Após lesão Rômulo só pensa em dar volta por cima

Rômulo agora só pensa em dar a volta por cima e ajudar o Vasco, principalmente na Copa Libertadores.

Um mistério envolvendo Rômulo tomou conta do Vasco no início da temporada. O jogador, que atuou até a última rodada do Brasileiro no ano passado, se reapresentou e, com uma fratura por estresse no pé direito, logo foi para o departamento médico. A lesão teria surgido nas férias? Ele ficou quase três meses calado e focado em sua recuperação. Após retornar à equipe, o volante agora só pensa em dar a volta por cima e ajudar o Gigante da Colina, principalmente na Copa Libertadores.

Nesta entrevista, Romulo explica o que, de fato, aconteceu e fala sobre o seu futuro e o assédio que tem sofrido dos clubes europeus. Com idade para isso, admite também que sonha defender a seleção brasileira na Olimpíada de Londres.

Você foi o último jogador a estrear na temporada. Como foi o período de recuperação? Chegou a pensar que ficaria fora da Libertadores?

O período de recuperação foi longo. Muita fisioterapia e exames. Mas eu só queria voltar quando estivesse realmente bem e 100%. Agora me sinto assim. Falta só pegar ritmo de jogo, mas isso só com as partidas. Quanto à Libertadores, eu sabia que o processo poderia ser demorado, mas como o campeonato é longo e temos a pretensão de jogar a final, tinha certeza de que voltaria antes, como aconteceu. O departamento médico fez tudo da maneira certa e tranquila, justamente para voltar zerado.

Ter ao lado Eder Luis, seu companheiro de quarto na concentração, foi importante?

O pessoal até brincou. Disse que a gente está tão entrosado que resolvemos nos lesionar ao mesmo tempo. Foi uma infelicidade. Quanto ao Eder, é gente boa demais. É um amigo e companheiro, uma pessoa tranquila e de família, assim como eu. Por isso, nos damos superbem.

Os médicos do Vasco já afirmaram que o problema que você teve foi agravado durante as férias. O que aconteceu?

O que aconteceu é que já estava com essa lesão desde o fim do Campeonato Brasileiro. Não fui para a imprensa falar, pois não queria que soasse como desculpa por um jogo ruim. Joguei na raça mesmo, porque queria muito o título brasileiro para fechar um ano perfeito, que foi o de 2011. Nas férias, passei todo o tempo em Picos, no Piauí, na minha cidade natal. Joguei 10 minutos de uma pelada beneficente e só. Nada além disso.

Você acha que poderia ter se precavido ou faltou informação do departamento médico de que o problema poderia piorar?

Não faltou informação. A lesão se agravou porque já havia uma lesão. Quando chegou a pré-temporada, estourou e aí tive que parar.

Até que ponto sua família foi importante nesse momento tenso de recuperação? Como é a relação do Romulo em casa?

Minha família é tudo para mim. Acredito que seja a base para a vida. Aqui no Rio, fico ao lado da minha esposa (Jéssika) e da filha (Nycolly). Os familiares estão todos em Picos, mas a gente sempre se fala por telefone. É o jeito de encurtar a distância e a saudade. Infelizmente, só os encontro nas férias. De vez em quando, meu pai e minha mãe fazem uma visita para passar uma semana comigo.

No ano passado, você começou a atuar pelo time dos casados. O que mudou desde então?

Não mudou muita coisa, não (risos). Já estou com a Jessika desde a época em que jogava no Porto de Caruaru. É minha companheira para a vida toda. Assim como eu, ela é muito discreta.

Que avaliação você faz dos seus três primeiros jogos no ano?

Primeiro a satisfação de voltar a jogar é enorme. Sou abençoado por trabalhar com aquilo que amo. Estou muito feliz, mas, como disse anteriormente, o que falta é ritmo de jogo. A parte física a gente ajusta nos treinamentos da semana.

O que você espera para 2012?

Espero que o Vasco consiga o bicampeonato da Libertadores e que possa realizar o sonho da minha família de ir à Olimpíada. Já fui convocado para a pré-lista e agora é trabalhar forte para ser chamado na lista final. Seria uma vitória pessoal e para o meu estado (Piauí) ser convocado.

Têm surgido muitas notícias sobre o interesse do mercado europeu. Qual é o seu desejo no momento? Ofertas de fora podem te seduzir no meio do ano?

Eu também fico assustado com um tanto de informação que chega sobre a minha saída (risos). Vira e mexe eu sou parado por torcedores e digo que não sei de nada. Não recebi nenhum papel assinado. O meu pensamento está aqui no Vasco. A janela de transferências está fechada agora. Não adianta ficar falando sobre isso. É claro que a gente pensa, no futuro, jogar fora do País, em um dos grandes campeonatos da Europa, e ajudar ainda mais a família. Mas, como disse, não chegou nada para mim. Até agora, é só especulação.

A Europa é um futuro iminente?

Todo jogador que se destaca acaba chamando a atenção. Posso jogar na Europa, com certeza, mas neste momento não chegou nada. Estou muito feliz no Rio e no Vasco, que me ajudou a proporcionar tudo isso que já conquistei na minha carreira. Se for para sair, quero sair bem. Caso contrário, fico no clube que me faz feliz.

O técnico Mano Menezes esteve no estádio de São Januário na partida contra o Libertad. Mesmo após tanto tempo parado, você acredita que ainda possa ser convocado para a Olimpíada de Londres?

Eu fui chamado para a pré-lista e tenho idade olímpica. Minha vontade e meu sonho são viajar para Londres. Tenho que correr atrás do tempo perdido, até porque só fiz minha primeira partida oficial neste ano no fim de março.

Seria a realização de um sonho ser convocado?

Parte do sonho já foi concretizada. Aquela primeira convocação para o jogo contra a Argentina, no ano passado, foi muito marcante para mim. Toda a família comemorou muito. Realmente eu não esperava. Foi um dos momentos mais felizes da minha vida, junto com o nascimento da minha filha. Quero manter uma sequência da mesma forma que o meu companheiro de clube, o Dedé, tem ao ser sempre lembrado para a seleção brasileira.

O Dedé está mesmo num ótimo momento e dá para perceber que vocês são muito amigos. Como surgiu essa amizade? Ele pode se tornar o melhor zagueiro do futebol mundial?

A amizade aconteceu naturalmente. Na concentração, nas conversas, nos treinamentos… ele é uma pessoa tranquila e de hábitos simples, assim como eu. Por isso, encontramos uma afinidade rapidamente. Além disso, dividimos quarto no jogo da Seleção contra a Argentina. Foi bem legal a experiência. Até porque ele tinha mais quilometragem em convocações do que eu (risos). Ele merece tudo o que conquistou até agora. Certamente, pode ser um dos melhores do mundo em breve, até porque já foi eleito duas vezes o melhor da posição no Brasileiro.

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