Zico relembra morte de Dinamite: ‘Foi um baque grande’

O ídolo do Flamengo, Zico, contou que a morte de Roberto Dinamite o impacto mais que a do Rei Pelé, que aconteceu um pouco antes.

Roberto Dinamite e Zico no vestiário de São Januário
Roberto Dinamite e Zico no vestiário de São Januário

Vida longa ao Rei. Antes de completar 70 anos, Zico conviveu com o luto pelas mortes do amigo Roberto Dinamite e do maior jogador de todos os tempos, Pelé. Por ser próximo à família de Roberto, marcou presença no Vasco e deu força aos amigos e fãs. Mas também lamentou a partida do eterno camisa 10 da seleção.

– Foi um baque grande, de repente. Pra mim, muito mais com o Roberto. Acompanhei de perto o que aconteceu, em contato com familiares. A gente vê o que é isso. Pelé é diferente, grande representante da nossa classe, por tudo que ele fez pelo país – disse Zico.

Recentemente, o ídolo do Flamengo precisou passar por uma cirurgia para colocação de uma prótese no quadril, após um problema repentino em 2021. Em geral, admite estar sempre atento a sua saúde. Na semana do aniversário, voltou ao cardiologista, rotina que cumpre anualmente. Fez os exames de praxe e teve o sinal verde para continuar jogando sua pelada e brincando com os netos.

– Sempre cuidei da parte cardiovascular, intestino, está tudo bem. Agora completa um ano da cirurgia vou fazer colonoscopia, endoscopia. Todo ano tem revisão.

Zico sempre conviveu com dores no joelho, mas o susto com o problema no quadril o fez perder qualidade de vida. A lesão ocorreu de forma inusitada. No Japão para a gravação do Kashiwa, o então diretor do clube precisava simular um gol de falta, seu primeiro na estreia da J League como jogador. Cinco dias depois de bater tanto na bola, surgiu uma dor enorme, que nunca havia sentido na região. Já recuperado após cirurgia e muita fisioterapia, voltou a jogar o Jogo das Estrelas e as peladas no Centro de Futebol Zico. Em casa, mantém a rotina diária de exercícios na piscina.

– Tentei artroscopia, não deu certo, perdi qualidade de vida. Foi importante colocar a prótese. Se desse para jogar a pelada tudo bem, se não desse tava tudo ótimo. Posso fazer meu exercício, tem piscina em casa. Não sinto mais dor. Me deixa com ótima energia – alegra-se o vovô.

Perguntado se com 70 anos Zico estava se sentindo melhor do que com 60, foi sincero e brincou.

– Com 60 estava inteiro (risos). Aprendi a conviver com problema no joelho. Mantive a musculatura forte.

Durante a carreira, Zico sofreu com diversas lesões. A mais famosa, contudo, foi em 29 de agosto de 1985, quando Márcio Nunes, zagueiro do Bangu, deu uma entrada desleal no Galinho, deixando-lhe múltiplas lesões. Inclusive, o Rei sofre com sequelas até hoje no joelho.

Fonte: Extra

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