Andrey torce por permanência de Guarín e fala sobre momento no Vasco
Andrey, volante do Vasco da Gama, revelou que torce pelo retorno de Fredy Guarín e falou sobre seu momento no time titular.
Destaque do Vasco ao lado de Cano em 2020, o volante Andrey, durante live do canal oficial do clube no Youtube, explicou por que evoluiu tanto em relação à temporada passada. O atleta acredita que a mudança de postura estimulada por uma autorreflexão sobre as próprias atitudes foi fundamental para crescer.
– Esse momento de 2018 que fiquei sem jogar acho que foram um dos mais importantes da minha carreira, tentei tirar o máximo de lições. Acho que cometi alguns erros, errei muito, então procurei amadurecer. Coloquei na minha cabeça de que eu tinha correr mais, trabalhar mais e mudar essa chave. Não posso ser mais um que as pessoas colocam expectativa e não dá certo. Até o começo do ano estava na reserva, mas sempre procurei trabalhar. Surgiu oportunidade onde todos os reservas jogaram, contra o Flamengo e depois contra o Botafogo.
– A mudança de chave acho que foi quando disse que eu tinha de mudar minha forma de jogar e o meu jeito. Acho que essa foi a mudança do Andrey de 2019 para 2020. Mas não tem nada feito. Chegar no topo tudo bem, se manter é difícil. Em 2018, eu alcancei um bom nível e não mantive em 2019. Os grandes jogadores são os que mantêm o nível em todas as temporadas. Melhorei muito na minha parte física. Emagreci bastante, hoje graças a Deus estou no ideal da minha parte física.
Andrey, sem se comprometer, também falou da situação vivida por Fredy Guarín, que, por conta de um problema pessoal, não vem treinando em São Januário. Afirmou que o grupo está fechado e torcendo pelo retorno do colombiano.
– É um assunto pessoal da diretoria e do Guarín. Nos ajudou bastante em 2019. Soube pelas redes que está passando por um problema. Espero que isso se resolva. Há pouco tempo foi o aniversário dele, todos mandamos mensagens de carinho. A gente torce pela volta dele porque é um grande jogador e vai ajudar muito a gente nesse ano de 2020.
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Pretende apoiar mais para atenuar a “Canodependência”
– Tenho chegado pouco na frente, era uma das minhas características. Era acostumado a chegar na área e fazer gols. Agora jogando de primeiro, eu posso chegar, mas minha primeira função é marcar, ajudar a defesa e proteger meu goleiro. Se tiver chance, eu tenho trabalhado minha finalização e aprimorado cada vez mais. A gente depende do Cano, que é o nosso 9.
Claro que tem de ser dividido também porque se ele não tiver num bom dia, outros tem que fazer os gols. Minha função é dar o passe para ele. Se a bola chegar limpa, ele vai fazer o gol. Cobrá-lo também (risos), depois daquela jogada ele poderia ter me consagrado.Minha primeira função é marcação. Claro que se eu puder chegar como elemento surpresa e puder fazer gol, eu vou ficar muito feliz.
Mágoas com Alberto Valentim?
– Não tenho mágoa nenhuma do Valentim, sempre venho respondendo essas perguntas. É um cara que me ajudou bastante dentro do Vasco, me fez evoluir. Tem coisas que acontecem dentro do vestiário e se resolvem dentro do vestiário. Depois a gente conversou, brincou. É um cara que agradeço por ter passado pelo Vasco.
Melhor momento no Vasco?
– Acho que é sim, me sinto uma pessoa mais madura. O Andrey de 2018 fez uns gols sim, mas tecnicamente o Andrey de 2020 está muito mais completo. Fico feliz de estar vivendo esse momento.
Expectativa para o Brasileiro
– É muito grande. A gente espera aprimorar muito a nossa parte física porque o modo de jogar do Ramon precisa muito da parte físico. A gente tem tudo para fazer um grande Campeonato Brasileiro. Tem tudo para chegar na primeira parte da tabela.
Mudança de posicionamento com Ramon
– No começo do ano, eu começava a saída de bola. Ficava às vezes dentro da pequena área para sair com o goleiro. Era o jogador do primeiro passe, o que ficava mais por trás construindo. Com o Ramon, virei um primeiro volante que joga atrás segunda linha do adversário. Recebo as bolas dos zagueiros geralmente já de frente. Recebo com menos quatro do adversário. Acho que essa mudança de posicionamento é uma das quais pela passei. No começo do ano, tinha mais liberdade de chegar.
Agora fico mais na contenção, quem tem mais liberdade são Benítez e Fellipe Bastos, que são os meia de lado. A maior mudança é que eu tinha que passar da linha dos atacantes. Agora recebo atrás deles e construindo para frente. Tenho mais espaço para construir e tenho mais apoio para jogar.
Ponto forte de Ramon como treinador
– Ponto forte acho que é a gente gostar de ficar com a bola, ditar o jogo e fazer o adversário sofrer. Quando a gente perder, temos que ter de seis a sete segundos para recuperar a bola. Esse perde e pressiona.
Globo Esporte