Alex Teixeira mostra versão diferente em 2023 e vira peça essencial no time do Vasco
Alex Teixeira afirmou que a pré-temporada fez toda a diferença para o seu desempenho e não escolhe posição no Vasco da Gama.
Em um Vasco repleto de caras novas, Alex Teixeira precisou provar o seu valor para largar na temporada como titular e peça essencial do time comandado por Maurício Barbieri. Já são três gols, dois deles em clássicos, e três assistências no ano.
Diferente do ano passado, quando não conseguiu corresponder às expectativas e terminou a campanha do acesso no banco de reservas, o atacante em 2023 mostra uma versão muito mais participativa. Esse é certamente o Alex Teixeira que os torcedores querem ver em campo.
Em bate-papo exclusivo com o ge, o jogador do Vasco contou que a pré-temporada fez toda a diferença – mesmo com ele perdendo algumas semanas de treino durante o processo de renovação e sendo incluído em cima da hora na lista dos atletas que viajaram para a Flórida, nos Estados Unidos.
– No ano passado, não pude fazer (pré-temporada), a Série B já estava no meio. Esse ano, com calma, fiz uma boa pré-temporada, fiz alguns jogos e isso mudou completamente meu ritmo de jogo – acredita ele.
– Eu tenho a cabeça boa, sou tranquilo quanto a isso. Sei que a torcida cobra do jogador, esse ano está sendo totalmente diferente com a pré-temporada. Estou entregando melhor – completa.
Ao longo da carreira, Alex Teixeira sempre teve a polivalência a seu favor: já jogou aberto no ataque, centralizado, como um meia armador… Este ano, sob o comando de Barbieri, chegou a atuar como meia, mas teve as melhores atuações escalado na ponta esquerda.
– Eu comecei pela ponta esquerda a minha carreira, depois fui rodando na Ucrânia. Também comecei lá de ponta, depois me colocaram de segundo atacante – lembra ele, que, com fome de bola, acrescenta:
“Eu quero jogar, independente da posição em que o treinador me colocar”, — Alex Teixeira, atacante do Vasco
Alex Teixeira, que fez um dos gols no jogo-treino contra o Resende neste sábado (veja no vídeo acima), elogia bastante o trabalho de Barbieri.
– Tem sido muito bom, os treinamentos dele, a intensidade. Você pode ver nos jogos, a intensidade com que a gente. Ele dá total liberdade para a gente, a dar nosso melhor, dar um drible, uma caneta, mas com responsabilidade – diz.
Gols e entrosamento
O camisa 7 sempre foi um jogador de muitos gols, mas em temporadas recentes vinha encontrando menos o caminho das redes. O último ano em que ultrapassou a marca de 10 gols, por exemplo, foi em 2019, quando fez 18 com a camisa do Jiangsu Suning.
No ano passado, em 15 jogos, Alex marcou apenas dois – justiça seja feita: foram gols importantíssimos na vitória de virada sobre o Operário que encaminhou o acesso. Já na atual temporada, são três em 13 partidas: ele deixou o seu nas vitórias sobre Boavista e Botafogo e na derrota para o Flamengo no jogo de ida da semifinal do Carioca.
– Sempre bom para um bom jogador, um meia, um atacante, fazer gol. Tem um peso diferente (marcar em clássicos), fica marcado. Infelizmente não conseguimos classificar, mas fiz esses gols – destaca ele.
“Eu treino todos os dias para isso, para mostrar meu potencial nos jogos. Se eu fizer gol em todos os jogos, para mim vai ser maravilhoso. Mas o importante é que o time consiga uma consistência e faça boas partidas”, — acrescenta.
Alex parece estar construindo dentro de campo uma excelente relação com Pedro Raul. Os dois já trocaram assistências e costumam se procurar bastante.
– A gente já tem dois, três meses se conhecendo. Acho que a cada jogo a gente pode melhorar mais, a gente busca nos treinamentos isso. (Contra o Flamengo) Foi uma jogada clássica, ele de ponta e eu de atacante. Vamos ver muito isso nos jogos, espero que saiam muitos gols dessa forma. O Pedro Raul tem qualidade para fazer isso, gira bem, tem habilidade. Então quando ele for buscar, eu tenho que estar lá na frente segurando os zagueiros. Vai ser rotineiro – conta o camisa 7.
Em entrevista esta semana ao ge, Pedro Raul devolveu a gentileza:
– Jogar com gente boa fica mais fácil, né. O Alex é um excelente jogador, tem uma história linda no futebol. A gente tem feito uma dupla que está se conhecendo mais.
“A idade chega para todos”
Com a saída de Anderson Conceição e o fim próximo do contrato de Nenê, Alex Teixeira vai assumir o posto de um dos jogadores mais experientes do elenco. Só não será, de fato, o mais velho porque o lateral-esquerdo Edimar tem 36 anos.
Será que ele está pronto para orientar a molecada do Vasco?
– A idade chega para todo mundo (risos) – brinca ele.
– Eu sempre converso com a molecada aqui, que está subindo, que já está no elenco. Para ter paciência, que a hora deles vai chegar. E quando chegar a oportunidade, para eles abraçarem da melhor maneira possível. Tem que ter calma, vão oscilar bastante, como eu oscilei lá atrás. Tem que estar preparado para, quando a oportunidade bater na porta, eles agarrarem e não saírem mais – conclui.
Fonte: Globo Esporte