Beco sem saída: Ramon se viu em situação delicada em meio aos desfalques diante do Botafogo

O Vasco da Gama fez um bom primeiro tempo, mas sucumbiu no segundo diante do desgaste e falta de opções no clássico.

Ramon Menezes durante clássico no Nilton Santos
Ramon Menezes durante clássico no Nilton Santos (Foto: André Durão)

Não passou nem perto de ser o melhor jogo do mundo. O que já era esperado. O próprio Botafogo, que venceu o jogo por 1×0, não fez uma partida. Com a derrota, o Vasco da Gama terá que buscar o resultado jogando em seus domínios se quiser avançar às oitavas de final da Copa do Brasil.

Pode-se dizer que o Vasco teve chances de vencer a partida, com destaque para o primeiro tempo, quando chegou a jogar bem e viu Germán Cano perder uma rara oportunidade de gol. No segundo tempo, pouco antes de ter a meta vazada, Marcos Júnior acertou a trave de Gatito Fernández.

Até esse momento, o Botafogo pouco tinha chegado de forma perigosa à meta de Fernando Miguel. Por cansaço, o Camisa 14 acabou sendo substituído por Ramon Menezes, que colocou Ribamar. Não demorou muito para que, num erro da defesa, o Botafogo abrisse o placar com Matheus Babi.

Depois do gol alvinegro, praticamente não teve mais jogo. A cera do adversário, aliado ao desgaste físico, não permitiram que o Vasco buscasse de forma incisiva o empate. Além de Ribamar, entraram Bruno Gomes, no lugar de Fellipe Bastos, Gabriel Pec na vaga de Ygor e Bruno César substituindo Martín Benítez.

As mudanças foram motivo de críticas da torcida para Ramon Menezes. No entanto, se analisar com cuidado, observa-se que o comandante não tinha muito o que fazer. Já com sérios problemas para escalar a equipe diante dos desfalques, ele se viu com um problema ainda maior na hora de fazer as substituições.

Escalação do Vasco: Fernando Miguel, Yago Pikachu, Miranda, Leandro Castan, e Henrique; Marcos Júnior, Fellipe Bastos e Martín Benítez; Ygor, Germán Cano e Talles Magno.

Opções no banco: Lucão, Cayo Tenório, Ulisses, Marcelo Alves, Riquelme, Bruno César, Bruno Gomes, Gabriel Pec, Lucas Santos, Ribamar, Guilherme Parede e Tiago Reis.

O argumento sobre as substituições erradas, automaticamente, aponta que Ramon Menezes poderia ter feito substituições melhores. Porém, se olhar as opções no banco não se vê alguém com potencial de mudar a partida. Guilherme Parede? Ainda não mostrou a que veio. Lucas Santos? Até poderia ser uma opção melhor que Gabriel Pec, mas também ainda não encantou na equipe principal. Tiago Reis? É um jogador fixo de área que ficaria perdido sendo que a bola sequer chegou na área direito.

Sobre a escalação, os pontos mais criticados pela torcida foram as presenças de Fellipe Bastos e Yago Pikachu. Existe um pedido para que Ramon Menezes teste outra vez Cayo Tenório na lateral-direita. É compreensível. Quanto ao caso do volante, a persistência nele normalmente é algo realmente criticável, mas nesse jogo em específico o técnico não teria outras opções por causa dos desfalques. Bruno Gomes titular? O garoto entrou no segundo tempo, não jogou bem, mas é uma boa opção.

Desfalques do Vasco: Ricardo Graça, Neto Borges, Andrey, Juninho, Carlinhos e Vinícius.

Foram desfalques consideráveis, todos por problemas físicos. O detalhe é que três deles são volantes, posição tão questionada pela titularidade de Fellipe Bastos. Tem sido corriqueiro desde que assumiu o comando do Vasco o alto número de desfalques, um problema que Ramon Menezes, mesmo com opções questionáveis, tem conseguido superar com o seu bom trabalho.

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