Análise da atuação do Vasco contra o Atlético-GO

O Vasco da Gama mostrou pequena evolução na comparação com as últimas atuações, esteve mais organizado, mas cansou no 2º tempo.

Leandro Castan durante o jogo contra o Atlético-GO
Leandro Castan durante o jogo contra o Atlético-GO (Foto: Douglas Schinatto/O Popular)

O primeiro jogo de Vanderlei Luxemburgo no retorno ao Vasco deu esperança de dias melhores, mas também evidenciou problemas na luta contra o rebaixamento. Se a intensidade e o controle do jogo alcançados no primeiro tempo quase abriram caminho para a vitória, a queda física no segundo só não resultou em derrota porque Henrique salvou chute de Janderson em cima da linha aos 46 minutos.

A verdade é que a pequena evolução na comparação com as últimas atuações da gestão de Sá Pinto foi suficiente para alcançar o 0 a 0, em Goiânia, e o ponto conquistado tirou o time de São Januário do Z-4 depois de seis rodadas. Agora, é preciso mais para não correr riscos nas 11 partidas restantes no Brasileirão.

Desde o começo do ano, o Vasco quase sempre termina os jogos com menor posse de bola e com menos finalização do que o adversário. Conduto, contra o Atlético-GO, foi diferente: terminou o duelo com 59% e 15 finalizações – o Dragão teve 41% e concluiu oito vezes. O time de Luxa concentrou o bom desempenho na parte anterior ao intervalo. Foram 62% de posse e nove finalizações.

Tamanha superioridade se explica pela nova postura. Com seis caras novas (Werley, Bruno Gomes, Juninho, Leo Gil, Pikachu e Talles), o time foi aguerrido. Correu. Correu muito. E esteve melhor organizado, o que evitou ser totalmente envolvido como em outras jornadas fora de casa.

Henrique, ao ficar mais postado, deu segurança a Castan, que voltou a jogar bem. Bruno Gomes proporcionou maior segurança à defesa. E Pikachu e Talles, abertos pelos lados, confundiram a marcação rival. Luxa, como prometido, melhorou a defesa, mas a produção ofensiva ainda é falha tanto que, embora a as jogadas criadas, não houve gol marcado.

– O Vasco toma mais gol do que faz (36 a 29). Então, essa é a minha ideia: fazer o Vasco não sofrer gol. No primeiro tempo, tivemos nove possibilidades de fazer o gol. Não fizemos. Mas nós defendemos e criamos possibilidades. É claro que quero que mais jogadores cheguem ao gol adversário, mas é uma coisa de cada vez. Nosso saldo é negativo. Temos de tirar essa parte negativa para passarmos a ter algo positivo. Hoje neutralizamos o adversário, que costuma marcar e tem muita velocidade. Ainda chegamos no gol adversário. Tivemos êxito: o time foi compacto, com a defesa sólida. Claro que houve erros, mas isso é normal – analisou Luxa.

No segundo tempo, além do cansaço do Vasco, o Atlético-GO arriscou mais. Saiu de trás e buscou mais o jogo abandonando a postura extremamente defensiva. E, então, o gol de Fernando Miguel passou a ser ameaçado.

Juninho cansou, precisou ser substituído. Talles e Pikachu pararam de ter vantagem. E, sem a bola, o controle do jogo deixou de existir. Ficou nítida a falta de perna, como costuma ocorrer ao longo da temporada, mesmo que os atletas se esforcem.

– A intensidade é o seguinte. O futebol mudou. Tenho certeza que o time, como um todo, correu hoje uns 10km. A intensidade é você fazer com que sete ou dez jogadores trabalhem acima de 20 km/h o maior espaço possível. Não só em 300m, por exemplo. É para frente, para trás, para o lado, transição ofensiva, transição defensiva. É ocupação de espaço, linha alta, linha baixa. Mas eu tenho de conciliar a parte física com a parte tática e técnica pois estou em final de temporada caso contrário eu estouro os jogadores. Essa conquista será ao longo do trabalho – concluiu Luxa.

Em 16º lugar, com 29 pontos, o Vasco se prepara para enfrentar o Botafogo, domingo, em São Januário.

Fonte: Globo Esporte

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