Eleição do Vasco pode ter votação presencial em São Januário e online; veja detalhes
O presidente da Assembleia Geral, Faues Mussa, já indicou a Alexandre Campello empresas para votação online no Vasco da Gama.
O Vasco tem chance de organizar uma eleição híbrida em 7 de novembro: com votação presencial em São Januário e online – a Assembleia Geral Extraordinária que aprovou as diretas em 30 de agosto foi virtual e é o exemplo a ser seguido. Após indicação de Faues Cherene Jassus, o Mussa, presidente da Assembleia Geral, Alexandre Campello, presidente do clube, avalia qual a empresa a ser contratada para operar o serviço pela internet.
Depois das divergências na AGE, existe a ideia de que os dois dirigentes façam a escolha em conjunto. Desta forma, o sócio poderia optar por qual forma deseja escolher o novo mandatário do Vasco. A possibilidade de fazê-lo online é uma comodidade e uma segurança em tempos de pandemia do novo coronavírus.
– Fui a São Januário faz alguns dias e conversei com o presidente Campello. Falamos da eleição, falei da importância e da necessidade de termos a votação online. Indiquei três empresas, inclusive a que fez recentemente a AGE. Ele disse que iria avaliar e que iríamos decidir em conjunto. Até agora, não tive uma resposta oficial. Estou esperando, mas não temos muito tempo. Temos de decidir. Acho muito difícil com a pandemia fazer só presencial, acho que a híbrida é a melhor solução. Há risco de contaminação, há muitos eleitores idosos e me parece ser muito difícil assegurar todas as medidas de segurança sanitárias – disse Mussa ao ge.
Recentemente, após consulta do Vasco, a Secretaria Municipal de Saúde autorizou a realização da eleição presencial desde que medidas de segurança sejam observadas. É o que está previsto no estatuto do clube, aliás. Mas uma recente mudança na legislação, por conta de pandemia, permite que entidades esportivas adotem a votação online.
A lei 14.073, de 14 de outubro de 2020, dispõe sobre ações emergenciais destinadas ao setor esportivo a serem adotadas durante o estado de calamidade pública, decretado por conta da pandemia e que se estende até o final do ano. Ela alterou o inciso IV do artigo 22 da lei 9.615, de 24 de março de 1998, mais conhecida como Lei Pelé. Ele agora diz o seguinte:
IV – sistema de recolhimento dos votos imune a fraude, assegurada votação não presencial;
O ge consultou Campello, que explicou o andamento da organização do pleito e a sua posição:
– Estive reunido com Mussa há cerca de uma semana, falamos da eleição e ele me trouxe propostas de empresas que poderiam fazer a eleição online. A partir daí, passei a trabalhar para que tivéssemos uma eleição da melhor maneira, com conforto e segurança ao nosso sócio. Então, criamos uma comissão que visa preparar o espaço físico, aumentando o número de terminais de computador, o que fará o sócio, ao chegar, ser identificado mais rapidamente e sem fila, seguindo os protocolos do TRE. Fizemos a uma consulta e tivemos resposta da Secretaria de Saúde autorizando a eleição. E também estamos em busca da melhor empresa para termos a eleição online. Se a eleição for híbrida, presencial como manda o estatuto e online, como muitos torcedores anseiam e que parece que tem previsão na lei, espero que isso seja possível. A decisão vai ser do presidente Mussa. A mim cabe oferecer todas as condições e providenciar tudo o que for necessário para termos a melhor eleição. E é isso que estou fazendo.
O estatuto do Vasco define que cabe a Mussa presidir a Assembleia Geral Ordinária, que apontará o novo presidente, coadjuvado por Campello. Até o momento, além do atual presidente que tenta a reeleição, Leven Siano, Jorge Salgado, Julio Brant e Sergio Frias são os candidatos.