Carille analisa derrota do Vasco contra o Flamengo; veja a entrevista coletiva

Depois da derrota por 2 a 0 no clássico contra o Flamengo na noite deste sábado, no Maracanã, o técnico Fábio Carille reconheceu que o Vasco fez um primeiro tempo muito ruim, enxergou melhora no segundo e cobrou sua equipe para manter o bom nível de atuação do início ao fim.

No clássico deste sábado, o Vasco de Carille ficou o primeiro tempo inteiro sem uma finalização sequer na direção do gol. O time conseguiu pressionar na volta do intervalo, chegou a colocar uma bola no travessão com Vegetti, mas sofreu o gol derradeiro já no fim da partida.

– A gente poderia ter feito muitas substituições (no intervalo), o time foi muito abaixo. Então, para que crucificar nesse momento e não tentar organizar com os mesmos jogadores, né? E a resposta foi boa. Um segundo tempo com uma atitude, muito diferente, que tem que ser Vasco, que tem que encarar um clássico e que tem que ser Vasco sempre. Foi isso que eu falei agora no final do jogo – disse o treinador na entrevista coletiva.

– Fizemos um primeiro tempo muito abaixo. No segundo tempo, a gente inverteu o Tchê Tchê ali com o Zuccarello e pediu uma atitude, pediu mais confiança, jogar com mais clareza as possibilidades que estavam parecendo dentro de campo. A resposta foi muito boa, atitude, comportamento e qualidade, principalmente nos primeiros 25 minutos, com possibilidade de empatar. Infelizmente não empatamos e na parte final do jogo a gente tomou o segundo gol – completou Carille.

O técnico do Vasco voltou a lembrar que não tem no elenco jogadores com características de dar profundidade nas pontas e disse que a diretoria está se esforçando para buscar os reforços no mercado. Ele foi perguntado sobre a contratação de Garré, mas se esquivou.

– Sobre isso, enquanto o jogador não estiver aqui, eu não vou falar, tá? A diretoria tem trabalhado bastante, Marcelo Sant’Ana está fora do país aí fazendo a correria que tem que ser feita. Sobre os jogadores, eu passo pra diretoria falar sobre isso daí. Para quando tiver aqui dentro, a gente comentar sobre os atletas – disse.

O Vasco volta a campo na próxima terça-feira para enfrentar o União Rondonópolis, às 21h30 (de Brasília), em Cariacica, pela primeira fase da Copa do Brasil. No Carioca, o próximo compromisso é no domingo, quando a equipe fará o clássico contra o Botafogo pela última rodada da Taça Guanabara.

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Atuação de Zuccarello

– No primeiro tempo, falando especificamente dele, faltou ele abrir mais o campo aqui pela esquerda quando o Píton estava abaixo para jogar, o Píton não tinha essa essa linha de passe aqui na frente dele. Embolou um pouquinho jogo por dentro, mas é um garoto que tem personalidade, um garoto que tem muita qualidade e que aos poucos vai entendendo o que é profissional, imagine a cabeça dele, um clássico como esse. Eu acompanhei ele na taça e eu gostei do que eu vi na taça pela TV, por isso está trabalhando com nós e também tem outros jogadores ali que eu já falei sobre isso, que nos agrada bastante e que vem trabalhando muito bem.

Lucas Freitas e a estreia de Maurício Lemos

– Se comportaram muito bem, já acompanhei bastante o Freitas no Juventude e o primeiro jogo que ele fez em São Januário foi muito bem. Hoje fez um clássico muito bom, contra um ataque difícil de marcar, um jogador que tem muita velocidade, que sabe usar bem o corpo, apesar de não ser um cara alto, um jogador alto. Então se comportaram muito bem. O Maurício chegou e já tinha um tempo que ele não jogava desde o ano passado, sentia um desconforto na perna onde atrasou um pouquinho a preparação dele, mas os últimos dias vem treinando bastante, vem treinando muito bem e acredito que quando tiver essa oportunidade vai dar a resposta que todos esperam.

Análise do jogo

– Primeiro tempo foi de chutão, né? O segundo tempo a gente rodou a bola, procurou trabalhar pelos lados, só pensando rápido aqui quantos cruzamentos o Puma chegou e fez no jogo, Zuccarello também chegou, Piton pela esquerda, mas o primeiro tempo foi abaixo como todo mundo, não achando alternativas e fazendo essa bola longa no Vegetti, que não é o melhor para nós. Eu acho que a gente não tem jogadores para atacar espaços. Se Vegetti daqui um pouquinho ganhar a bola, a gente não tem característica para isso, por isso que a gente tem que ficar com a bola no nosso pé, abrir melhor linha de passe para que a gente entre no campo do adversário com a bola no nosso pé. Estamos tendo dificuldades, mas eu acredito que é o melhor que a gente tem que fazer e persistir trabalhar com essa ideia de jogo.

Semana decisiva

– Primeiro é pensar na terça. Já são tantas coisas que a gente tem que trabalhar para terça sem ter muito tempo para treinar e depois a gente pensa no clássico. Um clássico mais do que decisivo, que temos que fazer a nossa parte. Provavelmente pode acontecer de amanhã a gente sair fora do G-4, né? Então é um jogo que a gente tem que fazer a nossa parte depois no final de semana e ver o que a rodada nos apresenta se realmente a gente estiver fora.

– A gente sabe da importância que está o campeonato e a Copa do Brasil, todos valorizando demais. E a gente também está valorizando. Vamos nos preparar bem para fazer um grande jogo.

Estratégia para terça-feira

– Olha, eu já respondi essa pergunta como eu vou responder em outras situações. Acabei um clássico agora contra o Flamengo, cara. Não pensei ainda no que fazer. Vamos nos apresentar de manhã para o treinamento. Não pensei em nada, não tenho nem como pensar. A partir de amanhã sim, sentar, analisar, ter uma reunião com os atletas para a gente decidir qual é a melhor forma para a gente levar o jogo para terça-feira.

Importância da Copa do Brasil

– O primeiro jogo vai ser em Cariacica, onde muitos times estão indo jogar lá, daqui do Rio. Campeonato muito importante. Campeonato mata-mata, ou mata nesse caso agora com um jogo só. Depois ali na frente viram dois jogos, né. Para todos é sempre buscar títulos importantes, a parte financeira para o clube é muito importante, porque é um campeonato que é muito valorizado. Então é a gente levar a sério todas as competições, e agora viramos a chavinha do Campeonato Carioca e só pensamos na Copa do Brasil.

Assista à entrevista

Fonte: Globo Esporte