Roberto Monteiro não vê validade estatutária em reunião de candidatos

O presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, Roberto Monteiro, não vê validade estatutária em reunião dos candidatos.

Roberto Monteiro, Presidente do Conselho Deliberativo do Vasco
Roberto Monteiro, Presidente do Conselho Deliberativo do Vasco (Foto: Fred Gomes)

O presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, Roberto Monteiro, não enxerga validade estatutária na reunião convocada para hoje (5), às 11h, em São Januário, com os candidatos e presidentes de poderes e que tem o propósito de se definir os rumos da eleição presidencial.

Em seu Twitter, o dirigente – além de atacar o presidente da Assembleia Geral, Faues Cherene Jassus, o Mussa – frisou que “não existe essa história de candidato escolher data de eleição”, citando o artigo 58 do estatuto do clube:

Via Whatsapp, o UOL Esporte questionou Monteiro se, com este posicionamento na rede social, sua conclusão era a de que a reunião entre os candidatos não teria validade estatutária, e ele respondeu:

“Corretíssimo. Eles querem rasgar o estatuto”.

O artigo 58 do estatuto do Vasco, citado por Monteiro, destaca a Junta Deliberativa, que é formada pelos presidentes de poderes do clube: “De três em três anos, na primeira quinzena de novembro e 60 dias, pelo menos, após a publicação da ata definitiva de que trata o artigo 61 deste estatuto, na data marcada pela junta a que se refere o mesmo artigo, reunir-se-ão em Assembleia Geral, os sócios não compreendidos nas referências VI, VII e XIII e XVI, do artigo 11, em pleno gozo de seus direitos sociais e existentes até um ano antes do dia anterior à verificação disposta no artigo 61, para o fim exclusivo de: (…)”.

O presidente do Conselho Deliberativo também deixou claro que não irá comparecer ao encontro em São Januário:

“Não fui comunicado de nada oficialmente”.

Vale lembrar que tanto Roberto Monteiro quanto o presidente do Conselho Fiscal, Edmilson Valentim, já não haviam participado da primeira reunião, na última terça-feira (3), assim como Mussa, que alegou problemas de saúde para a ausência.

Escolha de empresa e debate sobre o formato

O propósito oficial da reunião marcada para São Januário entre os candidatos e presidentes de poderes é definir a empresa que irá gerir a votação online na eleição do Vasco. Porém, já é esperado que os envolvidos também debatam sobre o formato do pleito.

Na última terça, a Justiça acatou uma ação de Mussa e determinou que a eleição seja exclusivamente virtual e no próximo dia 14, algo que não agradou a maioria dos presidenciáveis, que desejavam uma votação híbrida, ou seja, com o sócio podendo escolher entre votar online ou presencialmente. Este formato é o preferido dos candidatos Alexandre Campello, Jorge Salgado, Leven Siano e Sérgio Frias. Julio Brant se posicionou dizendo que prefere aguardar um parecer técnico da empresa contratada.

Mussa, por sua vez, ainda no dia 3, já havia emitido uma nota oficial dizendo que manteria a decisão judicial e que não há tempo hábil para a implementação do pleito híbrido. Desde ontem (4), no entanto, conversas nos bastidores entre as chapas tentam convencer o presidente da Assembleia Geral a mudar de ideia. Não está descartado que a eleição seja adiada novamente caso isso aconteça.

Fonte: Uol

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