Andrezinho, do Molejo, relembra música cantada pela torcida do Vasco

O músico da grupo Molejo, Andrezinho, também falou sobre o seu amor pelo Vasco da Gama e relação com ídolos do Clube.

“Colé, colé, colé… sou da Força”.

Quem já frequentou estádios como São Januário e Maracanã ou acompanhou com atenção pela televisão, conhece a música do grupo Molejo chamada Samba Rock do Molejão, grande sucesso nos anos 90, que se tornou um canto marcante na torcida do Vasco da Gama.

A música foi imortalizada pelo ídolo Edmundo, que costumava comemorar gols fazendo a coreografia. A única diferença entre a versão original e a cantada pelo vascaínos é no refrão, que deixou de ser: “Colé, colé, colé… tô na boa” e passou a ser “Colé, colé, colé… sou da Força”, em referência à torcida organizada Força Jovem.

Em entrevista ao Site Oficial do Vasco, o músico do Molejo, Andrezinho, relembrou a música cantada pela torcida. Ele se mostrou feliz e orgulhoso por ter uma música tão marcante para ele sendo reproduzida pela massa vascaína, se disse grato a Edmundo por ajudar nisso tudo, e confessou que fica envergonhado toda vez que cantam e começam a olhar para ele no estádio.

– Fico muito feliz. A torcida do meu time cantando uma música que faz parte da minha carreira, da minha vida e do meu grupo. Isso aí é sensacional. Já tem muito tempo, muito anos, vou agradecer muito ao Edmundo por isso (ele comemorava os gols imitando a coreografia da música). Felicidade plena. Confesso que quando estou no estádio fico com um pouco de vergonha porque todo mundo começa a cantar e fica me olhando (risos). Mas é muito orgulho.

Andrezinho ainda contou que a sua relação com o Vasco começou desde o berço, com a influência de seu pai, o famoso Mestre André, da bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, que era vascaíno, assim como a sua mãe e a sua irmã também seguiu na tradição vascaína, o que herdaram junto com o amor pela mesma escola de samba.

– Minha relação com o Vasco começou de berço mesmo. Meu pai (o eterno Mestre André, da bateria da Mocidade) era muito vascaíno, minha mãe também era, minha irmã é vascaína. Na realidade, eu só tenho uma sobrinha que não é Vasco. Tirando a minha família espiritual, que é a do Arlindo Cruz (risos), lá eles torcem pro Flamengo. Aqui é todo mundo Vasco. O meu é de herança mesmo, Vasco e Mocidade.

Como não poderia ser diferente, a primeira vez que foi ver o Vasco em estádio foi bastante marcante para Andrezinho, e não foi qualquer partida. O músico contou que foi na partida que marcou o retorno de Roberto Dinamite após a passagemn pelo Barcelona-ESP, em 1980. Na ocasião, o ídolo balançou as redes 5 vezes na vitória vascaína por 5×2 sobre o Corinthians. Ele ainda relembrou outros jogos importantes em que esteve presente.

– A primeira vez que vi o Vasco no estádio foi na volta do Roberto Dinamite do Barcelona. O 5 a 2 contra o Corinthians. Meu primo Antônio Carlos, outro vascaíno doente, me levou ao Maracanã. E lá eu toquei na bateria da Força Jovem. Era muito pequeno, mas brinquei. Outras lembranças de estádio eu tenho um montão. O gol do Cocada eu estava no Maracanã eu e Anderson. Eu Vasco, ele Flamengo. Quando nós não éramos muito conhecidos, íamos em jogos do Flamengo com ele e ele ia nos do Vasco comigo. Sempre fomos muito amigos, unha e carne. Tem um Vasco x Cruzeiro pela Copa do Brasil, que o Paulo Roberto, que era nosso lateral, fez um gol de falta lááá do centro do meio-campo (risos) e tirou a gente. E tem outras histórias, mais pra cá. Maracanãzinho, São Januário então tem muita história. Aquele recorde do Edmundo, quando ele fez seis gols contra o União São João, eu estava lá. Essa época eu andava muito junto com ele. Um frio, estádio vazio, jogo morto no primeiro tempo, segundo tempo ele acabou com o jogo e ainda perdeu um pênalti.

