Dedé: do Volta Redonda à Seleção Brasileira

Dedé e Felipe Melo, começaram a jogar futebol nas ruas do Parque das Ilhas e depois na Sociedade Esportiva Sepe.

Poucas cidades do Brasil tiveram a chance de ver seus filhos na Seleção Brasileira. Um pequeno bairro de Volta Redonda, no interior do Rio de Janeiro, está prestes a ver seu segundo filho usando a Amarelinha.

O bairro em questão é o Parque das Ilhas. Foi lá que nasceram e cresceram Felipe Melo, volante do Galatasaray (TUR), e Dedé, zagueiro do Vasco, convocado pelo técnico Mano Menezes nesta semana.

Os dois começaram a jogar futebol nas ruas do Parque das Ilhas e depois na Sociedade Esportiva Sepe, uma escolinha de futsal local. Apesar da diferença de idade – Felipe tem 28 anos e Dedé, 23 – os dois chegaram a jogar juntos.

A primeira responsável pelos garotos foi a treinadora Marylilia de Lacerda, conhecida como Lilinha. Hoje com 50 anos, a antiga técnica garante que eles não mudaram em nada desde então:

– Felipe sempre teve o temperamento mais explosivo e não gostava de perder nunca. Dedé, por outro lado, era carinhoso, divertido e não dava problemas a ninguém.

Lilinha ainda lembrou que o espírito de liderança que Dedé mostra no Vasco podia ser visto desde quando era da categoria fraldinha.

E a amizade entre Dedé e Felipe Melo ultrapassou os campos de futebol. José Coelho, pai do volante do Galatasaray, foi o primeiro a acreditar no talento do zagueiro vascaíno. Ele chegou a levar Dedé para alguns testes.

– O pai de Felipe sempre me deu muita força. Posso dizer que ele foi um dos maiores incentivadores da minha carreira. Sempre viu potencial em mim. Tenho um respeito muito grande por ele, por Felipe e por Nicolas (irmão de Felipe). São meus irmãos! – contou Dedé, ao LANCENET!.

Felipe, que pela Seleção foi campeão da Copa das Confederações em 2009 e disputou a Copa do Mundo em 2010, parabenizou o ex-vizinho pela primeira convocação.

– Dedé é um irmão e uma pessoa muito do bem. Ele merece esta convocação. Desde quando eu jogava pelo Flamengo sempre o achei acima da média. É um zagueiro forte, alto e tem mobilidade – elogiou.

Os moradores do Parque das Ilhas, orgulhosos com a convocação de Dedé, esperam ver os dois jogando juntos na Seleção, em 2014.

À espera por um novo abençoado

Felipe Melo e Dedé deram seus primeiros chutes no mesmo lugar. A quadra, localizada no meio do bairro Parque das Ilhas, entre as ruas onde os dois moravam era a “casa” da escolinha de futsal Sociedade Esportiva Sepe – ou o Sepinho, como é chamada até hoje no bairro.

Desde 1998, os trabalhos da escola estão encerrados. Porém, a comunidade mantém a quadra em ordem e ajuda a organizar algumas atividades para a nova geração. Os moradores do bairro acreditam que essa é uma maneira de evitar que as crianças fiquem nas ruas e se envolvam com drogas.

Alguns moradores mais antigos consideram a quadra e o bairro lugares abençoados, já que revelaram dois atletas para a Seleção. Do Sepinho, só restaram o velho uniforme alviverde, as fotografias, os troféus e, claro, os dois grandes filhos ilustres.

Você se lembra de quando eles começaram a jogar?
Eu me lembro, sim. Tanto Felipe quanto Dedé chegaram aqui muito cedo, mas eles já eram os melhores em quadra. Desde pequenos já surpreendiam com o talento com a bola e muita determinação para vencer uma partida.

Dedé chegou na escolinha mais jovem. É verdade que você ajudava ele a se trocar?
Cansei de colocar a camisa, o calção e o meião em Dedé (risos). Ele era um dos menores do time e eu sempre tinha que o ajudar a se arrumar antes dos jogos.

Você estava ao lado de Dedé quando ele ganhou o primeiro título no futebol?
Sim. O primeiro título da vida dele foi com a camisa do Sepinho, em 1995, nos tempos de fraldinha. Ele era muito novinho na época, mas já jogava muito bem.

‘Causos’ de infância

Contador de história
Segundo os amigos, Dedé adorava contar histórias que o favoreciam. Se acertava um drible em um jogo, era história para dias e dias.

Arteiro
Felipe Melo era uma criança boa, mas muito arteira. Os colegas também se lembram que ele não gostava de perder nenhuma partida. Ficava bravo.

Goleiro
Dedé iniciou no futebol como goleiro. Quando foi levado ao Flamengo pelo pai de Felipe tentou o gol. Só no Volta Redonda ele passou a jogar na linha.

Fonte: lancenet

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