Carille chega com desafio de melhorar números do Vasco; veja histórico

Novo técnico do Vasco da Gama, Fábio Carille chega ao Clube com a missão de resolver velhos problemas do Cruzmaltino.

Carille posa com a camisa do Vasco
Carille posa com a camisa do Vasco (Foto: Dikran Sahagian)

Ao aceitar o convite para treinar o Vasco, o técnico Fábio Carille terá um gigantesco desafio pela frente. Afinal, o Cruz-Maltino vive uma fase de incertezas geradas por más administrações no passado.

Estes problemas fora do campo, evidentemente, se transferiram para as quatro linhas. Não à toa, recentemente o clube adentrou em seu maior jejum de títulos na história – está prestes a completar nove anos sem conquistar um troféu. Assim, o Jogada10 levantou números que explicam este período sem as glórias que os vascaínos tanto se acostumaram.

Os números foram coletados no site “Netvasco” e tratados pelo J10, levando em consideração apenas anos em que o Vasco disputou a Série A (ou seja, estão fora: 2009, 2014, 2016, 2021 e 2022).

Subir o aproveitamento geral

O Vasco terminou 2024 com 47,5% de aproveitamento em jogos oficiais. Para facilitar o entendimento, o balizador do levantamento, que abrange as temporadas de 2003 em diante, será o biênio 2011/12 – melhores anos em aproveitamento.

Em 2011, quando ficou a três pontos de conquistar o Brasileirão, o Vasco terminou o ano com 57,2%. Na ocasião, venceu a Copa do Brasil e terminou vice da Taça Rio, sendo o último time que poderia tirar o título do Flamengo. Na Sul-Americana, caiu na semifinal para o campeão Universidad de Chile. Em 2012 não conquistou títulos, mas encerrou o ano com 57,7% de aproveitamento, seu melhor no levantamento.

Melhores anos: 2012 (57,7%), 2011 (57,2%) e 2010 (52,6%).

Piores anos: 2020 (39,9%), 2018 (44,3%) e 2013 (44,6%).

Subir o aproveitamento como visitante

Atuando fora de casa, a equipe ainda não se encontrou, com exceção de 2012. Esta foi a única vez que o Vasco terminou com pelo menos 50% de aproveitamento – 55,6% na ocasião. 2024, aliás, contou com o pior rendimento longe de casa desde 2008, ano em que caiu pela primeira vez: apenas 28,9% no último ano.

Melhores anos: 2012 (55,6%), 2015 (49,5%) e 2019 (46,7%).

Piores anos: 2008 (28,6%), 2024 (28,9%) e 2005 (31%).

Aumentar o número de gols

Acostumado a grandes artilheiros, como Roberto Dinamite, Romário e Edmundo, o Vasco aparenta ter “esquecido” o caminho do gol. Afinal, não marca 100 gols na mesma temporada desde 2011, quando colocou incríveis 131 bolas nas redes adversárias. Ano passado representou uma melhora em relação aos últimos três anos (80), mas ainda foi pouco. A média foi de 1,31, bem longe daquela de 1,77 de 14 anos atrás.

Melhores anos: 2011 (131); 2008 (121) e 2007 (115) / em média: 2007 (1,89), 2005 (1,83) e 2008 (1,81).

Piores anos: 2020 (53), 2017 (61) e 2023 (68) / em média: 2020 (0,87), 2017 (1,07) e 2019 (1,16).

Diminuir o número de gols sofridos

Por outro lado, a defesa é um problema mais constante. O time sofreu 82 gols na última temporada e viu no setor defensivo uma grande dor de cabeça. Importante: em nenhuma das temporadas observadas o Vasco sofreu menos do que 60 gols. Aliás, nenhum destes anos contou com a média inferior a um gol por jogo. A melhor foi em 2010 e em 2019, com “apenas” 1,09 gol sofrido por partida.

Melhores anos: 2023 (63), 2017 (64) e 2019 (66) / em média: 2010 (1,06), 2019 (1,06) e 2017 (1,12).

Piores anos: 2005 (108); 2008 (105) e 2003 (92) / em média: 2005 (1,80), 2008 (1,57) e 2013 (1,51).

Aumentar o aproveitamento contra os grandes

Outro grande problema é nos duelos contra os times do G12. Em 2024, um aproveitamento de apenas 37,33%, que contrasta com os 51,11% de 2011, melhor ano neste quesito.

Melhores anos: 2011 (51,11%), 2004 (45,98%) e 2006 (42,53%).

Piores anos: 2008 (28,40%), 2020 (29,33%) e 2003 (30,86%).

Fonte: Jogada 10

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