Vasco volta a sofrer gol no fim e amarga empate com sabor de derrota

Apesar de ter sido castigado novamente com gol no fim, poder de reação nas partidas tem sido o fator positivo do Vasco da Gama.

Jogadores do Vasco em jogo contra o Criciúma
Jogadores do Vasco em jogo contra o Criciúma (Foto: Leandro Amorim/Vasco)

O empate do Vasco com o Criciúma é o exemplo perfeito de como um único lance de desatenção pode mudar a perspectiva de uma partida inteira. Até os 49 minutos do segundo tempo deste domingo, o time cruz-maltino tinha nas mãos a vitória que garantia situação mais confortável na tabela e coroava uma virada construída com atuação consciente e madura. Mas o gol nos acréscimos mudou tudo e causou enorme frustração.

Essa foi a tônica da coletiva de imprensa de Rafael Paiva depois da partida. Em outras circunstâncias, o empate fora de casa provavelmente poderia ser comemorado. Mas não da maneira que foi. Duas rodadas atrás, algo muito parecido aconteceu: o Vasco segurava uma vitória por 2 a 1 sobre o Baragantino até os 44 minutos, mas sofreu o empate.

Com os quatro pontos que ficaram pelo caminho nesses dois jogos, o Vasco neste momento somaria 32 pontos e teria situação mais confortável na oitava posição da tabela.

– A oscilação no final do jogo é o que está nos incomodando demais, a gente tem total consciência disso. […] Isso está nos custando alguns pontos valiosos. Poderíamos estar numa colocação melhor do que agora, mais tranquilos – lamentou o treinador.

Contra o Criciúma, o Vasco demorou um pouco para entrar na partida. Demorou a metade do primeiro tempo, para ser mais específico. Logo aos cinco minutos, em um lance de desatenção enorme da defesa, em especial do zagueiro Léo, a equipe sofreu gol de Bolasie e saiu atrás no placar. O gol mexeu com os nervos dos comandados por Rafael Paiva.

Os donos da casa adotaram a estratégia clara de baixar as linhas, dar o campo para o Vasco e se atirar nos contra-ataques, na maioria das vezes nas costas da defesa vascaína. O Vasco, por sua vez, demorou a encaixar a marcação nesse sentido e sofreu no início da partida no Heriberto Hülse.

Com Payet fora de sintonia e Mateus Carvalho errando muito, o Vasco sofria na mesma medida para defender e atacar – a única boa chance foi em finalização de Rayan que o goleiro Gustavo defendeu.

Mais ou menos dos 25 minutos em diante, o time cruz-maltino definitivamente entrou no jogo. Payet passou a ser mais acionado e conseguiu encontrar espaços na defesa do Criciúma. Adson fez mais uma boa partida e terminou o jogo com três finalizações – em uma delas, Gustavo defendeu com a ponta dos dedos.

David foi quem mais finalizou (quatro). Foi ele que colocou o Vasco na partida com um chutaço de fora da área que morreu no ângulo, uma finalização de rara felicidade. Rayan, o escolhido por Rafael Paiva para assumir a difícil missão de substituir Vegetti, coroou a reação no primeiro tempo com o gol da virada após assistência de Lucas Piton. O Vasco foi para o intervalo com uma vantagem justa no placar.

Mais um gol no fim

O Vasco voltou para o segundo tempo com a postura de quem queria decidir logo a parada. Léo teve a chance de fazer isso após cruzamento rasteiro de David, mas, de forma inacreditável, conseguiu finalizar por cima do gol. Ele estava praticamente embaixo da trave. É um tipo de lance que faz falta.

O time de Rafael Paiva seguiu equilibrado e chegou a marcar o terceiro, mas, dessa vez, David estava impedido. Tudo isso se deu com menos de 10 minutos.

O Criciúma respondeu com um chute de Meritão que desviou no meio do caminho e obrigou Léo Jardim e fazer uma defesa de cinema. Foi o momento em que os donos da casa passaram a crescer na partida à medida que o Vasco se recolhia. Paiva mandou Erick Marcus e Souza a campo na tentativa de dar mais fôlego à equipe, mas sem sucesso.

Não houve pressão enorme do Criciúma, com chance atrás de chance, mas ficou claro que o Vasco perdeu o controle da partida – mais um alerta de que a diretoria precisa se mexer nessa janela de transferências para dar mais opções a Rafael Paiva. Ainda assim, de uma forma ou de outra, conseguia se segurar.

Aos 46, Paiva reforçou a defesa e colocou Maicon no lugar de Adson, mas foi justamente dessa maneira que saiu o gol de empate dois minutos depois: Bolasie subiu nas costas de Paulo Henrique para acertar cabeçada firma e deixar tudo igual no Heriberto Hülse.

Fonte: Globo Esporte

1 comentário
  • Responder

    Os empates pode botar na conta do treinador Paiva , ele tem sido desastrado nas substituições e , não consegue corrigir a lentidão da saida da defesa para o ataque , seu time tem um excesso de passes curtos entre um e outro companheiro como si estivessem em um treino recreativo , passes infrutíferos sem objetividade , ele precisava ver como vem jogando o Botafogo que é em alta velocidade com poucos passes mas objetivos . O time do treinador Paiva embola seus volantes com o seus atacantes e a defesa fica vulnerável , em todos os jogos é isto o que vemos o Vasco sobe dois degraus e desce um .

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