Bom investimento? Zagueiro Luan vira bitcoin no Vasco

O zagueiro Luan, hoje no Palmeiras, mantém laços afetivos com o Vasco da Gama e virou um bitcoin no Gigante da Colina

Luan, zagueiro do Palmeiras
Luan, zagueiro do Palmeiras (Foto: Fabio Mernotti/Ag Palmeiras)

“Não é o último dia. Eu sei que volto”. Foi com este recado que Luan se despediu do Vasco, em 2017, para se transferir ao Palmeiras após 11 anos de clube carioca. No Cruz-Maltino, além de ser revelado para o futebol, também se formou nos estudos no colégio situado dentro de São Januário. A gratidão pela ex-equipe e os amigos que deixou mantém um laço afetivo natural, mas, além disso, o zagueiro também tem agora uma ligação moderna: virou um bitcoin vascaíno.

Amanhã, às 16h, em São Januário, Luan reencontrará seu ex-clube no duelo entre Palmeiras e Vasco pelo Campeonato Brasileiro.

Na última quinta-feira (5), o Vasco anunciou uma parceria inédita no futebol brasileiro com a empresa “Mercado Bitcoin”, plataforma de criptomoedas. O projeto consiste em transformar percentuais de mecanismos de solidariedade de jogadores já vendidos pelo clube em bitcoins. O torcedor, ou qualquer outro tipo de investidor, poderá comprar esses chamados “tokens” e lucrar em possíveis futuras vendas destes atletas selecionados caso eles sejam negociados por suas equipes atuais.

Nesta primeira fase, o Cruz-Maltino escolheu 12 jogadores formados no clube, entre eles Luan, que chegou em São Januário aos 12 anos e foi embora aos 23. As outras opções são: Philippe Coutinho (Barcelona-ESP), Douglas Luiz (Aston Villa-ING), Paulinho (Bayer Leverkusen-ALE), Alex Teixeira (Jiangsu Suning-CHI), Allan (Everton-ING), Alan Kardec (Chongqing Dangdai-CHI), Souza (Besiktas-TUR), Marrony (Atlético-MG), Mateus Vital (Corinthians), Evander (Midtjylland-DIN) e Nathan (Boavista-POR).

Luan é um bom investimento

No portfólio de jogadores “bitcoinizados” disponibilizados pelo Vasco, Luan acaba sendo um bom investimento, não tanto pela idade (27), mas pelo percentual de mecanismo de solidariedade que o clube carioca possui. Segundo as regras da Fifa, um clube tem direito a uma porcentagem da venda do jogador se tiver sido seu formador em ao menos uma temporada, entre os 12 e 23 anos do atleta.

A divisão fica da seguinte forma: 0,25% por cada ano entre os 12 e 15 anos, e 0,5% entre os 16 e 23.

No caso de Luan, ele passou todo esse período no Vasco, o que garante a porcentagem máxima prevista pelo mecanismo. Ou seja, se o Palmeiras vender os direitos econômicos do zagueiro, o Cruz-Maltino terá direito a 5% do valor total, e quem tiver comprado seu token poderá lucrar.

Carinho pelo Vasco

Mesmo já em sua quarta temporada pelo Palmeiras, Luan nunca escondeu seu carinho pelo Vasco e, sempre que pode, o manifesta. O zagueiro chegou a morar na concentração do clube em São Januário quando era adolescente, já que sua família é do Espírito Santo.

Em sua entrevista coletiva de despedida, lembrou da ligação que recebeu do pai, o orientando a demonstrar gratidão pelo clube. “Ele me pediu para falar uma coisa: ‘agradeça publicamente porque você estudou lá, dormiu lá, se alimentou lá… Eles te abrigaram. Hoje, o Vasco é mais sua casa do que aqui'”.

No atual elenco do Vasco ainda há um jogador que é de sua geração e foi um dos seus melhores amigos no período em São Januário: o lateral esquerdo Henrique, com quem dividia a concentração e os estudos no colégio Vasco da Gama.

Já o zagueiro Ricardo Graça, quatro anos mais novo, foi apontado por Luan como seu sucessor no Cruz-Maltino. O jovem disputou o Pré-Olímpico com a seleção brasileira sub-20.

Fonte: Uol

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