Camisas Negras cita ‘conflito de interesses’ e cobra Diretoria de Integridade do Vasco

O grupo Camisas Negras cobrou à Diretoria de Integridade alguns esclarecimentos sobre situações ocorridas no Vasco da Gama.

Estádio São Januário, a casa do Vasco da Gama
Estádio São Januário, a casa do Vasco da Gama (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

A Diretoria de Integridade do Vasco da Gama voltou a ser alvo de cobranças, desta vez, do Camisas Negras. Em nota, o grupo cobrou diretamente a Luís Aragão, que preside o departamento no Clube, citando alguns episódios que ocorreram neste ano.

O estopim, claro, foi a escolha de um único laboratório para a realização de testes de Covid-19, além do fato de, entre os funcionários da empresa, estar Rafael Cobo, o vice-presidente médico vascaíno. O grupo apontou um “conflito de interesses” e uma “venda casada” diante do preço alto que se cobrou.

Foi citado pelo Camisas Negras também outros casos que exigiam interferência da Diretoria de Integridade. Primeiro, citaram o fato de que Jorge Salgado, presidente do Vasco, figura ao mesmo tempo como credo do Clube e como representante do devedor em empréstimos.

Além disso, o grupo vascaíno solicitou esclarecimentos sobre a mudança da sede administrativa do Cruzmaltino de São Januário para o centro do Rio de Janeiro, em salas de um prédio que pertence à família de Carlos Roberto Osório, primeiro vice-presidente geral, cujo o intuito seria para que o Clube pagasse os custos do lugar.

A nota

Nós, Grupo Camisas Negras, sócios e torcedores do Vasco, vimos por meio desta nota oficial, diante de mais um caso de evidente conflito de interesses que chegou ao conhecimento de todos, solicitar esclarecimentos ao Diretor de Integridade, Sr. Luís Aragão, responsável pelo compliance do clube.

Até o momento desconhecemos qual foi a orientação do Departamento de Integridade em relação ao fato de o atual presidente sub judice, Jorge Salgado, figurar ao mesmo tempo como credor do clube e como representante do  devedor, o que se torna ainda mais grave pelo fato de não ter sido dada transparência em relação às condições financeiras dos empréstimos e de que forma foram negociadas.

Também carece de maiores esclarecimentos aos sócios a questão do aluguel de salas no Centro do Rio de Janeiro, diante da informação de que pertencem à família do 1º VP Geral do clube, Sr. Carlos Osório. Sem a devida justificativa para a transferência da administração do clube (antes instalada em São Januário), paira a suspeita de que o mote de tal decisão foi fazer com que O Club passasse a arcar com custos (IPTU, condomínio e demais taxas) que eram dos proprietários das salas, vazias há vários meses e necessitando de restauração.

E que não se apresente como justificativa a conveniência para alguns integrantes desta gestão que sabidamente exercem atividades paralelas às que desempenham no clube no centro, tais como alguns empregados do BNDES e da Petrobrás. Eis que, para o jogo Vasco X Cruzeiro, o torcedor que adquiriu ingresso pra partida foi forçado a fazer exames de COVID APENAS EM UM DETERMINADO LABORATÓRIO

(A PREÇOS EXORBITANTES), numa evidente prática de venda casada (vedada pelo Código de Defesa do Consumidor). Para piorar a situação, circula agora a informação de que o Vice-Presidente Médico do clube é staff deste laboratório. 

Ao que parece, o Departamento de Integridade não tem atuado para prevenir infrações éticas e violações às normas legais. Sendo assim, cabe ao Diretor de Integridade, indicado pelo grupo PetroVasco, vir a público informar o que tem impedido a devida atuação do referido departamento. 

Laboratório

Em nota, a Diretoria de Integridade se manifestou sobre o caso do laboratório na última terça-feira (21). O departamento garantiu ter acompanhado de perto todo o processo de escolha e a urgência para tal. Sobre a ligação de Rafael Cobo com a empresa, minimizou por se tratar apenas de um funcionário, mas solicitou que na próxima vez outros laboratórios sejam contratados.

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