Anderson Conceição destaca ‘sede’ de Nenê ao relembrar polêmica com Zé Ricardo
O zagueiro do Vasco da Gama, Anderson Conceição, afirmou que perder a braçadeira de capitão não tirou a liderança de Nenê no grupo.
Durante participação no podcast Fora de Jogo, Anderson Conceição relembrou como foi a polêmica entre Nenê e Zé Ricardo. O meio-campista de 40 anos não gostou de ser substituído no empate em 1×1 com o Vila Nova, em São Januário, pela primeira rodada da Série B, reclamou e jogou a braçadeira de capitão no gramado.
Insatisfeito com a atitude do veterano, o técnico tirou a braçadeira do Camisa 10 e deu para o próprio zagueiro, que a carrega até hoje. Questionado sobre o caso, o Camisa 4 vascaíno destacou a competitividade do Camisa 10, que quer sempre estar jogando e vencer tudo o que disputa. Segundo ele, nem o aquecimento escapa da ‘sede’ dele.
– É um cara muito competidor. Gosta muito de ganhar. Não gosta de perder uma bola, não gosta de sair. Ele rouba até no aquecimento (risos). O time dele sempre ganha. É sério, se fizer o time do Nenê contra esse, o dele vai ganhar. É incrível. Ele é um cara que dispensa comentários, com a idade que tem e cheio de fome de ganhar. Dentro de campo a gente vai sempre discutir porque às vezes não vou concordar com uma coisa que ele fez e nem ele vai concordar comigo. Na hora vamos brigar, mas depois nos abraçamos. Dois caras experientes não podem ficar com vaidade – contou.
Anderson Conceição deixou claro que não existe qualquer tipo de vaidade no elenco e sim muita cobrança de todos com todos. Se aprofundando no episódio, o zagueiro de 32 anos reconheceu que não pegou bem a atitude de Nenê, não à toa o comandante optou por tirar a braçadeira. Porém, segundo o Camisa 4, o meio-campista continua sendo referência no grupo e não vê problema em, se solicitado, devolver a braçadeira futuramente.
– Essa vaidade não vai ter comigo e com o Nenê. Na questão de cobrança não vai ter problema nenhum. No caso da faixa acabou ficando feio porque o Nenê saiu, jogou a faixa de capitão no chão, e o treinador achou que precisaria tomar essa atitude (tirar a braçadeira) e coube a mim que era o segundo capitão, mas não mudou nada, seguiu o mesmo líder. Ele só é um líder que está sem a faixa, mas é o nosso capitão, nossa referência, um cara que tem voz no grupo, o cara que todo mundo escuta e se tiver que volta a faixa para ele vai ser sem problema nenhum, com a maior naturalidade possível porque é a nossa referência. Capitão é todo mundo, desde o Andrey, que é mais novo, até o Nenê, o mais velho. Todo mundo tem sua liderança dentro de campo – concluiu.
A crise não durou muito tempo e foi amenizada com a sequência de bons resultados do Gigante na Série B. Além disso, o Camisa 10 reconheceu o erro, deixou de lado a insatisfação e focou em ajudar a equipe vascaína. A partir disso, se tornou uma peça essencial, chegando a decidir partidas com gols e assistências, da mesma forma que o Camisa 4 é importante na defesa.
Esse é o nosso Vasco de hoje, rumo aos títulos.