Barbieri elogia trabalho de Diniz e comenta diferenças entre Vasco e Fluminense

Treinador do Vasco da Gama ressaltou que o Gigante inicia um trabalho, enquanto o rival já tem algo consolidado.

Barbieri durante jogo contra o Volta Redonda
Maurício Barbieri durante jogo contra o Volta Redonda pelo Carioca 2023 (Daniel Ramalho/Vasco)

O Vasco se prepara para o principal desafio deste início de temporada. O clássico contra o Fluminense, no próximo domingo, às 18h, no Maracanã, será um grande teste para Mauricio Barbieri, que comanda o processo de reformulação da equipe vascaína. Em coletiva nesta sexta, o treinador projetou um jogo desafiador contra o time de Fernando Diniz.

– Não é novidade para ninguém que o Diniz vem fazendo um bom trabalho. Acho que, nesse momento, a principal diferença é que do lado de lá existe um trabalho consolidado, e a gente ainda está em um processo de desenvolvimento, estruturação da forma de jogar e formação de elenco. Ainda estamos no estágio anterior de desenvolvimento e formação de equipe. Teremos que ter atenção, especialmente porque a maneira do Fluminense jogar é quase singular dentro do futebol brasileiro – afirmou Barbieri.

– Em linhas gerais, é como enfrentar qualquer outra equipe. Deixar eles fora do que os deixa confortáveis, explorar nossos pontos fortes e aliar isso às deficiências deles. Toda equipe tem deficiências e virtudes, isso também vale para nós. A ideia é analisar bem e procurar soluções para potencializar nossas virtudes – completou o técnico.

Uma das principais dúvidas da torcida é sobre quem Barbieri vai escalar no gol do Vasco. O treinador já deu chances tanto a Ivan quanto a Léo Jardim. A tendência é que este último siga na meta vascaína para o clássico de domingo.

– O Léo estreou muito bem contra o Nova Iguaçu. O Ivan veio de uma sequência muito positiva. A tendência é que a gente possa dar uma sequência ao Léo também. São dois grandes goleiros, e fico muito satisfeito de tê-los à disposição – revelou.

O clássico será um teste importante, mas não será um divisor de águas para o Vasco, que está em processo de formação e passará por transformações neste início de trabalho. Barbieri destacou que um resultado positivo seria importante, mas não é determinante para a sequência.

– É um jogo importante, não só por todo o contexto, mas pela história do confronto e dos clubes. Não é um jogo qualquer. Dentro do processo de desenvolvimento da equipe, é mais uma etapa que a gente precisa passar para fazer o melhor jogo possível. A consequência do resultado tem muito mais a ver com a expectativa externa do que com a avaliação interna. Acho que, conquistando a vitória que desejamos, não significa que somos a melhor equipe do Brasil e, caso o resultado não seja o que desejamos, não vamos jogar tudo para o ar. Temos que ver o que do rendimento foi positivo e o que não foi. O que podemos melhorar.

Veja outras declarações de Barbieri:

Clássico

– Acho que é um jogo desafiador. Um grande desafio que temos pela frente. É um clássico. Sabemos a proporção que têm todos os clássicos. A gente está animado, motivado e com a expectativa de buscar a vitória, que é o nosso desejo.

Preparação para o primeiro clássico

– Acho que, em linhas gerais, o treinamento não muda. É mais um adversário. Mas os dias que antecedem um clássico têm uma atmosfera com outro ar. Todos os jogadores gostam desses jogos, são pesados, desafiadores, é claro que existe uma motivação diferente. Mas a ideia é como a gente tem trabalhado: pegar o último jogo, ver o que temos que acertar, fazer uma leitura boa e profunda do próximo adversário e estabelecer uma estratégia para fazer um grande jogo. A gente tem uma desvantagem, que são dias a menos de preparação. Eles jogaram no final de semana e a gente terça-feira fora, então teve a viagem, mas nem por isso entraremos menos focados. Nossa ideia é fazer um grande jogo e conseguir a vitória.

