Abel pode quebrar recorde no Inter contra o Vasco onde teve passagem apagada

Abel Braga se tornará o técnico que mais comandou o Internacional no jogo contra o Vasco da Gama, onde foi muito criticado.

Abel Braga, técnico do Internacional
Abel Braga, técnico do Internacional (Foto: Inter/Reprodução)

Quis o destino que Abel Braga entrasse para a história como técnico que mais vezes comandou o Internacional no jogo contra um clube do qual saiu criticado. Quando pisar no gramado do São Januário, hoje (14), às 16h (de Brasília), ele quebrará recorde no comando do Colorado meses depois dos comentários negativos que recebeu em sua passagem pelo Vasco.

Abel chega aos 338 jogos como técnico do Inter, ultrapassando Teté e se isolando com treinador que mais comandou a equipe. Esta é sua sétima passagem pelo reservado vermelho, onde conquistou a primeira Libertadores da história do clube e o Mundial de Clubes, batendo o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho na decisão.

Pelo Inter, Abel coleciona feitos importantes, como a vitória no “Gre-Nal do século” e dois títulos do Campeonato Gaúcho. Também tem marcas recentes, como ter superado o Grêmio neste ano, rompendo uma série de 11 partidas de invencibilidade do rival no clássico.

E não é apenas o feito particular que está em jogo. Abel Braga assumiu o Inter em um momento delicado após a saída traumática de Eduardo Coudet e, depois de oscilar no comando, colocou o time na liderança do Campeonato Brasileiro. Hoje, entra em campo um ponto na frente do vice-líder Flamengo e precisa vencer para garantir vantagem no confronto direto que terá com o Rubro-Negro na próxima rodada, no Rio de Janeiro.

Tirar o Inter da fila no Brasileirão seria mais uma passagem notável para trajetória do comandante. O Colorado não vence o campeonato desde 1979 e desta vez depende só de suas forças.

Independentemente dos resultados, a relação de Abel com o Inter vai além do campo. O treinador já se declarou torcedor do time de Porto Alegre e já teve problemas por elogiar o Beira-Rio, mas nunca escondeu o amor que sente pelo clube. Relação que fica ainda mais forte com o peso da história.

Vasco quis “medalhão” após dar certo com Luxemburgo

O retorno de Abel Braga ao Vasco, no início de 2020, se deu após o clube não chegar a um acordo de renovação com o técnico Vanderlei Luxemburgo, que havia pego a equipe na zona de rebaixamento no Brasileirão e conseguiu classificá-la para a Copa Sul-Americana.

A diretoria, na ocasião, entendeu que o ideal era manter a filosofia e trazer outro treinador considerado “medalhão”, e o caminho se tornou ainda mais fácil para Abel, uma vez que ele era amigo pessoal do então presidente vascaíno Alexandre Campello.

Em sua apresentação, demonstrou-se nostálgico e grato ao Vasco, clube em que foi campeão carioca de 1977 como jogador e que o fez se destacar a ponto de ser contratado pelo PSG (FRA). Após virar treinador, Braga já havia comandado o Cruzmaltino em duas ocasiões: 1995 e 2000.

Campanha, críticas e frase pós-clássico minaram trabalho

A lua-de-mel de Abel Braga com o Vasco, porém, foi curtíssima. Com um futebol pobre e sem entregar resultados no Campeonato Carioca, teve seu trabalho minado, e as vaias das arquibancadas foram implacáveis. Em alguns momentos, o treinador chegou a ser vaiado e xingado ainda no primeiro tempo.

Uma passagem que deixou o técnico em maus lençóis com o torcedor foi após a derrota para o maior rival, o Flamengo, por 1 a 0, quando, em entrevista coletiva, disse a frase “Hoje foi lindo”.

“Hoje foi lindo, cara. Os garotos tentaram, mas teve uma hora que não deu. O termo é esse: amassamos. Fizemos 30 minutos surpreendentes. Eles estavam nos dando a bola. Mas não conseguimos marcar o gol. Foi surpreendente nosso início”, disse, na ocasião.

Abel durou apenas três meses no comando da equipe. Ciente de que o time não evoluía, ele próprio entregou o cargo após uma derrota para o Fluminense antes da paralisação do futebol por conta da pandemia. Em nota oficial, explicou os motivos de sua decisão.

“Como falei na minha última coletiva, depois do jogo contra o Goiás, gosto muito do Vasco, do presidente, dos jogadores, da torcida e do ambiente de trabalho. Mesmo com a crise financeira, jamais faltou dedicação e entrega. Mas as coisas não estão acontecendo da forma como imaginamos. Assim, num momento em que os campeonatos estão parados por motivo de força maior, saio para que o clube encontre um profissional que tenha tempo para trabalhar e tentar os ajustes necessários. Fica o meu agradecimento a todos”.

Fonte: Uol

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