Relembre os rebaixamentos do Vasco no Brasileiro em menos de 15 anos

O Vasco da Gama venceu o Goiás nesta quinta-feira, mas sofreu um novo rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Jogadores do Vasco deixando o gramado cabisbaixos após jogo no Brasileiro 2020
Jogadores do Vasco deixando o gramado cabisbaixos após jogo no Brasileiro 2020(Foto: André Durão)

Rebaixado pela quarta vez, o Vasco tornou-se o grande com mais rebaixamentos para a Série B do Campeonato Brasileiro. Uma triste realidade que o torcedor vascaíno conviveu pela primeira vez em 2008 e que voltou a sofrer em 2013 e 2015.

Ou seja, nas últimas 13 edições do Brasileirão, o Vasco participou de 10 delas e acabou rebaixado em quatro. Um número que não condiz com a sua gigantesca história, mas que tem sido a triste realidade.

A primeira queda em 2008

Como não podia deixar de ser, a primeira queda foi a mais traumática na centenária história do clube e ficou marcada pelo torcedor que subiu à marquise de São Januário e ameaçou pular após a derrota em casa por 2 a 0 para o Vitória, que sacramentou o até então rebaixamento inédito.

Para chegar àquela queda, o Vasco viveu um ano de 2008 conturbado. A começar pela politica, assim como em 2020, com a troca de presidência em julho, saindo Eurico Miranda e assumindo Roberto Dinamite após uma batalha judicial e denúncia de fraude na eleição do fim de 2006.

Em campo, a situação não foi diferente. Para disputar o Torneio de Dubai, o Vasco não fez uma pré-temporada e sofreu com maus resultados desde o início, com muitas trocas de técnico. Alfredo Sampaio começou a temporada, Romário chegou a assumir o comando enquanto jogava e depois Antônio Lopes e Tita também treinaram a equipe, que terminou o ano com Renato Gaúcho.

A primeira queda tinha no elenco ídolos como Edmundo e Pedrinho, além de velhos conhecidos como Odvan, Jean e Beto, e promessas como Alex Teixeira. O time que perdeu para o Vitória em são Januário teve: Rafael, Wagner Diniz, Jorge Luiz, Odvan e Johnny (Leandro Bomfim); Jonílson, Mateus (Faiolli), Madson e Alex Teixeira; Leandro Amaral e Edmundo.

A segunda vez, em 2013

Cinco anos depois, o Vasco voltaria a cair, acabando com o clima de otimismo após a conquista da Copa do Brasil de 2011 e a boa campanha na Libertadores de 2012. Se não houve crise política grave, a crise financeira e a má gestão de Roberto Dinamite foram determinantes.

Salários atrasados foram uma constante em 2013, o que culminou no pedido de demissão de Paulo Autuori. O treinador foi um dos quatro que passaram por toda a temporada, que começou com Gaúcho, ainda teve Dorival Junior antes da queda com Adilson Batista.

Para piorar, a maioria das 23 contratações foi equivocada e apenas Fagner, Cris, Guiñazu, Pedro Ken e Edmílson foram mais aproveitados. Para completar, nenhum dos três goleiros foi bem, num rodízio entre Michel Alves, Diogo Silva e Alessandro, com todos errando em momentos cruciais.

Para completar a temporada trágica, o rebaixamento veio após uma goleada sofrida por 5 a 1 para o Athletico-PR, pela última rodada, numa partida marcada pela briga generalizada entre as torcidas em cena triste, o que paralisou o duelo por mais de uma hora. O time que entrou em campo na queda foi: Alessandro, Fagner, Renato Silva, Cris e Yotún; Abuda, Wendel (Bernardo), Pedro Ken e Marlone (Tenorio); Thalles (Reginaldo) e Edmílson.

A terceira, em 2015

Mal voltou à elite do futebol brasileiro e o Vasco voltou a ser rebaixado, desta vez na gestão de Eurico Miranda, que na época chegou a dizer que iria para a Sibéria caso o clube fosse rebaixado. Mais uma vez, o mau planejamento fez a diferença em um elenco que teve 32 contratações, sendo que alguns nem chegaram a estrear (casos de João Carlos, Bruno Telles e Jeferson).

Entretanto, houve um outro fator importante para a queda, que foi o racha no departamento de futebol, entre o gerente Paulo Angioni e Eurico Brandão, o Euriquinho, filho do presidente e com poder de decisão. Isso desestabilizou o clima no elenco, que teve três técnicos ao longo da temporada: Doriva, Celso Roth e Jorginho.

Além disso, a péssima campanha no primeiro turno, quando o Vasco fez apenas 13 pontos foi determinante. Nem mesmo a reação com a chegada de Jorginho foi suficiente para compensar o prejuízo de uma equipe que contava com muitos experientes, casos de Martin Silva, Rodrigo, Julio Cesar, Diguinho, Andrezinho e Nenê.

A terceira queda foi sacramentada na última rodada com um empate melancólico em 0 a 0 com o Coritiba, no Couto Pereira. Mesmo se vencesse, cairia porque dependia de outros resultados que não aconteceram. O time que entrou em campo foi: Martin Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Julio Cesar; Diguinho (Mateus Pet), Serginho, Bruno Gallo (Leandrão) e Nenê; Jorge Henrique e Riascos (Rafael Silva).

Fonte: O Dia

Estamos no Google NotíciasSiga-nos!
Comente

Veja também
Phillipe Gabriel, promessa da base do Vasco
Relacionados do Vasco para o jogo contra o Athletico-PR

Confira os jogadores relacionados do Vasco da Gama para o jogo deste domingo contra o Athletico-PR, pelo Brasileiro.

Josh Wander em visita ao CT Moacyr Barbosa
777 Partners é acusada de fraude na Justiça dos Estados Unidos

Dona de 70% da SAF do Vasco da Gama, a 777 Partners é acusada de dar garantias de supostos fundos que não lhe pertencem ou sequer existem.

Torcida do Vasco em São Januário no clássico contra o Botafogo
Acorda, 777! Vasco campeão dará mais dinheiro que apenas vendas de atletas

Uma reflexão sobre o que a 777 Partners pensa sobre o faz e o que poderia alcançar com maior ambição esportiva no Vasco da Gama.

Pedrinho é o presidente do Vasco
Confraria critica postura ácida da associação com a SAF do Vasco

O grupo Confraria Vascaína pediu uma relação de colaboração e rechaçou a possibilidade da associação reassumir o futebol do Vasco da Gama.

Vasco enfrenta o Bauru Basket neste sábado pelo 1º jogo das quartas do NBB

O duelo ente Vasco e Bauru Basket será às 17h10min, no ginásio de São Januário, pelo 1º jogo da série das quartas de final do NBB.