Com o Molejo fazendo grande sucesso, principalmente nos anos 90, Andrezinho teve a oportunidade de conhecer e até de ser amigo de diversos ídolos do Vasco, mantendo a tradição da eterna ligação entre música e futebol. Ele contou sobre a sua relação com jogadores como Roberto Dinamite, Edmundo, Romário, Felipe, Pedrinho, Sorato e Euller, destacando o orgulho por conhecê-los.

– Me orgulho muito de ter amizade com todos eles. Os maiores ídolos do Vasco eu tenho amizade. Uns ainda tenho contato, outros não. Por exemplo, o Edmundo a gente andava junto, ia pra noite, fazia churrasco, sempre estava na casa dele. Quem apresentou o mocotó pro Edmundo fui eu. Minha mãe que fez pra ele. O Roberto Dinamite, nosso maior ídolo, passei a ter contato mais recentemente. É uma pessoa sensacional, me trata com maior carinho sempre. Até na internet. E o Romário desde sempre, quando ele foi pro Barcelona, ele vinha pro Rio e chamava a gente. O samba era com a gente. E tem outros que jogaram no Vasco, Pimentel, Odvan toda vez que a gente faz show lá pra perto da terra dele, ele sempre está com a gente… o Pedrinho, Felipe, pra você ver, o Edmundo me chamava de Felipe e o Felipe ele chamava de Andrezinho. Tínhamos o gênio parecido. Yan, que jogou em 92-93-94. Donizete, Júnior Baiano…. tem uma galera. O Euller quando estava vindo pro Vasco eu encontrei no aeroporto de Congonhas e ele me contou que estava indo assinar com o Vasco. Sorato, gol do título lá em São Paulo.

Andrezinho acompanhado de Dinamite em desfile da Mocidade

Confira outros trechos da entrevista de Andrezinho

Jogo inesquecível

São tantos jogos inesquecíveis. É difícil escolher um só. Esse jogo do gol do Cocada, ainda mais porque ganhar do Flamengo é sempre bom… tem vários. Vou escolher esse de 88. Foi sensacional. Arquibancada, final do jogo, sofrendo uma pressão do Flamengo, ele arrancou pela direita, cortou pro meio e soltou o pé. No ângulo. Sensacional.

Vasco de todos os tempos

Aí é complicado. Vou fazer um time, com suplente, com outro reserva. É muita gente boa. Vamos lá, no gol: Carlos Germano e ainda tem Barbosa, Mazaropi, Acácio, Helton… mas vou de Germano. Lateral-direita tem Mazinho, Jorginho, Paulo Roberto, que jogou muito no Vasco, Orlando Lelé que eu vi jogar também. Zagueiros, Bellini e Mauro Galvão, mas tem Alexandre Torres, Odvan, Júnior Baiano… e tem mais. Na esquerda o Felipe, mas teve Gilberto, Jorginho Paulista. No meio-campo Dunga, Juninho Pernambucano e Geovani mandando bola pro ataque. Na frente é Edmundo, Romário e Roberto Dinamite. Ainda tem Bebeto, Euller, Evair, Sorato, Valdir Bigode…. é muito difícil. O técnico tem que ser o Antônio Lopes. Delegado.

Presença nas partidas de basquete

Tem basquete também, acompanhei muito. Era amigo do Sandro Varejão, Mingão, o Vargas eu tive o prazer de conhecer, Charles Byrd, Rogério, Helinho, Hélio Rubens… o trem caipira. O bonde caipira, como chamavam… era um timaço. Ganhou tudo.

Ídolo no Vasco

Eu costumo dizer que o maior ídolo do Vasco é o Roberto Dinamite. Tenho o Edmundo também como um grande ídolo do Vasco. E costumo dizer que o Romário é um ídolo do Brasil.

Jogador que se identifica e garotos promissores

Hoje nós temos o Castan, capitão, que nos identificamos muito pela postura, pelo jogo. O Fellipe Bastos é vascaíno. Sabemos disso, está firme e forte. Vou ficar nessa dupla. A molecada eu espero muito que do Talles e do Marrony. O Talles tenho quase certeza que vai se tornar um dos maiores pra levar nosso nome adiante.

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