Árbitro de vídeo de Vasco x Inter é considerado o melhor do Brasil na atualidade

José Cláudio Rocha Filho, de SP, que atuou em Vasco 0 x 2 Internacional, é apontado como o principal especialista do País no quesito VAR.

Jogadores do Vasco esperando árbitro conferir o VAR
Jogadores do Vasco esperando árbitro conferir o VAR (Foto: Código 19/Agência O Globo)

A revisão do gol de Rodrigo Dourado na vitória do Inter por 2 a 0 sobre o Vasco, no domingo (14), tinha como árbitro de vídeo hoje o principal especialista da CBF para o VAR. Na avaliação da cúpula da arbitragem da confederação, o fato de José Cláudio Rocha Filho (SP) estar na cabine minimizou um problema maior pela decisão de verificar o lance mesmo sem as linhas que facilitam a checagem do impedimento.

Hoje a elite do VAR da CBF é formada por seis profissionais designados como árbitros de vídeo Fifa e que têm atuado quase que exclusivamente na função.

Os três VARs Fifa que mais atuaram nesta Série A são José Cláudio Rocha Filho (SP), em 30 partidas das 36 rodadas, e Rodrigo Guarizo do Amaral (SP) e Igor Junio Benevenuto (MG), com 25 cada. Completam a lista Wagner Reway (PB), 24 jogos, Rodrigo Nunes Sá (RJ), 18, e Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC), 16. Daniel Nobre Bins (RS), que não é Fifa, tem 24 jogos como VAR.

A CBF avalia escalar dois desses VARs da elite para a cabine no decisivo jogo do Brasileirão entre Flamengo e Inter, domingo (21). Há percepção de que a pressão será grande sobre os profissionais que atuam nas cabines. Sá, por ser da Federação do Rio, obviamente está descartado por ser do mesmo estado do Flamengo.

Normalmente eles têm na cabine como AVAR 1 um árbitro que não é exclusivo do VAR, natural porque não haveria como fazer isso já que não há ainda muitos profissionais nessa condição. O AVAR 2 sempre é um auxiliar (o bandeirinha), que fica exclusivamente responsável por analisar revisões de impedimentos, lances que geraram polêmica na última rodada.

O gol de Rodrigo Dourado, o primeiro do Inter contra o Vasco em São Januário, foi duvidoso com relação a seu posicionamento. As linhas horizontal e vertical que são usadas na cabine do VAR para checar lances de impedimento não funcionaram. Segundo a CBF, a empresa Hawk-Eye, responsável pela parte operacional, foi cobrada sobre a falha que prejudicou o uso das linhas.

A entidade afirmou que o lance foi checado mesmo assim e confirmada marcação de campo, que não viu impedimento no gol de Dourado. O blog apurou que a decisão de Rocha Filho de fazer a checagem mesmo sem as linhas foi fundamental para validar a decisão — o áudio do diálogo entre Rocha Filho e o árbitro de campo, Flávio Rodrigues de Souza (SP), será disponibilizado ao Vasco.

A direção do Vasco avisou que pedirá a anulação da partida, mas é improvável que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) acate já que o protocolo do VAR prevê que falhas de equipamentos não são passíveis de anulações. O regulamento geral das competições da CBF deixa claro que a CBF não precisa usar o VAR em todas as partidas e isso se estende a lances específicos.

Fonte: Blog do Marcelo Rizzo – UOL

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1 comentário
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    A CBF pode até afirmar que não precisa colocar o VAR em uma ou outra partida, mas dizer que isso se estende também a lances específicos dentro de uma partida é, no mínimo, assumir uma atitude irresponsável que coloca a credibilidade da entidade em dúvida e o seu quadro de árbitros sob a suspeita de manipulação de resultados. Vergonhoso.

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