Com Diniz e reforços, Pedrinho indica Vasco ofensivo para o restante de 2025

Presidente do Vasco da Gama, Pedrinho dá sinais de que irá apostar em um time ofensivo para o restante da temporada.

Pedrinho, presidente do Vasco da Gama
Pedrinho, presidente do Vasco da Gama (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

Depois de “esticar a corda” sem sucesso com Fábio Carille, demitido após a derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro no último domingo, pelo Campeonato Brasileiro, o Vasco tem Fernando Diniz como plano A para assumir o comando à beira do campo e iniciou ontem os primeiros contatos para a contratação do treinador. Fã do trabalho de Diniz, o presidente Pedrinho entende que precisa de um nome já testado no futebol brasileiro e com capacidade de extrair do atual elenco um futebol mais ofensivo e dominante, o que foge ao perfil do antecessor — enquanto isso, o diretor técnico Felipe Loureiro será o interino.

Sem clube desde que foi demitido do Cruzeiro em janeiro deste ano, Diniz vê com bons olhos o retorno ao Vasco sob a administração de Pedrinho. Porém, precisaria ceder na parte financeira para chegar a um acordo com o cruz-maltino.

Durante as buscas por um técnico no fim da temporada passada, Pedrinho já havia admitido a dificuldade de conseguir um nome que considerasse ideal em razão das atuais limitações financeiras do clube.

– Difícil encontrar, dentro do que penso de futebol, o que temos no mercado e o que cabe dentro do orçamento. Não sei se vou encontrar um treinador que jogue do jeito que imagino que o Vasco mereça jogar e que caiba dentro do orçamento. Temos alguns perfis e torcemos para que tudo encaixe e seja o mais próximo do que pensamos.

O tom pessimista do dirigente na época é mais um indicativo de que a escolha por Carille, conhecido por montar equipes mais defensivas, estava longe de ser a preferida.

A prioridade por Diniz deixa clara a mudança de rota para uma equipe que jogue para frente. E, para sustentar esse estilo de jogo, a diretoria pretende reforçar o elenco na próxima janela de transferências. Para que isso seja possível, o clube se apega a certo respiro financeiro com o andamento da recuperação judicial, deferida pela Justiça do Rio de Janeiro em fevereiro deste ano, já que isso possibilitaria “enxugar dívidas” e passar mais credibilidade ao mercado.

Esse fôlego financeiro pode ajudar justamente o clube a chegar a valores mais próximos da realidade de Diniz e de sua comissão técnica, que, desde a época de Fluminense, têm ganhos no patamar de R$ 1 milhão por mês, mais que o dobro do que recebia Carille no cruz-maltino.

Convencê-lo sobre a possibilidade de trazer reforços no meio do ano também deverá ajudar nas negociações. Já a liminar que afastou a 777 Partners do controle da SAF, hoje sob o comando do clube associativo, pode ser uma barreira na escolha do novo técnico, por gerar uma insegurança jurídica no futebol do clube. Isso porque Diniz deposita a confiança em um possível acerto na figura de Pedrinho, que perderia força nos bastidores com uma improvável reviravolta no caso.

Outros treinadores que figuraram nessa “lista ideal” foram o português Luís Castro, ex-Botafogo, e até Tite, que ficou perto de fechar com o Corinthians, mas anunciou recentemente uma pausa na carreira para cuidar da saúde mental. Já o argentino Ramón Díaz, que deixou o time paulista, está inicialmente descartado pelo fato de ter saído de forma conturbada do Vasco no ano passado, com direito a ação na Justiça. Outro lusitano que está no mercado é Pedro Caixinha, demitido do Santos. A diretoria cruz-maltina chegou a conversar com o treinador e houve boa impressão mútua, mas, neste momento, ele deve avaliar novos convites do Brasil com mais cautela. Não está descartada também uma efetivação de Felipe Loureiro.

Passagem ruim na Colina

À frente dessa corrida, Diniz costuma carregar “amor e ódio” dos torcedores, mas dificilmente passa batido à beira do campo. Não foi diferente com os vascaínos. Caso tome o destino de São Januário, Diniz comandará a equipe pela segunda vez. Em 2021, esteve à frente em apenas 12 jogos, com quatro vitórias, três empates e cinco derrotas na disputa da Série B, na qual o clube não conseguiu o acesso.

Seu melhor trabalho foi pelo Fluminense de 2022 a 2024, com o título da Libertadores e do Carioca em 2023 e da Recopa no ano seguinte. Nesse período, chegou ao comando interino da seleção brasileira, onde não deixou saudades, com apenas seis jogos (duas vitórias, um empate e três derrotas). Pelo Cruzeiro, chegou à final da Sul-Americana de 2024, porém, não resistiu ao mau início do Campeonato Mineiro deste ano.

– Ele (Diniz) é um treinador que escolheu poucos jogadores ao longo da carreira e trabalhou geralmente com aquilo que tinha à disposição. Em muitos casos, conseguiu melhorar o desempenho dos jogadores, o que não se repetiu em outros lugares. Como gosta de ter a bola por mais tempo, a partir da linha de defesa, o Vasco tem, pelo menos, zagueiros corajosos para tentar jogar dessa forma. Os volantes podem sofrer com isso, o que, por outro lado, seria bom para jogadores como Philippe Coutinho — destaca Rodrigo Coutinho, comentarista do Grupo Globo.

Por conta do “estilo de jogo extremamente peculiar”, Coutinho desacredita que Diniz possa absorver pontos deixados por Carille, já que “começaria o trabalho do zero”. Com mais variações táticas desde 2021, o treinador segue buscando o equilíbrio nos clubes por onde passa. O Vasco de Pedrinho pode ser mais uma chance para o técnico deixar para trás a irregularidade.

Fonte: Extra

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3 comentários
  • Responder

    COM ESSES JOGADORES MEDÍOCRES. O DINIZ NAO VAI FAZER MILAGRE

  • Responder

    Eu ainda continuo acreditando que o melhor técnico para o vasco é o Jorginho.
    ou então vai atrás de um que saiba trabalhar com a base, pois os jogadores de nome não estão jogando nada.
    Payet, Alex Teixeira, Sousa, Jair, e outros, não tá jogando o que deveria jogar. Tchau

  • Responder

    O time só joga para trás, então não vai ser problema para o Diniz.
    Os jogadores, principalmente os laterais e volantes, quando estão com a posse de bola, podem estar lá na pequena área adversária, só querem voltar jogada com o goleiro ao invés avançar ao ataque. Com o próprio Diniz era assim, não consigo ver um time ofensivo com ele.
    Para mim, ele tá no mesmo patamar do Jorginho do Odair, que acho que dariam mais resultados que ele. Mas a canetada está com o Pedrinho.

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