Abel Braga, Valentim e Castan falam do início de Ramon no Vasco

Técnico que começou a carreira no Vasco da Gama, Ramon será o treinador do Brasil no primeiro jogo pós Copa do Mundo.

Ramon Menezes em jogo contra o Grêmio
Ramon Menezes em jogo contra o Grêmio (Foto: André Durão)

Daqui a um mês, Ramon Menezes irá comandar a seleção brasileira principal contra o Marrocos, naquele que será o primeiro amistoso do Brasil após a Copa do Mundo. Com a missão de estar à frente da equipe, o treinador tentará implementar o “Ramonismo”, estilo de jogo que o caracterizou no Vasco, clube no qual chegou por indicação de seu colega de curso Alberto Valentim. Em São Januário, o ex-meia vascaíno priorizou a posse de bola e conquistou prestígio com jogadores e funcionários.

Como surgiu o Ramonismo

O Ramonismo foi fruto de uma brincadeira torcida do Vasco, que tem fama de criar muitos memes nas redes sociais. O termo se popularizou com a sequência de vitórias da equipe no início do Campeonato Brasileiro de 2020, quando chegou a liderar a competição com um futebol de muita posse de bola.

Indicação de Alberto Valentim

Antes de deixar os vascaínos “ramonizados”, Ramon Menezes percorreu um caminho longo como coadjuvante, assumindo o papel de auxiliar-técnico fixo do clube. A indicação foi do treinador Alberto Valentim, que era seu colega de curso na CBF e se tornou seu vizinho de condomínio no Rio de Janeiro.

“Na época, manifestei o desejo de trabalhar com um profissional que fosse ídolo do Vasco, de altíssimo nível e ótimo caráter. Então, tive uma conversa com o Ramon no início de janeiro, na Granja Comary, e ele aceitou prontamente. Fizemos um ótimo trabalho, fomos campeões invictos da Taça Guanabara. Ele fazendo um papel muito importante, ajudando, dando opiniões, fazendo os contrapontos dele, discutindo com a gente no dia a dia. As coisas andaram muito bem. Gostei muito de trabalhar com ele”, disse Valentim ao UOL.

Castan revela perplexidade com demissão e exigência por posse de bola

Capitão do Vasco no período, o ex-zagueiro Leandro Castan, que se aposentou ano passado, lembra que Ramon Menezes era muito querido pelo elenco e sua demissão em 2020 deixou os jogadores perplexos.

“Ele pegou um momento difícil [após a demissão de Abel], na pandemia, e aí tivemos um início surpreendente. Ele mostrava para nós o quanto era importante ficar com a bola. Nosso time era só molecada, eu era o mais velho, e ele fez aquela molecada jogar bola. Infelizmente depois, por tantas coisas que acontecerem que nem cabe a mim falar, ele saiu e, quando saiu, foi um golpe muito forte para todos. Ninguém acreditava que ele tinha ido embora. Fico pensando o que teria acontecido se o Ramon tivesse continuado. É um cara que marcou muito minha carreira, minha vida e desejo todo sucesso do mundo”, disse Castan ao UOL.

Primeiro a chegar e muito interessado, segundo Abel

O UOL também conversou com funcionários do Vasco, que atestam o apego que todos tinham por Ramon Menezes. Além disso, destacaram sua dedicação — sendo sempre o primeiro a chegar aos treinos – e o interesse em evoluir, como o próprio Abel Braga conforma.

“Ele me ajudou muito. Sempre muito interessado, cuidava das bolas paradas. Fazia um trabalho com o pessoal que não jogou que era sempre de um nível muito bom. A resposta disso é agora, com a conquista do Sul-Americano sub-20. E agora, sendo interino ou não, é o treinador da seleção brasileira. Isso marca definitivamente a carreira dele, como um ótimo profissional, ótimo atleta que foi e um cara do bem”, afirmou Abel, hoje diretor-técnico do Vasco e que foi o último treinador em que Ramon era auxiliar antes de ser efetivado.

Fonte: Uol

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