Al-Ittihad não paga por Diego Souza e Vasco volta à Fifa

Os árabes não pagaram ao Vasco por divida de Diego Souza e, agora, o caso vai voltar para a entidade máxima do futebol mundial.

Quase três anos depois de perder Diego Souza para o futebol árabe, o Vasco segue sem ver a cor do dinheiro. Encerrou-se nessa segunda-feira o prazo de 30 dias para o Al-Ittihad pagar pela compra do jogador em 2012, após longo processo que passou por ação na Fifa e julgamento do caso na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). Os árabes não pagaram e, agora, o caso vai voltar para a entidade máxima do futebol mundial. Os advogados da Traffic, que detinham a maior parte do percentual do atleta, enviaram nessa segunda um ofício para o Comitê Disciplinar da Fifa alertando para o descumprimento do pagamento. 

O novo drible dos árabes no Vasco e na Traffic já era esperado. Apesar do ganho integral no julgamento no CAS, quando a corte publicou sentença favorável ao clube carioca – o Vasco tinha cerca de 33% dos direitos econômicos do atleta, que hoje joga no Sport. O restante pertencia à Traffic. No julgamento, as penalizações pela falta de pagamento foram altas. Os juros, que normalmente têm cobrança de 5% anual, foram a 10%, enquanto a multa pulou de 10% para 20%. As taxas aumentaram o valor da venda em quase 45% – de 5 milhões de euros para aproximadamente 7,5 milhões de euros. No total, na moeda brasileira, o valor é de quase R$ 20 milhões – o Vasco receberia cerca de R$ 7 milhões. 

A falta de pagamento no prazo estipulado pelo tribunal suíço pode provocar um atraso ainda maior na solução do caso. Campeão da Copa do Brasil de 2011 com o Vasco, Diego foi vendido em 2012. O Al-Itthad pagaria 5 milhões de euros – R$ 12,3 milhões, segundo balanço patrimonial vascaíno referente àquele ano. O julgamento no CAS era a última etapa antes da execução ao time árabe, que tentou diminuir as multas e os juros pelo atraso no tribunal, mas saiu derrotado. 

Agora, de mãos atadas, Vasco e Traffic aguardam o desenrolar do processo na Fifa. No procedimento padrão, a Fifa retoma o contato para saber da razão do não pagamento dos árabes, que depois serão levados ao Comitê Disciplinar e ficam sujeitos a penalizações esportivas, que vão desde perda de três pontos até rebaixamento, além de pequenas multas de US$ 50 mil.

– Já vi casos desse tipo serem resolvidos em 25 dias. Outros em oito meses. O normal, infelizmente, é que demore mais alguns meses – comenta um interlocutor que acompanha o caso de perto.

Globo Esporte

Comente

Veja também
Treinador Renato Gaúcho
Renato Gaúcho impõe condições para acertar com o Vasco

Renato Gaúcho não abre mão de levar sua comissão técnica para o Vasco da Gama, especialmente dois auxiliares.

Vegetti perde pênalti contra o Atlético-GO
Jornalista revela insatisfação de Vegetti sobre tratativas por reajuste salarial no Vasco

O atacante Vegetti recebe R$ 578 mil mensais e tem sondagens para ganhar mais do que o dobro no Vasco da Gama.

Treinador Renato Gaúcho
Renato Gaúcho pode reencontrar velhos conhecidos no Vasco

Renato Gaúcho se reunirá com o Vasco da Gama na segunda-feira e pode concretizar seu retorno ao comando do Clube.

Tomás Cuello, atacante do Athletico-PR
Cuello se torna prioridade do Vasco para 2025

Cuello terminou a temporada valorizado no Athletico-PR e preenche os requisitos do Vasco da Gama para a posição.

Vegetti em Vasco x Internacional
Vegetti se manifesta após especulações sobre saída do Vasco

Atacante do Vasco da Gama, Vegetti se manifestou em rede social após ter o nome cogitado em vários clubes brasileiros.