tais 10% dos direitos econômicos de Marrony.

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