Castan minimiza sua importância, alega estar bem fisicamente e exalta mescla do elenco

O zagueiro do Vasco da Gama, Leandro Castan, disse que sabe da sua importância, mas dividiu o mérito com o restante do grupo.

Leandro Castan em treino desta terça-feira
Leandro Castan em treino desta terça-feira (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

A volta do Vasco da Gama ao caminho das vitórias, no 2×0 sobre a Ponte Preta, no último domingo (29), teve um toque especial do retorno de uma peça importante, caso de Leandro Castan. Com o capitão em campo, o aproveitamento do Gigante sobre e ficou mais uma vez comprovado.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (01), o zagueiro de 35 anos disse saber de sua importância, mas a minimizou dizendo que é apenas mais um na equipe, que ninguém joga sozinho. Leandro Castan vê números “até ilusórios”, e destacou que sem o restante do grupo não conseguiria fazer nada.

– Sei da importância que tenho no time e no clube, mas não me considero tão importante assim. Acho que sou mais um nesse mecanismo que é o futebol, ninguém joga sozinho. Esses números são até ilusórios. Sei que sou capitão do time, que a rapaziada me olha diferente, mas sem eles eu não seria nada. Não só um jogador faz diferença, todos podem ajudar, mas se todos não estiverem na mesma sintonia nada vale.

Leandro Castan também destacou a importância da semana livre que o Vasco teve para treinar antes de encarar a Ponte Preta, a semana que Lisca desde a chegada ao Clube. O capitão ressaltou ainda o quanto é positiva essa mescla entre jovens e experientes que existe no elenco vascaíno, e pontuou sobre os casos de Juninho e MT, que voltaram ao Sub-20.

– Nosso desempenho não é bom, precisamos melhorar e queremos melhorar. Essa semana de trabalho foi muito boa para nós. E isso faz o futebol mais bonito: ter tempo para trabalhar. Acho que isso ficou claro. Essa mistura de jovens com experientes é o nosso grupo, mas com mais jovens. Acho que a gente tem que ter disciplina. Não me vejo com babá, de ficar orientando um e outro. A diretoria tem total respaldo nosso porque aqui não estamos brincando, não estamos num parque de diversões. Juninho e MT sabem onde erraram e onde têm a melhorar. Os outros acho que entenderam o recado através deles.

Já muito experiente, o zagueiro garantiu que tem trabalhado forte para manter a forma física em dia, se sentindo bem no momento, e elogiou a equipe que está na preparação nesta temporada. Ele ressaltou que, mesmo vindo de lesão, jogou os 90 minutos diante da Macaca e reforçou o emprenho que tem nos treinos.

– Eu continuo trabalhando muito forte aqui. Nesta temporada, a comissão que aqui está tem muita qualidade. Fiz 15 jogos seguidos, quarta e domingo e me sinto bem fisicamente. Tive essa pequena lesão, saí de três jogos. Já voltei bem, joguei o jogo todo. Então, não preciso fazer nada em casa. Faço tudo aqui no clube. Chego cedo e vou embora quase à noite. Treino muito forte. Os números são bons, mas eu divido isso com a rapaziada. Ninguém joga sozinho. – disse o zagueiro, que concluiu relembrando o momento delicado que passou em 2020:

– Eu tive uma experiência negativa no ano passado, até falei em entrevista para a Globo.com. Um certo período, no ano passado, eu morri e não conseguia mais jogar. Quem erra uma vez, não pode errar duas. Tenho me preparado muito melhor e sei o que tenho de fazer para jogar em alto nível. Sei que tem gente que pega no meu pé, que fala que estou mal. Mas os números estão aí. Sou muito crítico. Teve um jogo nesta temporada que fui mal, o contra o São Paulo. Então, sei que parece que aquele jogo valeu por 20. Mas enfim.

Melhor com o capitão

Para se ter uma ideia da importância de Leandro Castan para o Vasco, na Série B, o aproveitamento com ele em campo é superior ao do Coritiba, que atualmente é o líder da competição: 64,2% x 61,9%. O zagueiro esteve em campo em 14 dos 21 jogos do Gigante, somando oito vitórias, três empates e três derrotas, 27 pontos conquistados em 42 disputados.

Sem o capitão em campo, o aproveitamento vascaína cai drasticamente, passando para apenas 19%, que é inferior ao do Confiança, que tem 20,6%, e ocupa a última posição na tabela da Série B. São sete jogos sem o zagueiro em campo, com uma vitória, um empate e cinco derrotas, quatro de 21 pontos possíveis. Atualmente, o Vasco é o 10º colocado com 31 pontos, a quatro de distância para o G4.

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