Bomba: árbitro insinua favorecimento ao Corinthians no Brasileirão
Gutemberg de Paula falou que, em contato telefônico, Corrêa insinuou à ele favorecimento ao Corinthians.
Retirado do quadro de árbitros da Fifa, o carioca Gutemberg de Paula Fonseca acusou o chefe da comissão de arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Sérgio Corrêa, de corrupção. Ele disse ter provas, mas não apresentou. Em entrevista à rádio Jovem Pan, falou que, em contato telefônico, Corrêa insinuou à ele favorecimento ao Corinthians. Em seu lugar a CBF indicou Péricles Bassols, também do Rio.
“Ele me disse antes do jogo em que o Corinthians ganhou por 5 a 1 do Goiás (em 2010): vai lá, boa sorte, vai apitar jogo do Timão, hein? O que eu posso entender com isso? Que se o Corinthians não ganha, eu posso nunca mais ser escalado, ser punido e ficar de fora”, disse Fonseca. O jogo aconteceu em 4 de setembro de 2010, pelo Brasileiro, no Pacaembu.
Ele chamou Corrêa de “mentiroso, mariquinha e corrupto” e disse que o chefe da arbitragem exige que todos os árbitros escalados para jogos das Séries A e B liguem para receber recomendações. O dirigente não foi encontrado para comentar as acusações.
“Corrupção não é só seduzir por dinheiro, é seduzir por presente. Se o árbitro errar o que não era para ter errado na visão do Corrêa, não é mais escalado, Eu saia de jogo com a consciência de ter feito o melhor, era parabenizado pelos auxiliares e jogadores, e nas escalas seguintes não era mais colocado”.
Fantoches?
No quadro nacional desde 2004, Fonseca disse que nunca houve recomendação para receber instruções sobre os jogos antes da chegada de Corrêa. “Se ele pudesse, ficava com um ponto eletrônico sentado na casa dele, mandando o árbitro ir para esse lado ou aquele. Ou teria um controle de Atari (videogame) para controlar o árbitro”, disse.
É a CBF quem indica à Fifa os árbitros que farão parte do quadro da entidade mundial – e assim podem trabalhar em jogos internacionais, quando o valor recebido por partida é maior. O árbitro trabalha como Fifa dos 33 aos 45 anos, quando tem que se aposentar.
“Voltamos ao tempo da capitania hereditária, mas na arbitragem. Passei em todos os testes, minhas médias estão acima do exigido, então por que me tirou? Vai ter que apresentar as justificativas, porque a Fifa não gosta que fique mudando de árbitro todo ano”, disse Fonseca. Bassols fazia parte do quadro em 2010, mas foi retirado em 2011 e agora voltou.
IG