Andrey revela conversa com Ramon e descarta acionar o Vasco na Justiça
O volante Andrey descartou a possibilidade de acionar o Vasco da Gama na Justiça por causa dos 3 meses de salários atrasados.
No último dia 21, o meio-campista Andrey, destaque do Vasco em 2020 ao lado de Germán Cano, confirmou em entrevista ao Fox Sports o que todo mundo já sabia: os atletas ainda não receberam salários na atual temporada. Com três folhas em atraso, o clube corre o risco de perder jogadores via Justiça. Porém não será o caso do jovem de 22 anos, garante o próprio.
Andrey tranquiliza a torcida e garante que jamais cogitou se desvincular unilateralmente. Por amor ao Vasco, só deixará de vestir a Cruz de Malta profissionalmente um dia se isso representar uma vantagem financeira aos cofres do clube.
– Essa possibilidade nunca passou na minha cabeça, sou muito ao grato Vasco por tudo que o Vasco fez. Sei que o clube está passando por um momento difícil e eu sempre vou respeitar o Vasco, a sua camisa e a sua história. É o meu clube do coração, é o clube que eu amo. Sempre lutarei por esses cores. Só saio do Vasco se for para ajudar e para o Vasco também se beneficiar.
Em entrevista ao “Boletim do Vasco” no GloboEsporte.com, Andrey respondeu 10 perguntas e revelou metas ousadas. Uma delas é a seleção olímpica. Também falou sobre com o que tem se divertido na quarentena e dos primeiros papos com Ramon.
Chega de “spoiler”, leia o papo na íntegra abaixo e assista ao vídeo no topo da matéria:
Depois de poucas chances com o Luxemburgo, você começou 2020 como reserva e depois se firmou. O que pesou para o seu crescimento?
Foi a minha mudança de hábito, o meu jeito de treinar. Coloquei na minha cabeça que eu tinha de treinar forte e estar focado, independentemente da situação que eu estivesse vivendo. Acho que isso pesou muito. Quando surgisse a oportunidade, eu tinha que aproveitar de todas as formas. Trabalhei muito até a oportunidade surgir. Quando apareceu, pude aproveitar da melhor forma possível e ter sequência até antes dessa parada.
Você falou em recente entrevista que o Vasco ainda não pagou salários em 2020. Como está convivendo com isso? Muitas dificuldades?
Nós jogadores sabemos que é um problema do futebol brasileiro, alguns clubes estão passando por dificuldades. Mas, conversando com a diretoria do Vasco, nós vemos que eles estão tentando trabalhar e solucionar o problema. E estamos confiando neles para que possam solucionar esse problema brevemente.
O atual atraso permite a rescisão unilateral via Justiça. Você e seus representantes cogitam essa possibilidade?
Essa possibilidade nunca passou na minha cabeça, sou muito ao grato Vasco por tudo que o Vasco fez. Sei que o clube está passando por um momento difícil e eu sempre vou respeitar o Vasco, a sua camisa e a sua história. É o meu clube do coração, é o clube que eu amo. Sempre lutarei por esses cores. Só saio do Vasco se for para ajudar e para o Vasco também se beneficiar.
O que pensa de o futebol voltar por agora?
Claro que estou com muita saudade do meu dia a dia com meus companheiros, dos jogos e do nosso Caldeirão. Mas deixo essa decisão para as autoridades, tenho certeza que eles irão tomar as medidas necessárias. Se tiver que voltar agora, estamos preparados. Se tiver que voltar daqui a um tempo, temos de respeitar as decisões porque tenho certeza que eles estão tomando as melhores e cuidando da gente.
Qual sua principal meta para 2020?
Na verdade não tenho só uma meta, tenho algumas. Acho que é fazer um grande ano com a camisa do Vasco, dar alegrias à torcida vascaína, tenho um sonho também de poder ser convocado para a seleção olímpica. Vou trabalhar bastante para isso no meu clube. É treinar mais forte para que essas metas possam ser alcançadas em 2020.
O que mais tem feito de diferente nessa paralisação?
É jogar carta com a família, sentar à base para jogar um buraco. Aliás fiquei viciado no buraco, estou jogando no telefone e aqui reunido na família. E também tenho jogado Free Fire. São duas coisas que eu não fazia na minha rotina e que estou fazendo todos dias praticamente nessa paralisação.
Já bateu algum papo individual com o Ramon desde que ele foi anunciado?
Sim, semana passada o Ramon me ligou. Conversamos um pouco sobre futebol, sobre essa quarentena. Ele perguntou se eu estou me cuidando e se estou cumprindo a rotina de treinos passada pelo Vasco. Também falou que está muito ansioso com essa volta aos trabalhos e que vamos gostar muito da filosofia de trabalho dele. E que vamos conquistar coisas grandes esse ano ainda.
A volta do bom futebol lhe recoloca na vitrine. Acredita que já é o momento de pensar em transferência?
Estou com a minha cabeça focada no Vasco, tenho treinado bastante nessa quarentena e ansioso para voltar a vestir a camisa do Vasco. Essa parte de transferência deixo para o meu empresário, para o presidente e para o Vasco decidir. Tenho certeza que eles irão tomar as melhores decisões. Estarei sempre disposto a ajudar o Vasco de qualquer forma. Saindo ou ficando, espero que o Vasco seja beneficiado porque sou muito grato ao clube por tudo que ele fez para mim.
Vê no Ramon um bom professor para aprimorar a cobrança de faltas?
Com certeza, o Ramon foi um excelente batedor de faltas. Antes de ele assumir como treinador, ele sempre fazia um treino de faltas com a gente. A gente já estava aprimorando isso há um tempo. Claro que não é o ideal ainda, estamos buscando o ideal. Mas tenho certeza que agora, com ele como treinador, vamos buscar mais ainda e treinar mais. Tenho certeza que as coisas vão melhorar, e os gols de falta começarão a sair.
Como tem sido a rotina de treinos e quem o acompanha?
Durante esse tempo parado, eu estava treinando com meu personal. Mas a partir de ontem (terça-feira), o Vasco passou algumas cartilhas de treinos para a nossa volta. Alinhou tudo com o meu personal e desde ontem já comecei a treinar e fazer as coisas que o Vasco manda. Agora temos todos os dias algum tipo de treino diferente. Um dia é força, outro dia é resistência. Assim tem sido a minha rotina.
Veja o Vídeo.
Globo Esporte