Marlon Gomes

– O Marlon vem fazendo um Sul-Americano espetacular. Digo ”vinha”, porque parece que ele teve uma lesão, algo que nos preocupa. Meu desejo era estar contando com o Marlon, mas a gente entende a importância dele defender a Seleção. Não só por ele, mas pela Seleção e pelo Vasco. É uma valorização do trabalho de todo mundo. O Marlon atuou na temporada passada muitas vezes aberto. Acho que é uma posição que ele pode exercer. Comigo ele também chegou a jogar assim, mas acho que ele rende mais por dentro. Seja recuado ou mais na frente. Por característica, acho que ele se adapta mais a esse jogo. Mas agora é ver a gravidade dessa lesão, quanto tempo vai demorar para ele estar com a gente novamente.

O maior desafio no início de trabalho

– Não consigo elencar o maior desafio. Existe muitos nesse início de trabalho. Tem a formulação do elenco, que ainda não está fechado. Vocês têm acompanhado as saídas e chegadas. Isso é algo que toma a nossa atenção. Temos o desafio de encontrar uma forma de jogar, conseguir fazer com que os novos se adaptem. Não é algo fixo, não consigo estipular os dias, tempo, período. É um desafio que a gente tem. Tem o desafio da expectativa externa, que é enorme.

– A gente já falou sobre isso em alguns momentos, as coisas não acontecem da noite para o dia. Precisamos de tempo, estabelecer uma rota, fazer desvios, corrigir situações que possam acontecer. A gente tem grandes desafios nesse início de trabalho e um deles é controlar a expectativa da torcida, que eu sei que é grande. Ela precisa estar empolgada com o que vamos fazer. A gente quer fazer uma grande temporada esse ano, mas precisamos manter os pés no chão e a cabeça no lugar. Passo a passo, conquistando as vitórias no dia a dia. Começando pelo jogo domingo.

Elenco

– Eu tenho opções. Claro que todo treinador quer mais. Como eu disse, estamos com esse processo em aberto, com a reformulação do elenco, chegadas, saídas. Temos opções, mas precisamos de mais, conhecer melhor os jogadores. A minha avaliação inicial pode ser de que um jogador cumpra uma função, e o dia a dia pode me mostrar que ele é capaz de ter uma versatilidade maior ou menor. Estou no processo de conhecer os jogadores ainda.

Como o resultado do clássico pode influenciar?

– Todos os jogos são um parâmetro de avaliação. Não só de resultado, como de rendimento. Toda vez que tivermos uma partida em que o desempenho não foi satisfatório, temos que voltar e fazer a análise. Entender o que podemos fazer de diferente. O jogo contra o Fluminense é mais um desse processo. Claro que é um clássico, um rival que traz uma outra conotação, mas, em relação à construção, é mais uma etapa.

Manuel Capasso

– Esse jogador não é efetivamente atleta do Vasco nesse momento, então não tenho como falar sobre ele. É uma questão que está com a direção. Nesse momento, estou com a cabeça no jogo de domingo.

Vasco em relação às outras equipes e expectativa para enfrentar Fernando Diniz

– Em relação ao primeiro ponto, eles têm um trabalho com um maior tempo, mais consolidado. Fica a impressão que a chegada de jogadores contribui para a consolidação do trabalho, mas isso é uma parte do processo. Depois da formatação do grupo, precisa desenvolver, passar pela experiência que os jogos proporcionam. Por mais que eu treine, ninguém consegue comprar experiência. É preciso vivencia-las para depois conseguir fazer os ajustes e se desenvolver. Temos um grupo inicial, que precisa jogar mais vezes juntos, enfrentar adversários qualificados, como é o de domingo, para crescer e se desenvolver com a experiência.

– Queremos muito fazer um grande jogo, buscar a vitória e estamos trabalhando nisso sem dúvida nenhuma. Sobre enfrentar o Diniz, é um grande treinador, vem fazendo um grande trabalho no Fluminense e já fez outros grandes trabalhos no futebol brasileiro. É um treinador que tem uma maneira peculiar de trabalhar e fazer as equipes jogarem. É dessa maneira que encaro o jogo de domingo, é um desafio importante e estamos fazendo de tudo para nos preparar da melhor maneira e poder surpreendê-los.

Fonte: Globo Esporte

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1 comentário
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    sr Diretor da 777 aproveitando o encejo que tu estas no Brasil rj o gigante so tem craque mais o sr barbiere e muito frco um outro treinador bom ja teria arrumado o time tempk ele teve e tem esses atletas estão acostumados com treinadores competentes voces mantendo o Barbiere os atletas não São bobos eles sabem quando o treinador e competente e tem conhecimento tá na hora de tirar o Barbiere antes que ele se queime com os atletas.

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