777 Partners é removida da administração do Genoa

Após Assembleia Geral de Acionistas no Genoa, da Itália, a 777 Partners é removida da administração do clube italiano.

Josh Wander, sócio-fundador da 777 Partners
Josh Wander, sócio-fundador da 777 Partners (Foto: Thiago Ribeiro/ AGIF)

Afastada do controle da SAF do Vasco desde maio, a 777 Partners também foi removida da administração do Genoa, da Itália. A decisão foi tomada neste sábado, na Assembleia Geral de Acionistas do clube italiano.

Josh Wander e Steven Pasko, sócios-fundadores da empresa, que também faziam parte do Conselho de Administração da SAF do Vasco, foram removidos da gestão do futebol do Genoa, assim como Adam Weiss, ex-vice presidente da 777.

Na reunião deste sábado, foi aprovado o pedido de aumento de capital no valor de 40 milhões de euros no Genoa (cerca de R$ 253 milhões, na cotação atual). O aporte deve ser feito pela A-CAP, segundo o portal Calcio e Finanza, que está no controle da 777 Football Group.

777 foi removida do Vasco em maio; disputa segue

O Vasco entrou na Justiça contra a 777 no dia 15 de maio. A ação cautelar corria em sigilo de Justiça na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, com ganho de causa dado ao Vasco em primeira e segunda instâncias, o que significou o controle do futebol e a desobrigação do antigo investidor americano de fazer o aporte previsto para setembro.

O clube carioca alegou à época que a ação foi necessária e motivada por preocupações sobre a capacidade financeira da 777 em cumprir com suas obrigações contratuais. A empresa norte-americana é acusada de fraude na Justiça dos EUA.

Ainda há questões jurídicas envolvendo a 777 em outros países. O principal ponto em discussão é o caso da Leadenhall, fundo inglês que acusa os americanos de fraude. A empresa tem liminar contra a dissipação de ativos da 777. A A-CAP, que passou a controlar as empresas de Josh Wander e Steven Pasko, incluindo os clubes de futebol, pode ser impedida de negociá-las.

Inclusive, em novembro, em decisão a que o ge obteve acesso, um juiz de Nova York reafirmou a razão dos ingleses nesta etapa do processo. A 777 e a A-CAP queriam prazo de 60 dias para nova manifestação, o que foi rejeitado pela corte americana. O Vasco crê que esta ação não impede a venda.

O contrato entre Vasco e a 777 Partners previa que litígios judiciais entre as partes tivessem arbitragem com mediação da FGV.

A suspensão da arbitragem – que terminou no fim de outubro – atendia à demanda da A-CAP e do Vasco, que buscavam solução a curto e a médio prazo para a venda da SAF do futebol do clube para diminuir o prejuízo da seguradora americana. Num primeiro momento, a 777 pedia U$S 120 milhões, mais o complemento do contrato – o que significava, na moeda brasileira, cerca de R$ 1 bilhão.

Na arbitragem, o Vasco pede a rescisão de contrato de investimento e do acordo de acionistas com a 777 Partners, enquanto os americanos querem a retomada do controle e do contrato assinado em 2022.

Fonte: Globo Esporte

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